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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Melo descarta decisão de fechamento de Porto Alegre sem análise científica

 Mudança de postura do prefeito eleito dependerá de dados do Comitê municipal de Enfrentamento ao Coronavírus



O prefeito eleito Sebastião Melo (MDB) reforçou, nesta quinta-feira, a postura defendida durante a eleição municipal de que não tomará nenhuma medida para o fechamento de Porto Alegre sem uma análise científica concreta que aponte a necessidade de medidas mais rígidas para o enfrentamento da pandemia no município. "O que causa mais contaminação: manter uma cidade funcionando com protocolos rígidos?", questionou Melo em entrevista ao programa Esfera Pública, na Rádio Guaíba, na tarde de hoje.

Melo tomará posse nesta sexta-feira em Porto Alegre, com cerimônia às 15h na Câmara de Vereadores e às 18h no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público.

Segundo Melo, uma eventual mudança de postura para endurecer as regras de funcionamento da cidade, precisaria de dados técnicos do Comitê municipal, que será integrado por especialistas e entidades da área da saúde. "Não vou tomar nenhuma decisão de fechamento sem nenhum documento balisador pra isso. Estou convencido que não é fechando que você vai ter menos infecção por coronavírus", afirmou.

No entanto, Melo destaca que os gestores precisam entender que o cenário mudou com a chegada da Covid-19. É o caso do comércio que, segundo ele, não terá o mesmo faturamento de antes da pandemia. Da mesma forma, citou a demanda de passageiros no transporte coletivo e a disposição dos estudantes nas aulas presenciais na rede pública.  "O gestor tem que ter compreensão que todas as decisões que for tomar precisa levar em consideração este cenário", destacou.

Em relação ao calendário de ensino, Melo alegou que a pauta precisará de diálogo. "Não queremos impor um calendário pra rede, mas também não queremos um calendário imposto por ela", resumiu.

"Transporte coletivo colapsou antes da pandemia"

O transporte público de Porto Alegre será um dos principais desafios da gestão de Sebastião Melo e Ricardo Gomes a partir desta sexta-feira. De acordo com o prefeito, o segmento que foi duramente afetado pela pandemia, com a redução do número de passageiros, precisa de controle nos gastos. 

"Nós temos um transporte coletivo que colapsou antes da pandemia e, que agora, transporta 50% dos passageiros e que quer que eu continue botando dinheiro público a partir de janeiro", afirmou ao lembrar que o acordo entre a atual gestão de Nelson Marchezan Jr. e a Carris termina em 31 de janeiro. "Uma Carris que recebeu muito dinheiro na pandemia pra poder transportar", acrescentou. De acordo com o prefeito eleito, uma decisão será tomada "rapidamente", com "planejamento, calma e parceria".


Correio do Povo

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