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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Mesmo no recesso, deputados gastam R$ 10 mi com verba da Câmara que custeia propaganda e viagens

POR PAINEL

Folia parlamentar Em janeiro, mês de recesso em que não houve sequer uma sessão na Câmara, deputados gastaram R$ 10 milhões em recursos da cota parlamentar — verba disponibilizada pelo Legislativo para dar suporte ao trabalho dos congressistas. Mesmo sem atividade nas comissões e no plenário, os 513 deputados desembolsaram R$ 2,7 milhões só para fazer propaganda. Outro R$ 1,3 milhão foi usado para custear passagens de avião e mais R$ 1,1 milhão foi gasto com a compra de combustível.

Traz a conta O valor total ainda pode crescer. Os deputados têm até 90 dias para apresentar as notas fiscais para que seus gastos sejam reembolsados pela Câmara.

Tô na área Em meio à possibilidade de estender sua licença médica, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) — que passou por uma cirurgia nesta segunda-feira (27) — continua com a presença prevista na reunião do Conselhão, na próxima terça-feira (7).

Primeiro escalão Ao lado de Michel Temer e de Henrique Meirelles (Fazenda), vai debater com grandes empresários as propostas do grupo para a retomada da economia.

Acabou 2016 No ano passado, 81% das reportagens publicadas em 14 veículos internacionais sobre o Brasil foram negativas, mostra estudo da consultoria Imagem Corporativa. Em 2009, quando começou o levantamento, 80% foram positivas.

Inferno astral A agonia do impeachment, a recessão, a zika e falhas na organização da Olimpíada fizeram com que os textos desfavoráveis atingissem 85,5% entre abril e junho. Depois dos Jogos e da saída de Dilma, a taxa caiu para 71% no último trimestre.

Pé do ouvido Gilberto Kassab (Comunicações) começou a articular com congressistas um projeto de lei para que dois fundos que recebem contribuições compulsórias das operadoras — Fust e Fistel — deixem de ser contingenciáveis a partir de 2020.

Mão aberta O primeiro deveria custear investimentos para a universalização dos serviços de telecomunicações. O segundo responde por fiscalizações da Anatel.

Tempo ao tempo Kassab defende que a nova regra só comece a valer daqui a três anos porque teme que a briga política no Congresso impeça a aprovação do projeto.

Ainda falta Não tem data certa para sair do papel a operação de crédito baseada nos royalties futuros de petróleo que começou a ser preparada com a ajuda do Banco do Brasil no ano passado para dar alívio às finanças do Rio.

Quanto e quando Executivos envolvidos na modelagem da operação afirmam que ela despertou interesse de investidores, mas ainda é preciso demonstrar com mais clareza que haverá royalties disponíveis a partir de 2021 ou 2022 para remunerá-los.

A conta Pela última estimativa da cúpula do grupo Odebrecht, há cerca de 80 mil funcionários trabalhando em empresas e obras do grupo mundo afora. Em 2013, um ano antes de a empresa ser dragada para o centro da Lava Jato, eram mais de 180 mil.

Ajudinha Quem navegar pelo Portal da Transparência, que detalha transferência de recursos federais e gastos diretos da União, verá que Marcelo Odebrecht recebeu R$ 3.200 de auxilio educação durante o ano de 2016.

Foi o xará Não se trata, porém, do ex-presidente do poderoso grupo baiano — preso em Curitiba desde meados de 2015 –, mas de um homônimo. O valor foi pago pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações.

Libera aí O ministro Marcos Pereira (Indústria) tenta convencer o Planejamento a liberar mais vagas para o INPI, órgão responsável pela análise de patentes. O governo autorizou a convocação de 140 analistas, mas ainda há candidatos na lista de espera.


TIROTEIO

Neste governo polifônico, pelo visto e ouvido, a saída de um ministro é muito mais tranquila que a entrada de outro.

DO DEPUTADO CHICO ALENCAR (PSOL-RJ), comparando o pedido de demissão de José Serra à escolha de Osmar Serraglio para o Ministério da Justiça.


CONTRAPONTO

Plano falível

De olho em uns dias de folga, auxiliares de João Doria acertaram de, juntos, tentar convencer o chefe a fazer uma pausa durante o Carnaval. Argumentariam dificuldades de manter o mutirão de zeladoria nas ruas tomadas por blocos. Na reunião, um deles tomou a iniciativa:

— Prefeito, esse fim de semana citado há pouco… É que será Carnaval — disse um, em tom obsequioso.

— E daí? — respondeu Doria de pronto.

Sem o socorro dos colegas, restou ao auxiliar disfarçar:

— Nada. Só comentando mesmo…

Só nesta segunda-feira (27) o tucano avisou que tiraria a terça de Carnaval para descansar.

Painel

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