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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Melo alega pacificação em Porto Alegre e explica passe livre "restritivo" no domingo das eleições

 Prefeito da Capital se manifestou em coletiva no Ministério Público e garantiu isenção no transporte coletivo para "necessitados"



O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, confirmou que o domingo de eleições será de passe livre nas eleições. No entanto, a medida acontecerá em caráter "restritivo" das 7h até 19h. Em coletiva no Ministério Público do Rio Grande do Sul, na tarde desta quinta-feira, o chefe do Executivo justificou sua decisão em nome da "pacificação" e exaltou o "DNA" democrático da Capital. "Sou democrata e respeito quem pensa diferente. Quero paz na eleição. É em nome disso que estamos aqui. Se as pessoas não vão votar, não é pelos ônibus, é porque não foram convencidas das propostas", resumiu. 

Conforme Melo, a restrição se dará pelo "princípio da boa fé". Será necessário apresentar um documento ao cobrador e alegar que irá para a votação e não tem recursos financeiros para arcar com o valor da passagem.

"Quem for de baixa renda (os necessitados) vai apresentar o documento e fazer uma autodeclaração. O cidadão vai alegar suas razões e acreditaremos. ‘Não tenho dinheiro e quero votar. Está bem, bom voto. Isso estará no decreto". O documento deverá ser publicado neste sábado. Quem já não paga no domingo, não pagará: pessoas de 65 anos ou mais, estudantes, crianças. Brigada Militar e Bombeiros.

Questionado sobre eventuais fraudes, Melo lamentou a possibilidade e alegou que se deve acreditar no exercício da cidadania dos porto-alegrenses. Sobre os impactos nas finanças de Porto Alegre, ele evitou fazer projeção. "Como ele se dará em caráter restritivo. Não temos como prever os custos da operação. Nos moldes anteriores de passe livre, o custo é de 1 milhão e duzentos reais". 

"Não me arrependo de nada" 

O prefeito de Porto Alegre iniciou sua fala garantindo que não se arrepende do projeto de lei que reduziu o número de passes livres na Capital. O PL não acabou englobando o domingo das eleições. A isenção em ônibus ficou apenas para uma data em prol da campanha de vacinação e o feriado de Navegantes. "Não me arrependo de nada. Faria tudo de novo igual. Quem mais paga essa conta, são os que precisam e manter a passagem a 4,80 foi muito importante". 

Ainda segundo Melo, o passe livre durante as eleições foi revogado justamente pelo sistema eleitoral. "As pessoas normalmente votam perto de suas casas. Essa é a regra. As filas ficam grandes no bairro. As pessoas saem de casa caminhando e vão votar. Claro, existem exceções, quando a pessoa muda de casa e não muda o título, mas essa não é a regra".

Correio do Povo

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