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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Com maior procura, desemprego bate 11,2% no trimestre encerrado em maio

por BRUNO VILLAS BÔAS

 

Uma combinação de maior procura por trabalho sem a geração de mais vagas elevou a taxa de desemprego do país para 11,2% no trimestre encerrado em maio, divulgou o IBGE nesta quarta-feira (29).
O resultado foi bem acima do registrado no mesmo período do ano passado (8,1%). Também renovou o recorde do setor, ao marcar a pior taxa da série histórica da pesquisa iniciada em 2012.
Economistas consultados pela agência internacional Bloomberg esperavam um aumento maior da taxa de desemprego, para 11,4% no trimestre, considerando a mediana (centro) das projeções.
O país tinha 11,44 milhões de pessoas procurando emprego sem encontrar no trimestre encerrado em maio, um recorde. São 10,3% a mais na comparação com os três meses anteriores e 40,2% maior em relação a um ano antes.

O rendimento real (descontada a inflação) dos trabalhadores foi de R$ 1.982 no trimestre, estatisticamente estável frente aos três meses anteriores (R$ 1.972) e 2,7% menor que em igual período de 2015 (R$ 2.037).
Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - Contínua), que acompanha 211 mil domicílio a cada três meses em 3.464 municípios espalhados pelo país.

DINÂMICA
No trimestre encerrado em maio, o país tinha 90,85 milhões de pessoas ocupadas (formal ou informalmente), 0,3% a menos que nos três meses anteriores. Isso significa 285 mil pessoas a menos trabalhando. Para o IBGE, a variação apontaria estabilidade.
Quando comparado ao mesmo período do ano passado, porém, a população ocupada teve uma queda de 1,4%, o que representa 1,25 milhão de pessoas a menos trabalhando no país, segundo o instituto.
Em um ano, essas pessoas perderam emprego, principalmente na indústria. O setor ocupou 10,7% pessoas a menos frente ao mesmo trimestre de 2015. Ao todo, 1,4 milhão de pessoas foram demitidas.
A contribuição da indústria para o desemprego no país seria ainda maior se considerada a dispensa de trabalhadores terceirizados, como pessoas de segurança, limpeza e atividades administrativas.
Na comparação com o trimestre imediatamente anterior (dezembro, janeiro e fevereiro), o comércio foi o que mais demitiu em termos absolutos. Foram 228 mil vagas cortadas, uma queda de 1,3% no trimestre.
O corte de vagas seria suficientemente ruim para a dinâmica do mercado. Mas o quadro é ainda pior por causa do crescente número de pessoas em busca de emprego para ajudar no orçamento de casa.
O caso mais evidente desse movimento é o da população jovem. Em vez de dedicar mais tempo aos estudos, eles estão engrossando as filas de emprego do país para ajudar financeiramente os pais em casa.
Desta forma, a força de trabalho (composta por pessoas empregadas ou em busca de emprego) cresceu 0,8% no trimestre encerrado em maio frente aos três meses anteriores. Foram 784 mil pessoas a mais.
FORMALIZAÇÃO
Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o aumento da procura por emprego é fruto também da perda do emprego formal, com carteira de trabalho assinada.
Ele diz que sem a estabilidade oferecida pelos direitos trabalhistas, como salário mínimo, 13º salário, mais pessoas de uma mesma família buscam uma ocupação para aumentar a segurança do orçamento familiar.
"Além dos jovens, donas de casa e pessoas aposentadas que estavam fora da força de trabalho passam a procurar emprego por que perderam a estabilidade do emprego com carteira assinada", disse Azeredo.
O emprego com carteira de trabalho assinada teve queda de 1,2% no trimestre encerrado em maio deste ano. O país tinha 34,4 milhões de pessoal trabalhando na formalidade, 428 mil pessoas a menos.
Um das válvulas de escape das pessoas em busca de emprego tem sido o trabalho informal, sem carteira de trabalho assinada. Esse tipo de ocupação aumentou 3,5% no trimestre encerrado em maio, absorvendo 343 mil pessoas.
Fonte: Folha Online - 29/06/2016 e Endividado

 

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Os coitados roubados por Paulo Bernardo tiveram pena antecipada

Por Mario Sabino

O Jornal Nacional mostrou que aumentou dramaticamente o número de aposentados inadimplentes. O motivo é que eles se acharam obrigados a arcar com as necessidades e os desejos dos seus filhos desempregados e netos sem perspectiva. Necessidades e desejos que resultaram em calotes, dada a exiguidade do que recebem por mês.

A crise na Europa já havia mostrado face semelhante -- a de velhos que são obrigados a sustentar jovens adultos, numa inversão do que se presumia ser a direção natural das famílias. No Brasil, o problema adquire contornos ainda mais urgentes, porque as redes de proteção sociais são escassas, quando não completamente inexistentes.

Ao deparar com a notícia de que a prisão preventiva de Paulo Bernardo foi revogada por Dias Toffoli, voltei a pensar na reportagem do Jornal Nacional. A totalidade dos aposentados em dificuldades caiu no conto do crédito consignado. Ou seja, têm até um terço da sua renda descontado em folha pelo banco que lhes emprestou dinheiro. Com o que sobra, contraíram mais dívidas com financeiras -- e, agora, estão sem crédito nenhum.

Segundo a Justiça de São Paulo, Paulo Bernardo chefiava uma organização criminosa que roubou 100 milhões de reais de funcionários públicos e aposentados que viram no consignado a miragem de melhorar o padrão de vida de si próprios e dos que os rodeiam. Era um roubo de formiguinha: pouco mais de um real por mês de cada devedor, pago a título de taxa de administração para uma empresa que repassava a "mais-valia" de cada real a Paulo Bernardo, PT e o resto daquela gente que só queria acabar com a fome no mundo.

Apesar de tamanha perversidade, Paulo Bernardo está solto. Na visão de Dias Toffoli, ele não pode sofrer “antecipação de pena”. Mas os coitados que foram enganados pelos arquitetos do consignado, os coitados que foram roubados pelo ex-ministro et caterva, como os aposentados inadimplentes do Jornal Nacional, estes tiveram as suas penas antecipadas pelo serviço de proteção ao crédito. Para eles, o STF não existe.

 

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