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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE

 Por: Marcelo Castro _ Adm. Cultura em Dose

Ciência e Espiritualidade deveriam caminhar juntas. Se não, vejamos:
O físico e cosmólogo brasileiro Marcelo Gleise ganhou em março de 2019 o prêmio Templeton, mais conhecido como o Nobel da espiritualidade. Marcelo é o primeiro cientista da América do Sul a receber o prêmio que já foi concedido também a Madre Teresa de Calcutá e ao Dalai Lama.
O interesse dos cientistas pela espiritualidade vem aumentando a cada ano e o prêmio Templeton é apenas um exemplo do que eu chamaria de uma reaproximação da ciência materialista com o transcendente, pelo menos nos últimos cinquenta anos.
Universidades famosas no mundo, como a de Harvard e Stanford (EUA), Melbourne (Austrália) e Copenhague (Dinamarca) já incluem nos seus currículos disciplinas para estudar a espiritualidade aplicada à saúde.
A carta de Ottawa, conclamou, em 1986, organizações sociais e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a esforços para um novo padrão de saúde pública e hoje a OMS já determina que o conceito de qualidade de vida envolve aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais (protocolo WHOQOL-100).
A desunião
Desde a antiguidade a medicina era praticada por líderes sacerdotais que aliavam suas práticas de curas à práticas espirituais no cuidado aos seus pacientes. Podemos mesmo dizer que na história da civilização ocidental, desde os filósofos pré socráticos até o Renascimento, o sagrado e o transcendente, sempre andaram de mãos dadas com a matéria.
O fato é que a partir de René Descartes e principalmente no período pós iluminista muitos mitos tomaram conta do meio científico como por exemplo: que o universo só é composto de matéria e forças físicas e tudo que transcende o material é tratado como superstição e anticientífico (dogmatismo). Outro mito que difundiu-se é que o cérebro produz a mente, o que a ciência até o momento não comprovou. Se tomarmos isto como verdade então nós não seríamos nada mais que uma espécie de robô.
Mas o mito que mais prejudica o bom relacionamento entre a ciência e a espiritualidade é de que não é possível estudar “cientificamente” aspectos transcendentes do ser; obviamente tendo em vista as limitações da nossa ciência atual frente ao incognoscível.
Ciência é um método de investigação racional e empírica e que para evoluir deve estar livre de dogmas e preconceitos.
Ciência e religião (não a espiritualidade), contribuíram historicamente para que houvesse esse afastamento entre o meio científico e o transcendente.
Veja por exemplo o que a religião causou quando em 1630, Galileu Galilei publica um novo livro que reafirma o heliocentrismo (o sol é o centro do universo e não a terra como se pensava). Na época, o papa cedeu às pressões e enviou o caso à Inquisição em 22 de junho de 1633 e aos 70 anos, Galileu foi condenado por heresia e à prisão em sua residência onde ficou até sua morte.
Por outro lado, a convivência harmoniosa entre ciência e religião também foi minada pelas atrocidades cometidas durante a revolução francesa e por Hitler (eugenia) em nome da ciência.
Embora o período que vai do renascimento à chamada revolução científica (século XIV ao XVIII) seja reconhecido como sendo materialista e anti-espiritual, o Prof. Alexander Almeida da faculdade de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e profundo pesquisador do tema, defende que os revolucionários da ciência daquele período como por exemplo: Bacon, Copérnico, Galileu, Kepler, Robert Boyle, Newton e Descartes,”…tinham uma visão espiritual do homem e da natureza…” “… e a maioria deles tinha motivações espirituais para realizar as suas investigações…” “eles queriam compreender a obra Divina e conhecer a mente de Deus.”, diz o professor.
Novos rumos
Felizmente a espiritualidade está reflorescendo e retornando à academia. Nos últimos 20 anos foram realizados mais de 30 mil trabalhos sobre espiritualidade na área de saúde no mundo.
Nas palavras da presidente da Fundação Templeton, o prêmio Nobel da espiritualidade é importante incentivo para que as pessoas possam “explorar aspectos da existência espiritual e da natureza do divino”.
A postura de Marcelo Gleiser como pesquisador nos parece acertada quando mostra a sua sobriedade e humildade nas seguintes declarações sobre o assunto:
“A ciência é apenas mais uma maneira de nos envolvermos com o mistério de quem somos.”
e essa outra sobre a fé das pessoas:
“Quem sou eu ou qualquer outro cientista para dizer que a pessoa que tem fé está certa ou errada quando nós sabemos tão pouco quanto ao universo.”
Nas últimas décadas muitos outros cientistas abriram caminhos com os seus estudos indo ao encontro da descoberta da dimensão espiritual do ser. Esses estudos só aumentam a cada dia.
Vejamos exemplos em algumas áreas:
Ciência e Reencarnação
Dr. Ian Stevenson psiquiatra canadense, cientista e professor da Universidade da Virginia (EUA); foi um dos mais importantes pesquisadores na temática das experiências espirituais e a maior autoridade mundial no estudo da reencarnação com método científico, e talvez ainda o fosse se não tivesse falecido em fev/2007 aos 88 anos.
Dedicou-se por mais de 40 anos à pesquisa, estudou mais de 3.000 casos sugestivos de reencarnação, escreveu mais de 200 artigos e diversos livros fundamentais sobre o tema. Mas as descobertas que realizou e o imenso acervo de casos que pesquisou o fez chegar a poucos passos das provas definitivas, já que as ferramentas contemporâneas da ciência ainda não são capazes de flagrar esse fenômeno.
Veja ao final (*) os vídeos de dois casos muito interessantes e impressionantes de reencarnação estudado por Dr. Stevenson: o caso da criança indiana Titu Singh/Suresh Verma da cidade de Agra e o caso de James Leininger.
Influência espiritual nas doenças físicas _ Mediunidade
O Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico da USP, idealizador e coordenador da UNIESPÍRITO Universidade Internacional de Ciências do Espírito (**) pesquisador das áreas de neurociências medicina e espiritualidade e Diretor do Instituto Pineal Mind desenvolve um trabalho sério de pesquisa sobre a influência do mundo espiritual na saúde das pessoas, e vem obtendo resultados fantásticos. É talvez o maior estudioso do mundo da glândula pineal ou epífise, que seria o canal físico no cérebro por onde transitam as ondas eletromagnéticas que possibilitam a comunicação com o invisível.
No passado muitos outros cientistas sérios estudaram a espiritualidade. Vejam por exemplo a conclusão, não definitiva, a que chegaram o famoso psiquiatra Carl Gustav Jung e o psicólogo americano William James:
“a mediunidade não é necessariamente patológica, teria origem no inconsciente do médium, mas não foi excluída a possibilidade de uma origem paranormal, inclusive a real comunicação de um espírito. Reforçam a necessidade de maiores estudos.” (Almeida, A.M.; Lotufo Neto, F, 2004)
Medicina e espiritualidade no Brasil e no mundo
Cada vez mais Universidades ao redor do mundo estão incluindo nos seus currículos acadêmicos a disciplina Medicina e Espiritualidade, que já é ministrada na faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), desde 2017.
Segundo o Prof. Ribeiro, urologista e professor da (UFF), na Europa e nos Estados Unidos, cerca de 80% das faculdades já têm essa disciplina no currículo.
Na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), alunos criaram a Liga Acadêmica de Medicina e Espiritualidade (Liame), em 2014, para dar espaço a pesquisas e debates sobre o tema.
O Dr. Alexander Moreira de Almeida professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e também coordenador da seção em religião e espiritualidade da Associação Mundial de Psiquiatria, comanda sérias pesquisas na área e fundou o NUPES (Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde) na UFJF.
O Fato é que para o bem da humanidade, aos poucos a resistência da ciência materialista às pesquisas na área da espiritualidade está sendo quebrada.
Hoje, por causa desse movimento é que o SUS – Sistema Único de Saúde já oferece a milhões de brasileiros terapias alternativas que até pouco tempo atrás eram impensáveis. Até início de 2018 contava-se com 29 terapias alternativas gratuitas à disposição da população, como yoga, meditação e reiki só para citar 3 exemplos.
Por: Marcelo Castro _ Adm. Cultura em Dose
Fontes: OMS carta de Ottawa_1986, OMS protocolo WHOQOL-100, NUPES _ UFJF , SCIELO Dr. Alexander Moreira , UNIESPÍRITO, Revista Planeta_Ago/2007, O GLOBO_Jun/2018.
(*) Vídeos _ click nos links ou para ver, copie os endereços abaixo e cole no seu navegador:
Reencarnação – O Caso de Titu Singh
Reencarnação – James Leininger – Um dos casos de reencarnação mais convincentes


Fonte: https://www.facebook.com/culturaemdoses/posts/1296462647435738

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