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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Senado aprova projeto que suspende inscrição de dívida de micros e pequenas empresas na pandemia

 


O Senado aprovou nesta quinta-feira (19) o projeto que suspende as inscrições de dívidas dos microempreendedores individuais (MEIs), das microempresas, e das empresas de pequeno porte no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). A proposta segue para a Câmara dos Deputados.

Inicialmente, o projeto, de autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT), previa que a suspensão valeria enquanto durasse o estado de emergência decorrente da Covid-19. A relatora, Daniella Ribeiro (PP-PB), ampliou o prazo para seis meses após o término da pandemia. “A medida possibilitará melhor recuperação econômica e financeira das microempresas e das empresas de pequeno porte”, afirmou Daniella.

Autor do projeto, Wellington Fagundes disse que os pequenos negócios estão entre os “mais afetados” pelos efeitos da pandemia. Para ele, a suspensão da inscrição no Cadin é necessária para viabilizar a tomada de empréstimos para esses empresários.

“Esse cadastramento inviabiliza a continuidade do negócio, dado que nenhuma instituição financeira aprova empréstimo para qualquer empresário com inscrição naquele cadastro [o Cadin]. Com isso, resulta mais difícil ter acesso ao crédito”, afirmou Fagundes.

Pelo texto aprovado, a suspensão da inscrição do Cadin não poderá ocorrer nas hipóteses de:

1) não fornecimento de informação solicitada por órgão ou entidade pública;
2) não apresentação ou atraso na apresentação da prestação de contas;
3) omissão na apresentação de contas; ou
4) rejeição das contas apresentadas.

“Vale destacar que a suspensão da inscrição não obsta eventual ação de execução fiscal e tampouco afeta a exigibilidade do tributo. Trata-se somente de suspender a inscrição em cadastro informativo, como forma de assegurar a sobrevivência das microempresas e das empresas de pequeno porte que foram mais afetadas durante o período da pandemia do coronavírus”, declarou a relatora Daniella Ribeiro.

Pronampe

Desde junho, empresários de todo o País podem tentar conseguir financiamento pelo novo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que se tornou permanente. Ao todo, 5,3 milhões de empresas têm direito ao crédito: 4,3 milhões integram o Simples Nacional e 1 milhão fora do regime simplificado, segundo a Receita Federal.

Ainda de acordo com a Receita, todos os comunicados já foram enviados para essas empresas. Na mensagem, o órgão informou o código com letras e números para validação dos dados junto aos bancos, além dos valores de receita bruta relativa a 2019 e 2020.

O Pronampe é um programa que disponibiliza empréstimos para pequenas empresas com juros mais baixos e prazo maior para começar a pagar. Ele foi criado em maio de 2020 para ajudar esses empresários a enfrentar a crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus. Desde então, foi renovado três vezes.

Em 2020, o programa concedeu mais de R$ 37,5 bilhões em empréstimos para cerca de 517 mil empreendedores.

Quem pode ter acesso ao empréstimo?

1) Microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano;
2) Pequenas empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões.

Regras

A empresa pode pegar empréstimos de até 30% da receita bruta anual registrada em 2019.

Para novos negócios, com menos de um ano de funcionamento, o limite do financiamento é de até metade do capital social ou de 30% da média do faturamento mensal.

Cada empréstimo tem a garantia, pela União, de até 85% dos recursos. Todas as instituições financeiras públicas e privadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem operar a linha de crédito.

A empresa que optar pelo financiamento precisa manter o número de empregados por até 60 dias após o pagamento da última parcela.

O valor poderá ser dividido em até 48 parcelas. A taxa de juros anual máxima será igual à taxa Selic (atualmente em 4,25% ao ano), acrescida de 6%. Em 2020, esse acréscimo era de até 1,25%.

O prazo para começar a pagar o empréstimo aumentou para 11 meses. Nas rodadas de 2020, o programa tinha prazo de carência de oito meses.

Os empréstimos de 2020 começariam a ser pagos em março deste ano. Mas o governo ampliou a carência em três meses e as primeiras parcelas começaram a vencer em junho.

O Sul

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