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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Prefeitura de Porto Alegre mantém decreto de uso de veículos e pessoal privado nas linhas da Carris

 Decisão do Executivo foi mantida mesmo com suspensão da paralisação dos trabalhadores


Mesmo com o fim da paralisação dos rodoviários da Carris, que voltaram ao trabalho nesta terça-feira, a prefeitura de Porto Alegre manteve a vigência do decreto 21.139/21, publicado na segunda-feira. O texto autoriza que o Executivo requisite bens, serviços e empregados de empresas do transporte coletivo, escolar e de lotações privadas no caso de uma nova paralisação. De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Zachia, a manutenção do decreto ocorre porque a categoria ainda se mantém em estado de greve.

Os rodoviários da Carris resolveram voltar hoje ao trabalho após o prefeito Sebastião Melo concordar em retirar de votação temporariamente o projeto 013/21, de privatização da empresa. Haverá um prazo de dez dias para que a categoria elabore uma contraproposta para recuperar financeiramente a companhia e evitar sua venda. Por isso, na próxima quinta-feira, às 10h, em reunião na sede da EPTC, representantes de funcionários e do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transporte em Porto Alegre (Stetpoa) terão mais detalhes sobre o PL 013/21.

Zachia explica que a prefeitura irá detalhar neste encontro os impactos financeiros e as medidas previstas para os funcionários da Carris nos projetos 013/21 e também o PL 016/21, que pretende instituir o Programa de Extinção Gradativa da Função de Cobrador de Transporte Coletivo.

Porém, há um impasse entre sindicato e representantes dos trabalhadores da empresa. Segundo o vice-presidente da Comissão dos Funcionários da Carris, Marcelo Weber, os rodoviários decidiram entrar em estado de greve pelo menos até sexta-feira. “Vamos conhecer o projeto e apresentar contrapontos”, explica Weber. Conforme ele, se houver muitos pontos divergentes, os funcionários da Carris podem até decidir entrar em greve em uma assembleia marcada para sexta. 

A informação divulgada pela comissão, no entanto, destoa da posição do Stetpoa, que prefere, ao menos no momento, manter o diálogo com a prefeitura. De acordo com Sandro Abbáde, presidente do sindicato, a paralisação de segunda-feira tinha como objetivo atrasar a votação do PL 013/21, que poderia ocorrer nesta semana. "O propósito foi alcançado e por isso se descarta qualquer possibilidade de greve sem antes nós termos levado até o prefeito a nossa proposta de recuperação da Companhia Carris”, enfatiza.


Correio do Povo

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