O
PT aprovou ontem a Carta de Salvador, documento que suaviza as
críticas à política econômica, a pedido do Palácio do Planalto e
do ex-presidente Lula, e defende uma nova política de alianças para
as eleições de 2018, ancorada por uma frente de partidos e
movimentos sociais. O texto-base vai nortear os rumos do 5º
Congresso do partido, mas será submetido a emendas e pode ganhar um
tom mais ácido até amanhã quando termina o evento na Bahia.
Apesar
do tom ameno do documento assinado pelo grupo majoritário, reuniões
a portas fechadas na abertura do encontro petista, ontem,
escancararam as divergências com o governo Dilma Rousseff. Agora,
até mesmo o grupo do presidente do PT, Rui Falcão, critica a
política econômica e age mara marcar posição no encontro.
Integrada
por Rui Falcão, a corrente Novo Rumo vai insistir na proposta de
auditoria da dívida pública e de reforma tributária progressiva,
que penalize os mais ricos. “É inconcebível uma política
econômica que seja firme com os fracos e frouxa com os fortes”,
disse Falcão na abertura do congresso. O presidente do partido disse
considerar “vital que o peso das contas públicas “recaia sobre
quem mais tem condições de arcar com o custo do ajuste”.
Para
José Américo Dias, secretário de Comunicação do PT, o manifesto
lançado pela Novo Rumo, lembrando que a aprovação do PT e do
governo Dilma desabou, indica que o partido precisa criar agenda
própria.
Fonte:
Correio do Povo, página 3 de 12 de junho de 2015.
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