AdsTerra

banner

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Brasil possui 67,9 milhões de inadimplentes: Especialista explica porque brasileiros se endividam tanto e orienta como sair do vermelho neste final de ano

 


Educação financeira oferece uma melhora na qualidade de vida das pessoas, pois proporciona maior segurança, afirma o Coordenador dos Cursos de Gestão da Estácio RS 

O ano de 2022 não está sendo fácil para a vida financeira de muitas famílias brasileiras. O cenário mundial é responsável por influenciar as ações governamentais no âmbito econômico de cada País. No Brasil, os efeitos da economia global, do pós-pandemia do COVID-19 e da guerra entre Rússia e Ucrânia, refletem na alta dos preços e na inflação, que são fatores que dificultam o pagamento das contas, induzem no acúmulo e crescimento das dívidas da população brasileira.   Segundo dados de setembro do Serasa, atualmente o Brasil possui 67,9 milhões de inadimplentes. O Coordenador dos Cursos de Gestão da Estácio RS, André Guedes, explica o motivo pelo qual o brasileiro se endivida tanto e também dá dicas de como sair do vermelho e iniciar 2023 com as contas em dia. 

Para Guedes, a questão do endividamento dos brasileiros é cultural, além da situação econômica, pois está intrinsecamente ligado ao modo de adquirir bens de consumo. “Entre a maioria dos consumidores a pergunta recorrente no momento da compra é qual a quantidade de parcelas a pagar ou qual o valor da parcela. Totalmente diferente do consumidor na Europa ou nos Estados Unidos, onde o pensamento é e se eu juntar “x” em dinheiro por mês, em quanto tempo eu consigo adquirir esse bem?”, explica. Ou seja, a ideia de constituir uma reserva para então efetuar a compra não é uma prática do consumidor brasileiro e isto faz uma diferença grande no aumento dos endividados. 

Outro fator que leva ao endividamento é que o brasileiro dispõe de diferentes formas de crédito e parcelamento, o que culmina no comprometimento de boa parte da renda nos parcelamentos contratados. “Sem o hábito de constituir reserva de dinheiro e possuir um orçamento controlado, os brasileiros hoje estão formando uma legião de endividados”, analisa André. 

Para mudar esse cenário, o consumidor precisa reaprender a organizar as finanças. E para que isso ocorra, a educação financeira é fundamental. “A educação financeira não se resume simplesmente em aprender a economizar, reduzir gastos, poupar e economizar. Ela representa uma melhora na qualidade de vida das pessoas, pois proporciona maior segurança às adversidades que possam surgir”, explica. 

Porém, nem todos estão preparados agora para buscar esse conhecimento. “De imediato, o recomendável a todas as famílias é o controle de gastos. Isso significa manter um registro diário de todas as despesas realizadas utilizando dinheiro, cartão ou outra forma de pagamento, para facilitar a gestão do orçamento”, orienta Guedes. Também deve-se agrupar as despesas em categorias, como por exemplo, educação, alimentação, moradia, transporte, para facilitar a tomada de decisão em eventuais cortes no orçamento. 

E nessa reta final de 2022, para reduzir os gastos e conseguir terminar o ano sem estar no vermelho é necessário um planejamento financeiro ostensivo, levando em consideração os seguintes pontos: identificar o tamanho do problema gerado pelo descontrole financeiro, entender a real renda mensal da família, cortar os gastos de maneira inteligente mantendo os itens de alimentação, gastos básicos (luz e água) e transporte para o trabalho, fazer o cálculo de quanto se pode pagar pelas dívidas, entrar em contato com os credores para renegociar os valores e, quando possível, tentar quitar as dívidas menores e refinanciar as maiores. “Estas dicas são básicas, mas ainda será necessário em algum momento constituir uma reserva financeira para situações adversas da economia no futuro”, finaliza o professor. 

--

Atenciosamente,

Nenhum comentário:

Postar um comentário