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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Alerta em 20 países: Organização Mundial da Saúde registra mais de 300 casos de hepatite misteriosa; veja o que se sabe

 


A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou na terça-feira (10) que foram registrados 348 casos prováveis de uma misteriosa hepatite, que afeta especialmente as crianças, e que foram aceleradas as análises sobre o seu possível vínculo com o adenovírus e a infecção por covid-19. No Brasil, pelo menos 28 casos são investigados.

Segundo a OMS, foram notificados casos em 20 países, com 70 casos adicionais de outros 13 países que estão pendentes de classificação, à espera da conclusão dos testes.

Apenas seis países informam sobre mais de cinco casos, entre eles o Reino Unido, que registrou mais de 160.

“Na última semana ocorreram alguns avanços importantes com as pesquisas adicionais e alguns refinamentos das hipóteses de trabalho”, disse, em coletiva de imprensa, Philippa Easterbrook, do programa mundial da OMS sobre a hepatite.

“Atualmente, as principais hipóteses são as que envolvem o adenovírus, e também continua sendo importante o papel da Covid”, acrescentou.

A OMS foi informada pela primeira vez em 5 de abril, com 10 casos na Escócia detectados em crianças menores de 10 anos.

Os Centros para a Prevenção e o Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) disseram na sexta-feira que estavam investigando 109 casos, dos quais foram notificadas cinco mortes.

Já na Indonésia foram registradas três mortes de crianças por causa da doença.

Esta hepatite tem como sintomas icterícia, diarreia, vômitos e dores abdominais. Alguns casos também provocaram insuficiência hepática e necessitaram de transplante.

A OMS qualifica o surto de inflamação hepática grave como hepatite aguda de origem desconhecida entre crianças pequenas.

Os vírus comuns da hepatite não foram encontrados em nenhum dos casos, segundo o Centro Europeu para a Prevenção e o Controle de Doenças (ECDC) e a OMS.

No Brasil

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (11) que está monitorando 28 casos suspeitos de um tipo de hepatite aguda infantil de origem até agora desconhecida. São dois no Estado do Espírito Santo, quatro em Minas Gerais, três no Paraná, dois em Pernambuco, sete no Rio de Janeiro, dois em Santa Catarina e oito em São Paulo.

“Os casos seguem em investigação. Os centros de informações estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar (Renaveh) monitoram qualquer alteração do perfil epidemiológico, bem como casos suspeitos da doença”, disse a pasta em comunicado.

O ministério orientou os profissionais de saúde a notificar imediatamente à autoridade sanitária os casos suspeitos da doença.

Sintomas

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS nas Américas e Caribe, os pacientes da hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia, vômitos, e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas). Não houve registro de febre.

O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento deverão ser aprimoradas, assim que a origem da infecção for determinada.

Os pais devem ficar atentos aos sintomas, como diarreia ou vômito, e aos sinais de icterícia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. As informações são da agência de notícias AFP e da Agência Brasil.

O Sul

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