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terça-feira, 21 de julho de 2015

Sérgio Moro condena ex-executivos da Camargo Corrêa a 15 anos de prisão

Na primeira sentença dada a empreiteiros, o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal no Paraná, condenou hoje (20) seis réus envolvidos na Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras.

Os ex-executivos da Camargo Corrêa Dalton dos Santos Avancini, condenado a 15 anos de prisão, Eduardo Hermelino Leite, também a 15 anos, e o ex-conselheiro João Ricardo Auler, a nove anos e seis meses, foram declarados culpados pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi punido pelos crimes de corrupção passiva e recebimento de vantagem indevida paga por executivos da Camargo Correa.

A punição de 12 anos de prisão foi imposta também por seis crimes de lavagem de dinheiro procedente dos contratos da empreiteira com as refinarias Abreu e Lima e Getúlio Vargas, por meio de operações simuladas com a Costa Global Consultoria.

Avancini e Hermelino Leite foram condenados ainda por 38 crimes de lavagem de dinheiro de contratos das refinarias, em operações simuladas com as empresas Sanko Sider, MO Consultoria, Empreiteira Rigidez, GDF Investimentos e Costa Global.

O doleiro Alberto Youssef, operador dos pagamentos, foi reconhecido culpado (oito anos de reclusão) pelo crime de corrupção passiva. Jayme Alves de Oliveira vai pagar por 38 crimes de lavagem, saque e transporte de dinheiro, com 11 anos de prisão.

Na mesma sentença, o juiz Sérgio Moro inocentou Waldomiro de Oliveira pelo crime de lavagem de dinheiro e absolveu de corrupção ativa o dirigente das empresas Sanko, Márcio Andrade Bonilho.

Adarico Negromonete Filho, que havia sido acusado de prestar serviços de entrega de dinheiro a mando de Youssef, foi absolvido de pertinência a organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Auler, Avancini e Hermelino Leite foram absolvidos da acusação de uso de documento falso e Auler também foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro por intermédio das empresas Sanko Sider.

Em função do acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef, Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite obtiveram abrandamento das penas.

Segundo as investigações, a empreiteira Camargo Corrêa, como outras grandes empreiteiras brasileiras, teriam formado um cartel e fraudado licitações da Petrobras para a contratação de grandes obras.

As empresas manipulavam os preços apresentados nas licitações para serem contratadas pelo maior preço possível e, para isso, contavam com a ajuda de empregados do alto escalão da Petrobras, entre eles o ex-diretor Paulo Roberto Costa.

Sobre o indiciamente de ex- dirigentes, a Construtora Camargo Corrêa enviou a seguinte nota: "A Construtora Camargo Corrêa reitera que desde que tomou conhecimento das investigações, além de ter se colocado à disposição das autoridades, tem empreendido esforços para identificar e sanar irregularidades, reforçando sua governança corporativa e sistemas de controle. ” 

 

Agência Brasil

 

 

Boxeador em busca de medalha no Pan teve ajuda de ONG que apoia liderança jovem

 

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Roberto Custódio, atleta formado pela ONG Luta pela Paz, disputa medalha no boxe categoria 69 kg, nos

Jogos  Pan-Americanos  de  Toronto          Foto: Divulgação/Federação de Boxe do Estado do Rio de Janeiro

O esporte, para vários atletas, é o caminho para a superação, com grandes possibilidades de alcançar a glória o que, no caso de uma modalidade olímpica, significa chegar ao pódio. Classificado para disputar uma medalha amanhã (21) em Toronto, nos Jogos Pan-Americanos, na categoria 69 Kg, o boxeador Roberto Custódio é um dos que abraçaram o esporte como forma de escrever sua história.

Campeão do Pan-Americano de Boxe de 2013, no Chile, Custódio nasceu no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro, perdeu o pai ainda criança e foi introduzido no esporte pela organização não governamental (ONG) Luta Pela Paz (LPP). “Ele está na seleção brasileira [de boxe] há cinco anos e, para nós, é um orgulho”, disse à Agência Brasil a coordenadora da ONG, Juliana Tibau.

Ao completar 15 anos de atividades sociais, a ONG está se transformando em uma entidade global, com filial em Londres. A iniciativa começou em 2000 como um projeto do Movimento Viva Rio e ganhou independência em 2007, quando assumiu o nome que tem hoje, dado pelo antropólogo social inglês Luke Dowdney. O trabalho da ONG, no entanto, não se restringe ao estímulo à prática do esporte.

“A gente investiu muito na nossa metodologia holística [que amplia a relação e a maneira de ver o mundo, ressaltando os potenciais humanos inatos]”, disse Juliana. Em 2000, foram 15 jovens do Complexo da Maré atendidos. Atualmente, a ONG tem sua metodologia de apoio a jovens de comunidades afetadas pela criminalidade e violência. A entidade está presente em 25 países, totalizando 135 instituições parceiras treinadas e em torno de 250 mil jovens atendidos por meio de seu programa Rede Global.

A filial londrina oferece as mesmas atividades da LPP da Maré, que são baseadas em cinco pilares: esporte (boxe e artes marciais), que é, em geral, a porta de entrada dos jovens; educação; empregabilidade; suporte social e liderança juvenil. “Isso só foi possível porque a gente tem uma filosofia de ter como funcionários jovens da própria Maré. O Conselho Jovem é eleito anualmente e tem representantes de todos os setores do projeto. […] A gente tem uma coordenação muito compartilhada com os principais atores, que são as crianças e jovens do projeto.”

Os pilares são entrelaçados. Quem faz esporte é obrigado a participar de desenvolvimento social, que é uma aula de cidadania.”A gente acredita que, por meio da teoria da mudança, esse jovem vai ter uma visão de futuro diferente da que ele [tinha quando] entrou no projeto”.

Segundo Juliana, o pilar educação não disputa espaço com a escola tradicional, mas resgata o jovem que está fora da escola, incentivando que ele retorne à sala de aula. “É um ensino diferenciado”. Os jovens têm acompanhamento de mentores psicológicos e advogados. Nos quatro feirões organizados por ano pela ONG, empresas convidadas oferecem vagas de trabalho aos moradores do complexo. A LPP incentiva também redes de discussão entre os jovens e a interação com a cidade, formando lideranças juvenis.

Carlos Eduardo Gomes Viana entrou na ONG em janeiro de 2011. “Eu estava há dez anos fora da escola”. Graças à LPP, ele fez o ensino fundamental e concluiu o ensino médio. “Agora, já estou no terceiro período da Faculdade de Pedagogia do Centro Universitário Augusto Motta [Unisuam]”. Carlinhos, como é conhecido na comunidade, é funcionário da ONG desde 2013. “Imagina o que isso foi para mim. Eu estava fora da escola, sem perspectiva de vida, voltei a estudar e agora estou trabalhando em uma instituição que me ajudou e me mostrou que vale a pena estudar. Hoje, praticamente o que eu sou e o que tenho, eu devo à ONG.”

Hoje, Carlinhos é exemplo para muitas crianças do Complexo da Maré. Seu filho, de 11 anos, faz judô na ONG e a sobrinha faz aulas de muay thai (boxe tailandês). “Tem uma galera da rua onde eu moro que faz esporte aqui porque sabe que eu estou no Luta Pela Paz”, conta, com orgulho.

 

 

Agência Brasil

 

 

Iotti: não me falta mais nada! Confira outras charges:

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Foto de Zero Hora.

 

 

Chega ao Iêmen primeiro navio com ajuda humanitária da ONU

 

Da Agência Lusa

Um navio com ajuda humanitária da ONU atracou hoje no porto de Áden, o primeiro da organização a chegar à cidade do Sul do Iêmen desde o início do conflito há quase quatro meses, anunciou o governador.

"É o primeiro navio da ONU que atraca em Áden para entregar ajudar humanitária, desde o início da guerra", desencadeada no final de março pela tomada da cidade por rebeldes xiitas, declarou Nayef Al Bakri aos jornalistas no cais.

O navio foi fretado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM), que nas últimas semanas tentou repetidamente levar, sem êxito, ajuda à cidade portuária.

Em maio, atracaram em Áden navios enviados pelos Emirados Árabes Unidos.

O cessar-fogo humanitário declarado, no início do mês, pela ONU não foi respeitado.

Durante a última semana, as forças leais ao presidente exilado Abd Rabbo Mansur Hadi reconquistaram a maior parte de Áden, sob controle dos rebeldes huthi xiitas e aliados.

 

Agência Brasil

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