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terça-feira, 15 de novembro de 2022

Ciro Nogueira defende retirada do Auxílio Brasil do teto de gastos por um ano

 Membros do governo eleito têm estudado a possibilidade de se excepcionalizar o programa por quatro anos

ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu, nesta segunda-feira, que os custos do Auxílio Brasil, que deverá voltar a se chamar Bolsa Família, sejam retirados da regra do teto de gastos por um ano, e não quatro, como defendem membros da equipe de transição do governo eleito.

A ideia é discutida dentro da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, com o intuito de que o programa de transferência de renda possa ser retirado do teto de gastos, regra que proíbe o aumento de despesas públicas acima da inflação. O ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL) defende a excepcionalidade do programa ao teto de gastos apenas por um ano, e, a partir daí, que a matéria seja analisada pelo Congresso Nacional e com a sociedade. “Por tudo isso, o mais prudente, transparente e republicano é assegurar ao novo governo condições para que proteja os mais vulneráveis em seu primeiro ano”, afirmou Nogueira.

“E, a partir daí, que dialogue com o Congresso eleito e com a sociedade, com base em todas as premissas claras de sua plataforma de gestão e seu programa econômico, como conduzir o país nos próximos quatro anos. Esse é o caminho mais democrático e legítimo”, completou.

A ideia de retirar o programa da regra do teto de gastos por quatro anos foi informada pelo senador eleito Wellington Dias (PT-PI), coordenador de Orçamento da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Temos dois caminhos, um que excepcionaliza o Auxílio Brasil (do teto de gastos), ao mesmo tempo que se trabalha por uma fixação (da regra) até 2026. Sobre isso, tratamos com Lula, e ele nos orientou que, sob o comando de Alckmin, seguíssemos o caminho do entendimento", detalhou Dias na última sexta-feira.

O senador disse que o valor da PEC deve ser de R$ 175 bilhões, embora tenha destacado que a equipe ainda não bateu o martelo sobre o valor total da proposta. Com a retirada do Auxílio Brasil do teto, sobra um espaço orçamentário R$ 105 bilhões para cumprir promessas de campanha do governo petista e garantir investimentos mínimos em infraestrutura.

“Calcular precisamente quanto custam esses dois benefícios (programa social e salário mínimo) e assegurar os recursos necessários para eles dentro do orçamento, respeitando a regra do teto de gastos e flexibilizando exclusivamente apenas o necessário. É o que defendo”, argumentou Nogueira.

O ministro relatou que, sem o equilíbrio fiscal, a sociedade pode ser abatida com inflação, perda de poder de compra, desemprego e recessão. Na visão do chefe da Casa Civil, a estabilidade da economia é a única âncora de políticas sociais eficazes. “A questão de estender para 4 anos a atribuição do Congresso que termina não é só a usurpação de poder do Congresso que ainda nem começou. É a falta de critério democrático.”

R7 e Correio do Povo

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