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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

DEVEMOS TORCER PELA FILHA DE MARIA DO ROSÁRIO, NÃO USÁ-LA COMO ARMA CONTRA A DEPUTADA SOCIALISTA

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Lá vou eu me meter nesse assunto também. Não queria. Não gosto da ideia de expor uma adolescente com problemas com drogas, pelo motivo que for. Mas precisamos falar disso mesmo assim, até porque o caso acaba dando munição para aquele-cujo-nome-não-se-deve-falar que tem dado chilique atrás de chilique cuspindo na “direita xucra” e afirmando que esta tem feito de tudo para que o PT volte ao poder.

Ele está errado, ele exagera, ele erra na forma e também no conteúdo, ele joga todos no mesmo saco podre, ele é vaidoso demais, ele banca a vítima e o “ungido”. Portanto: não vamos dar razão a ele, não é mesmo?! A forma com que a filha da deputada foi tratada está errada! É indecente usar uma adolescente problemática para atacar uma adversária política. Isso não é “falso moralismo”; é item básico de qualquer código de decência. Nós não podemos ser como eles!

Claro que a esquerda radical não se importaria de fazer o mesmo, de usar filhos para atacar adversários sem a mínima preocupação com os efeitos disso nos jovens. Basta ver o que fizeram com o filho de Trump, tratado como autista e exposto ao ridículo. Um garoto de dez anos! Vamos descer no mesmo nível? Não!

Claro também que, além da indecência da exposição da garota da forma que foi feita, o tiro sairia pela culatra. Ou seja, o ataque serviria para colocar Maria do Rosário na defensiva, bancando a vítima, aquilo que a esquerda mais faz na vida. Não deu outra: a deputada falou até em “bandidos” (agora eles existem e não são vítimas da sociedade!). Sim, a esquerda é hipócrita.

Sim, Maria do Rosário tenta transferir a responsabilidade para os outros. Sim, foi a própria filha quem publicou as fotos em seu Instagram. Não importa! É preciso decoro aqui, separar o joio do trigo, respeitar a adolescente, preservar seu espaço, sua privacidade, mesmo que ela não se dê conta dos perigos da exposição. É errado aproveitar a estupidez ou fraqueza de uma menina doente para fazer política. Ponto.

Jenifer Castilho escreveu um texto em que pede para orarmos pela garota, enquanto aponta para a questão da legalização das drogas, defendida pela própria deputada, e também para a educação frouxa, que pode levar a esse tipo de situação. Ela está certa ao defender pais mais “chatos”, mas mesmo assim não há garantias. Podemos apenas mitigar os riscos, mas a droga sempre estará lá, legalizada ou não, à espreita, para fornecer uma fuga aos problemas da adolescência. Diz Jenifer:

A menina de apenas 16 anos tem sido alvo de críticas por ter feito uma escolha errada na vida. Independente de quem ela seja filha e de sua posição política, ela é uma adolescente e essa é uma fase muito complicada na vida de um ser humano. É a fase que fazemos escolhas erradas por acharmos que sabemos de tudo na vida. É a fase que precisamos de uma mãe e um pai “chatos” no nosso pé. É a fase que precisamos ouvir de nossa mãe: “aquela pessoa não é sua amiga. Ela não gosta de você”, e o tempo nos mostra que ela estava certa. É a fase que achamos que qualquer coração partido, qualquer desilusão ou qualquer tristeza é o fim do mundo.

Ela é apenas uma adolescente que teve uma educação frouxa. Torça para que ela se recupere e que consiga sair dessa vida. Acredito que as pessoas pregam a liberação das drogas até ver seu filho ou alguém que ama morrer por causa delas. Meu recado para os adolescentes é: o “NÃO” da sua mãe já te livrou e vai te livrar de muita coisa. Meu recado para as mães é: seja chata! Meu recado para os internautas é, na verdade, uma pergunta: Quem é você para julgar a filha da Maria do Rosário? Como diria o meu grande ídolo: quem não tem pecado que atire a primeira pedra. Que Deus ajude essa menina.

Sim, que ela consiga sair dessa! Quem tem amigos ou parentes viciados sabe muito bem como é difícil, como os pais podem fazer o que estiver ao seu alcance e mesmo assim as drogas vencerem. Não é moleza vencer essa batalha. Devemos torcer pela menina. E respeitar esse momento de dor da família, mesmo em se tratando de quem se trata.

Sou autor de Esquerda Caviar, ou seja, sei muito bem como é importante expor a hipocrisia da elite de esquerda. Mas para tudo deve haver um limite. Explorar um vício de uma adolescente ultrapassa esse limite. Sabemos que Maria do Rosário defende tudo aquilo que não presta. Sabemos que ela tem eximido marginais da responsabilidade de seus atos.

Mas quem pensa “bem-feito!” por ela ter uma filha nessa condição está deixando seu lado primitivo dominar seu lado mais humano e civilizado. Está ignorando que é a garota quem merece nosso sentimento de pena. E, portanto, ela deve ser respeitada, preservada. Não exposta para se obter dividendos políticos contra a petista. Isso é inaceitável e incompatível com o conservadorismo de boa estirpe que admiro.

Rodrigo Constantino

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