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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Para não desagradar a China, Hollywood abandona o Dalai Lama

 

O líder espiritual do Tibete, Dalai Lama: esquecido em Hollywood e pelas celebridades| Foto: LOBSANG WANGYAL/AFP 


Entre metade da década de 1980 e o começo do século 21, poucas causas foram mais influentes entres os artistas de Hollywood que o movimento “Tibete Livre”. O pequeno país asiático, ocupado pela China pouco tempo depois do fim da Segunda Guerra Mundial, teve sua cultura e tradições solapadas pela ditadura comunista.

O Dalai Lama, líder espiritual do budismo, foi durante muito tempo figura fácil em programas de entrevistas e eventos de caridade nos Estados Unidos, sempre acompanhado por artistas interessados em parecer engajados em alguma causa, não importa qual.  

Mas algo mudou. Nos anos 2000, a China prosperou economicamente e se tornou berço de uma classe média formada por centenas de milhões de pessoas. Melhor ainda: de consumidores, gente que gosta de gastar um dinheirinho indo aos cinemas. Da mesma forma que o impulso de vender bilhões de garrafas de Coca-Cola na China impeliu Richard Nixon a visitar a China nos anos 1970, as produtoras de cinema voltaram sua atenção para o imenso mercado chinês.  

E foi um negócio, com o perdão do trocadilho, da China. De repente, o dinheiro apareceu não apenas na forma de milhões de espectadores, mas também no de inúmeras companhias querendo investir em filmes protagonizados por astros americanos. O problema, no entanto, é que o pessoal esquece de ler nas linhas miúdas. Para receber dinheiro da China e exibir filmes para os chineses, as produtoras de Hollywood tiveram que abandonar qualquer assunto que desagradasse os chefes comunistas.  

Não parou por aí. Obras com atores como Brad Pitt, que protagonizou o ótimo filme “Sete Anos no Tibete”, passaram a ter entrada proibida na China. Richard Gere, entusiasta legítimo da libertação do Tibete e amigo do Dalai Lama, foi relegado a produções menores. Ele passou a ser tóxico para as grandes companhias, todas de olho nos bem-vindos yuans.

A história completa de como o cinema americano se ajoelhou perante a China comunista está aqui:
Quero saber como, para não desagradar a China, Hollywood abandonou o Dalai Lama


Gazeta do Povo

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