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Tombini diz que resultado do PIB é “pausa no crescimento”
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje
(27) que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e
serviços produzidos em um país) confirmou a pausa no crescimento
econômico no ano.
A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, na
comparação com o ano anterior. O PIB fechou o ano em R$ 5,52 trilhões,
segundo dados divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Em nota divulgada pelo BC,
Tombini disse tambem que, apesar do resultado do PIB, a revisão das
estatísticas pelo IBGE, graças a aprimoramentos metodológicos, revelou
um quadro de maior expansão da atividade econômica desde 2012, com
participação mais elevada do investimento na economia e melhores
indicadores de solvência do país.
O presidente do Banco Central
ressaltou que os ajustes macroeconômicos que estão sendo feitos "tendem a
construir bases mais sólidas para a retomada da confiança e do
crescimento econômico".
Apesar de fraco, o resultado do PIB ficou acima do previsto pelo Banco Central. Ontem (26), no Relatório Trimestral de Inflação,
a autoridade monetária revisou para baixo a projeção de variação da
atividade econômica em 2014. De crescimento de 0,2%, previsto em
dezembro, a projeção passou para retração de 0,1%. Para 2015, o BC
espera recuo de 0,5% do PIB.
Ministro da Saúde vê com preocupação decreto sobre o Mais Médicos
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência BrasilEdição: Valéria Aguiar
O
ministro da Saúde, Arthur Chioro, classificou hoje (27) de "verdadeiro
atentado" ao Programa Mais Médicos a proposta de autoria do PSDB, em
tramitação no Senado Federal, de invalidar o termo de cooperação firmado
pelo governo brasileiro e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Segundo o ministro, se a mudança for aprovada, cerca de 63 milhões de
brasileiros podem ficar sem assistência médica em todo o país,
“O
projeto de decreto legislativo da liderança do PSDB é um verdadeiro
atentado ao programa, ele significa a derrocada do Mais Médicos, porque
imediatamente nós perderíamos 11.487 médicos, que são os profissionais
cubanos engajados no programa. Não consigo entender como alguém
comprometido com a saúde pública proponha algo assim”, disse o ministro.
Chioro
referia-se ao Projeto de Decreto Legislativo 33/2015 apresentado no
Senado Federal na última segunda-feira (23). A proposta dos senadores
Cassio Cunha Lima (PB) e Aloysio Nunes (SP), líder e vice-líder do PSDB,
respectivamente, trata do termo de cooperação firmado entre o
Ministério da Saúde e a Opas, referente à participação de cubanos no
programa. O projeto do PSDB está, atualmente, em tramitação na Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.
“É
lamentável questionar a relação do Brasil com uma instituição centenária
como é a Opas. Na prática, o decreto rompe, torna nulo, o convênio com a
organização, que permite que mais de 11,4 mil médicos cubanos possam
trabalhar no Programa Mais Médicos. E eles trabalham em região de
floresta, nas aldeias indígenas, com os quilombolas, no Semiárido, nas
regiões mais críticas do país. É um atentado contra a população
brasileira e contra as próprias prefeituras do PSDB”, disse.
Chioro
disse que levou sua preocupação à presidenta Dilma Rousseff, ao
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e aos secretários
municipais e estaduais de Saúde. “O programa foi criado para beneficiar
exclusivamente a população brasileira que depende do SUS [Sistema Único
de Saúde]. O projeto apresentado no Senado demonstra profundo
desconhecimento da construção do programa e de sua absoluta legalidade.
Os autores demonstram-se insensíveis aos benefícios e resultados desta
iniciativa.”
Segundo Chioro, os 11,4 mil profissionais do Mais
Médicos atendem em mais de 3,5 mil municípios. Atualmente, 2,7 mil
cidades que aderiram à iniciativa são atendidas exclusivamente por
profissionais cubanos. “A prioridade do governo federal sempre foi a
participação dos médicos brasileiros no programa. Somente de 2013 a
2014, fizemos cinco chamadas para inscrição desses profissionais.
Tivemos que buscar profissionais estrangeiros para preencher todas as
vagas demandadas pelos municípios.”
Hoje o programa conta com
médicos de mais de 50 nacionalidades e, quando for consolidado, vai
chegar a mais de 72% dos municípios brasileiros, atendendo a prefeituras
de todos os partidos, inclusive 65% (447) das cidades administradas
pelo PSDB.
O programa, criado em 2013, prevê investimento na
melhoria da infraestrutura da saúde e expansão da formação médica no
país. Até 2018, serão criadas 11,5 mil vagas de graduação em medicina e
12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com o
foco na valorização da atenção básica e outras áreas prioritárias para o
SUS.
De acordo com o ministério, já foram autorizadas 4.684
novas vagas de graduação, sendo 1.347 em instituições públicas e 3. 337
em instituições privadas, além da seleção de 39 municípios para criação
de mais cursos.
Bombeiros procuram dois desaparecidos após explosão em Nova York
Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil/EBC*Edição: Beto Coura
Após 24 horas da explosão, incêndio e desabamento de dois
prédios no bairro de East Village em Nova York, nesta quinta-feira, a
prefeitura da cidade divulgou hoje (27) boletim em que confirma o
desaparecimento de duas pessoas e ferimentos em 25.
Dos 25
feridos, quatro estão hospitalizados em estado crítico e cinco são
profissionais de saúde ou bombeiros que socorriam as vítimas. Os bombeiros trabalham no local em busca de informações sobre os desaparecidos.
A
explosão ocorrereu ontem por volta das 15h (16h no horário de
Brasília), mas o fogo só foi controlado no começo da noite. Alguns
andares dos edifícios desabaram com o fogo, provocado por um vazamento
de gás.
A Cruz Vermelha instalou um centro de acolhimento em uma
escola próxima, para aqueles que perderam a casa, e um hotel ofereceu
três noites de alojamento gratuito.
Há menos de um ano, oito
pessoas morreram em Nova York, devido a uma explosão de gás que destruiu
dois prédios no East Harlem, no norte de Manhattan, no dia 12 de março
do ano passado.
East Village, bairro em que ocorreu o incêndio
ontem, é um bairro muito animado de Nova York; um reduto da classe
média, com muitas lojas, bares e restaurantes. *Com informações da Agência Lusa e da prefeitura de Nova York
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência BrasilEdição: Beto Coura
Em assembleia na tarde de hoje (27), no vão-livre do Museu
de Arte de São Paulo (Masp), professores da rede paulista de ensino
decidiram permanecer em greve. Eles estão parados desde o dia 13 de
março.
O sindicato da categoria estimou a presença de 50
mil pessoas. Na última assembleia, a Polícia Militar calculou a
participação de 5 mil professores, enquanto o sindicato falou em 40 mil.
Hoje, a PM ainda não tem estimativa do número de manifestantes.
Neste momento, os professores fazem uma caminhada até a Praça da República, acompanhados por policiais militares.
A
assembleia ocorreu de forma pacífica. O único incidente registrado foi o
caso de uma professora de Guarulhos que desmaiou e foi socorrida por
médicos que estavam no local. O estado de saúde dela não foi informado.
Segundo
Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidente do sindicato, cerca
de 140 mil professores estão em greve em todo o estado. Ela disse que
foi aberto um canal de negociação com o governo e que a reunião será na
segunda-feira (30).
Os professores reivindicam aumento salarial
de 75,33%. “Estamos pedindo que as salas superlotadas sejam desdobradas e
que seja feita uma nova forma de contratação para os professores da
categoria O [temporários, com contrato de um ano, renovável por mais um,
e carga horária máxima de 32 horas de aula semanais]”, acrescentou a
sindicalista.
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