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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Presos acusados de escravizar seguidores

Líderes de seita atraíam pessoas para trabalhos forçados em três estados

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã de ontem quatro pessoas na Operação “De volta para Canaã”, deflagrada em Minas Gerais, São Paulo e Bahia para desarticular uma organização religiosa acusada de submeter pessoas a trabalho escravo. Segundo a PF, a organização Jesus a Verdade que Marca seria responsável por atrair por atrair seguidores para trabalhos forçados e sem pagamento em fazendas há pelo menos quatro anos.
Os fiéis seriam convencidos a doar todo o seu patrimônio para a seta, sob o argumento de que “tudo seria de todos” e, em seguida, obrigados a realizar trabalhos rurais. A PF estima que a organização tenha arrecadado R$ 100 milhões desde 2011 com a prática. O dinheiro teria sido usado para a compra de fazendas e artigos de luxo, como carros e mobílias, para os líderes.
Dentre as prisões temporárias efetivadas, três foram em Minas Gerais e uma em São Paulo. Outros dois líderes da organização ainda estão sendo procurados. Os responsáveis deverão responder pelos crimes de redução de pessoas à condição análoga à de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
As investigações sobre as atividades da seita, iniciadas em 2011, estão sendo coordenadas na cidade de Varginha (MG). A Justiça autorizou 129 mandados – dos quais seis são de prisão temporária, 47 de condução coercitiva e 70 de busca, apreensão e sequestro de bens.
Em 2013, a Polícia Federal conduziu a Operação Canaã para investigar a atividade da organização ao lado do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério Público do Trabalho. No entanto, não houve prisões na época. Foram inspecionadas propriedades rurais só em Minas.



Fonte: Correio do Povo, página 17 de 18 de agosto de 2015.

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