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quarta-feira, 25 de maio de 2022

Atirador mata ao menos 19 crianças e professora em escola no Texas, nos Estados Unidos



Um tiroteio em uma escola de ensino fundamental no Estado do Texas, nos Estados Unidos, deixou 19 crianças mortas, além de uma professora e um outro adulto nesta terça-feira (24), informaram as autoridades americanas.

Em entrevista coletiva, o governador Greg Abbott havia dito inicialmente que 14 crianças haviam morrido.

Mais tarde, o senador texano Roland Gutierrez disse em entrevista à TV americana que mais quatro crianças morreram no ataque, elevando a cifra para 18. Além disso, ele disse que o total de adultos mortos chegou a três. Não está claro se o criminoso, morto no local, faz parte desta contagem.

O incidente foi registrado na escola Robb Elementary, na cidade de Uvalde, a 130 km de San Antonio.

Por fim, um porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Texas informou no final da noite desta terça que o total de crianças mortas é de 19. Mais dois adultos também foram mortos.

O incidente foi registrado na escola Robb Elementary, na cidade de Uvalde, a 130 quilômetros de San Antonio. O caso já é considerado como o mais mortal dos EUA desde o massacre na escola Sandy Hook, em Connecticut, que deixou 26 pessoas mortas – 20 crianças entre 6 e 7 anos e seis adultos – em 2012.

Por enquanto, sabe-se que as crianças mortas são do 2º, 3º e 4º ano do colégio. A escola, uma “elementary school”, recebe alunos de 5 a 10 anos. O criminoso foi identificado pelas autoridades como Salvador Roma, de 18 anos.

Até o início da madrugada desta quarta (25), não havia informações sobre as motivações do ataque. Informações divulgadas pela imprensa americana dão conta de que o assassino teria atirado contra a sua própria avó antes de se dirigir para a instituição de ensino.

Além das mortes, estudantes deram entrada em um hospital da região com ferimentos e o banco de sangue da cidade fez um pedido para doações. Uma criança e uma mulher de 62 anos precisaram ser transferidas para uma cidade vizinha, para um centro de saúde especializado em traumas.

Ataque

No começo da tarde desta terça, por volta do meio dia, a polícia de Uvalde respondeu a um chamado na escola de ensino fundamental Robb Elementary.

Eles isolaram a área e pediram que os pais dos alunos aguardassem a liberação e entrega organizada dos estudantes em um local seguro.

Nos EUA, o ano letivo termina em junho, quando começam as férias de verão, e a escola Robb Elementary estava em sua última semana de aulas.

Crime comum

Tiroteios em massa têm se tornado mais comuns nos EUA e o número de casos como esse tem aumentado nos últimos anos.

Em 2021, foram 34 ataques em escolas, o maior número registrado desde 1999 – quando iniciou a série histórica –, segundo levantamento do jornal “The Washington Post”.

Não há um balanço oficial do governo americano que registre o número de ataques com armas em escolas do país.

Desde que assumiu a presidência dos EUA, Joe Biden tem advogado contra a venda de armas e pede maior controle federal sobre o tema.

Há duas semanas, um atirador matou 10 e deixou 3 feridos em um supermercado da cidade de Buffalo, no Estado de Nova York.

No ano passado, Biden chegou a apresentar uma proposta limitando o acesso, mas o assunto no país é bastante polarizado e o direito de portar armas está na 2ª Emenda da Constituição americana.

Manifestações

Após mais esse episódio de violência com armas de fogo, o presidente norte-americano fez um discurso incisivo contra o setor de armas em seu país. “Sabemos que há tragédias, mas precisamos lidar com o banimento dessas armas”, disse.

Biden também criticou a indústria bélica, afirmando que “fabricantes de armas trabalham para lucrar ainda mais e vem sendo assim nos últimos 20 anos. Nós precisamos nos erguer contra esse setor”.

Relembrando sua trajetória na política e seu posicionamento antiarmamentista, o presidente declarou estar “exausto”. E complementou: “não me diga que não podemos ter um impacto nessa carnificina”. Ele criticou ainda o lobby de armas no país, defendendo que “é hora de agir”.

Comparando a situação dos Estados Unidos com a de outros países, o chefe de Estado contestou a frequência de ataques semelhantes ao desta terça no território americano.

“Esse tipo de massacre não acontece com a frequência que acontece nos Estados Unidos. Por que? Por que temos que viver com essa carnificina?”, questionou.

O democrata finalizou o pronunciamento pedindo orações pelas vítimas. “Que Deus abençoe as almas inocentes que hoje partiram, neste dia trágico. Que Deus aqueça o coração daqueles que sofrem no momento, porque eles precisarão de muita ajuda e muita de nossas orações”, declarou.

A vice-presidente, Kamala Harris, também comentou o ataque. “Toda vez que uma tragédia como essa acontece, nossos corações se partem e nossos corações partidos não são nada comparados aos corações partidos dessas famílias. E, no entanto, continua acontecendo”, afirmou.

“Basta. Como nação, temos que ter a coragem de agir e entender o nexo entre o que faz uma política pública razoável e sensata para garantir que nada como isso aconteça novamente”, continuou Kamala.

O Sul

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