ACORRENTADA NA MESA: O GRAN FINALE

(Diego Casagrande - 03.05.16 - jornal METRO Porto Alegre)

Circula em Brasília o temor da oposição de que a presidente Dilma Rousseff, diante do inevitável impeachment que se aproxima, esteja preparando um Gran Finale para o discurso circense de que está em curso um golpe. O ato final consistiria em se acorrentar na mesa de trabalho do Palácio do Planalto, obrigando o Exército a usar de força para retirá-la. Conseguem imaginar a cena surreal? Do lado de fora milhares de camisas vermelhas do PT, da CUT e do MST, contratados com muito dinheiro e pão com mortadela, gritam palavras de ordem e vociferam de punho cerrado. Do lado de dentro, uma Dilma com vestido de abajur, parcialmente descabelada e entupida de Rivotril, se prende à mesa presidencial, que ela agarra feito criança que não quer soltar a boneca. Utiliza uma corrente presa na perna e outra na cintura, cuja extensão a une ao pé grosso da mesa de madeira talhada.

Na sala presidencial e nos corredores anexos, uma horda de deputados e senadores petistas, junto com militantes vindos do Brasil todo, faz número segurando placas com os dizeres “Não vai ter golpe”. Uma parlamentar defensora de bandidos chora em momento de flagrante histeria. Os únicos de fora da tribo autorizados a ingressar no Palácio, agora oficialmente um bunker petista, são profissionais da imprensa internacional. Abre-se exceção para alguns jornalistas chapa-branca amigos do governo, mas como são muitos, não há lugar para todos. Os que conseguem têm de entrar pelos fundos, à paisana, porque do lado de fora os líderes da CUT, da UNE, do MST e da Marcha das Vadias gritam palavras de ordem contra a imprensa, para eles a verdadeira causadora do “golpe”. São os últimos atos de um governo bananeiro, típico do terceiro mundo retratado em comédias de Hollywood. Enquanto tudo isso acontece, a CNN entra ao vivo. A correspondente lembra que este é o país onde um outrora presidente, hoje prestes a ser preso por corrupção, teve a ousadia de sugerir que Barack Obama viesse se tratar no SUS em caso de doença. Os apresentadores caem na gargalhada, apesar da gravidade da situação. Viramos piada mundial!

Luís XIV, o Rei Sol, foi monarca da França durante 72 anos. A ele é atribuída a lapidar frase “O Estado sou eu!”. Mas isso era até aparecerem Dilma, Lula e o PT.

 

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Fonte: https://www.facebook.com/diegojornalista/photos/a.553559914683628.1073741826.553544254685194/1168936119812668/?type=3&theater

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