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sábado, 9 de janeiro de 2021

RS registra o maior número de casos autóctones de dengue em dez anos

 Mais de 3,3 mil pessoas contraíram a doença em solo gaúcho no ano passado, a maior marca desde 2010



O último ano chegou ao fim com uma marca negativa no combate à dengue no Rio Grande do Sul. Segundo o mais recente balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), nesta sexta-feira (8), 3.323 pessoas contraíram a doença em solo gaúcho de janeiro a dezembro de 2020 – o maior número de ocorrências autóctones em dez anos.

Mais de 6,5 mil pacientes tiveram suspeita de dengue no ano passado. 3.613 estavam, de fato, doentes – sendo que apenas 290 tiveram contato com o vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, fora do Rio Grande do Sul. 77 pessoas ainda aguardam o resultado dos exames, e seis perderam a vida em decorrência das complicações.

“2020 foi um ano com muitos casos de dengue em todo o Brasil. Os números registrados aqui no Rio Grande do Sul, que apontam para o maior número de ocorrências autóctones desde 2010, refletem uma tendência que se apresenta a nível nacional”, afirma a técnica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Cátia Favreto.

A maioria dos infectados apresenta dor no corpo (mialgia), dor de cabeça (cefaleia), febre, irritação na pele (exantema), dor nas costas e náuseas. Pelo menos 392 cidades gaúchas estão infestadas pelo Aedes Aegypti – número que representa quase 79% dos municípios existentes no Rio Grande do Sul.

Frederico Westphalen é a líder em diagnósticos autóctones, com 722. Na sequência, aparecem Santo Ângelo (620), Palmeira das Missões (586), Santa Rosa (571), Santa Maria (231), Ijuí (185) e Santa Cruz do Sul (166). Até o dia 2 de janeiro, Porto Alegre teve 174 casos locais de dengue.

Calor preocupa as autoridades

O mosquito transmissor do vírus da dengue está no Brasil há mais de 100 anos, e chegou a ser erradicado em alguns momentos. Entretanto, o processo de urbanização e o aumento de locais propícios ao acúmulo de água aceleraram o processo de proliferação do inseto – que tende a aumentar, especialmente, durante o verão.

Para a técnica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, a estiagem que castiga o Rio Grande do Sul desde o fim de 2019 também contribuiu para o aumento do número de casos. “A população se vê obrigada a armazenar água. Quando fazemos isso de maneira incorreta, podemos facilitar a vida do Aedes”, explica Cátia Favreto.

Segundo as autoridades, a melhor forma de combate à dengue é a limpeza dos ambientes. A orientação é eliminar a água armazenada em recipientes que podem se tornar possíveis criadouros, como vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas pláticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.


Rádio Guaíba e Correio do Povo


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