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Renan e Eduardo Cunha decidem promover "pauta expressa" no Congresso
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), definiram hoje (24) que as duas
Casas do Parlamento vão elaborar uma pauta conjunta com matérias que
terão uma tramitação mais rápida. O objetivo é priorizar temas
considerados mais urgentes e necessários ao país, por exemplo, que
tratam de reforma política, melhoria do ambiente de negócios e da
situação de estados e municípios. Os
presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros,
decidem elaborar uma "pauta expressa" para priorizar a tramitação de
matérias urgentes para o paísArquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil “Vamos
designar uma comissão de dois deputados e dois senadores para
estabelecer esses pontos da chamada pauta expressa. Será uma espécie de
pauta comum de alguns temas que, votados no Senado, serão votados na
Câmara e, votados na Câmara, serão votados no Senado”, explicou Renan.
O
primeiro item a ser apreciado já está definido: a regulamentação do lei
que mudou o indexador da dívida dos estados e municípios. Na opinião do
presidente do Congresso, a falta de regulamentação dessa matéria por
parte do governo fez com que o tema precisasse ser retomado pelo
Parlamento para ser concluído definitivamente.
O presidente do
Congresso criticou a posição do governo e destacou que a ausência de
regulamentação impacta o quotidiano dos governos estaduais e municipais.
“O governo está dizendo que não altera a situação de estados e
municípios. Não é verdade, altera sim. Isso não é ajuste, é desajuste.
Como é que você pode punir estados e municípios a continuarem pagando
uma taxa de juros escorchantes, da década de 90? Quando você obriga
estados e municípios a isso, você os obriga a tirar recursos de
salários, dos investimentos, da saúde, da segurança, da educação. Não
dá”.
Em novembro do ano passado, a presidenta Dilma Rousseff
sancionou a lei que muda o indexador das dívidas dos estados e
municípios. Atualmente, a correção é baseada no Índice Geral de Preços –
Disponibilidade Interna (IGP-DI), com acréscimo de 6% a 9% de juros ao
ano. Com a nova lei, o indexador passaria a ser a taxa Selic ou o
Índice Nacional de Preços ao consumidor Amplo (IPCA), acrescido de 4% de
juros.
A falta de regulamentação da lei, aprovada pelo Congresso em novembro de 2014, fez com que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, decidisse entrar na Justiça contra o governo federal para cobrar a aplicação do novo índice de correção na dívida do município.
Cunha
e Renan decidiram apresentar um projeto de lei complementar, cuja
urgência será votada em plenário. “Combinamos que seja votado na Câmara
e, imediatamente, no Senado. A gente dá prazo de 30 dias para que faça
os aditivos de contratos que sejam necessários. E, se não fizer, os
entes federados vão recolher de acordo com a lei”.
Perguntado se a
definição da pauta expressa e do projeto de regulamentação do indexador
da dívida dos estados foram negociados previamente com o governo, o
presidente do Congresso, Renan Calheiros, destacou a independência do
Poder Legislativo para tratar do assunto. “O Congresso é independente.
Não há outra coisa a fazer neste momento senão acentuar a independência
do Congresso. O que a sociedade está cobrando, neste momento, é que o
Congresso seja cada vez mais independente. Harmônico também, mas
sobretudo mais independente”.
Setor de telecomunicações lidera queixas no Procon de SP em 2014
O setor de telecomunicações figura como campeão em
reclamações feitas ao Procon paulista em 2014, com 19% das reclamações,
seguido pelo setor de instituições financeiras, com 15%.
Os maiores problemas apontados pelos consumidores são relacionados a cobranças, com 30% das queixas.
A lista destaca 50 empresas e considera apenas reclamações fundamentadas
–aquelas que não foram solucionadas e exigiram abertura de processo
administrativo.
Conforme antecipou a coluna Mônica Bergamo,
no topo do ranking está o grupo Vivo/Telefônica. Foram registradas
4.482 queixas contra ele, a maioria por cobrança indevida ou abusiva.
Apesar disso, ele está em 34º lugar na lista de resolução de problemas entre 50 empresas pesquisadas.
No segundo lugar em volume de reclamações ficou o grupo
Claro/NET/Embratel, com 3.749 registros. A empresa ficou em 47º lugar na
lista de resoluções de queixas.
A fabricante de eletrônicos Lenovo/CCE ficou com 2.465 queixas e em 48º na lista de resoluções de problemas.
OUTRO LADO
À coluna, a Vivo afirmou que tem como prioridade o atendimento de
qualidade e que seu o volume mensal de reclamações é baixo, considerando
o número total de clientes.
A Claro disse que realiza investimentos para melhorar seus canais de
relacionamento e que tem um alto índice de resolução de problemas.
A Lenovo afirmou que tem intensificado esforços na área de atendimento e
anunciou um investimento de mais de R$ 7 milhões na área.
O Itaú disse que vem melhorando sua posição em todos os rankings
divulgados por Procons nos últimos anos e que, no ranking da Fundação
Procon-SP deste ano, em particular, reduziu mais duas posições. Afirmou
ainda que trabalha para fortalecer o diálogo com os órgãos de defesa do
consumidor.
A OI disse que vem registrando avanços em seus indicadores, assegurando o
acesso às novas tecnologias por parte de seus clientes e buscando
melhorias no atendimento, na prestação de serviços e na percepção do
cliente final, que são considerados prioridades para a empresa.
O Bradesco disse que desenvolve um programa de revisão de processos e
sistemas, além de desenvolver programa de formação do seu quadro de
funcionários, procurando aumentar o nível de satisfação de seus
clientes.
O GPA (Grupo Pão de Açúcar) afirma que o número de manifestações
apresentadas pelo Procon considera a soma de seis marcas da empresa (Pão
de Açúcar, Extra, Pontofrio.com, CasasBahia.com, Casas Bahia e
Pontofrio) e que, ao serem analisadas isoladamente, em comparação com os
seus competidores, essas marcas apresentam índices de reclamação
inferiores ao mercado.
A TIM disse que encerrou o ano de 2014 na oitava posição no ranking do
Cadastro Estatual de Reclamações Fundamentadas da Fundação Procon São
Paulo, se apresentando como a menos reclamada frente aos demais grupos
econômicos de telecomunicações.
A Sky Brasil disse que considera o relacionamento com o cliente um dos
pilares do seu negócio e que mantém uma relação transparente com os
órgãos de defesa do consumidor, além de investir no treinamento de suas
equipes.
A Caixa Econômica Federal afirmou que utiliza as informações e
reclamações de seus clientes registradas nos mais diversos canais e
órgãos como subsídio para a melhoria de seus processos e que a redução
das reclamações e o aumento da solução nos canais internos e externos
são prioridades do banco.
De acordo com o Procon, em 2014 foram realizados 942.511 atendimentos.
Desses, 63.135 resultaram em reclamações fundamentadas, 52% delas
atendidas.
Presidente do BC diz que inflação vai diminuir a partir de abril
Em audiência no Senado, Alexandre Tombini diz que
espera expansão da atividade econômica apoiada no agropecuário e
crescimento modesto de serviços e retração da indústria
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta
terça-feira (24) que, a partir de abril, a inflação será inferior às
taxas mensais que vêm sendo verificadas no primeiro trimestre.
Em janeiro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) foi 1,24%, e em fevereiro, 1,22%. Ele reiterou que a política
monetária “está e continuará vigilante” e que é “factível” o objetivo de
convergência da taxa para o centro da meta da equipe econômica, de
4,5%, a partir de 2016.
Tombini também repetiu que a inflação sofre pressão do ajuste dos preços
internacionais, impactados pelo fortalecimento do dólar, e dos preços
administrados, como os de energia e gasolina. O presidente do BC voltou a
destacar que 2015 será um ano de “transição”.
Com relação à atividade econômica, ele espera expansão do setor
agropecuário, crescimento modesto do setor de serviços e retração da
indústria. Na avaliação do presidente da autoridade monetária, a demanda
das famílias e o crédito crescerão de forma “moderada”.
Segundo Tombini, em função do dólar mais forte, o setor externo
contribuirá para a economia este ano. “Espera-se uma contribuição
positiva do setor externo, com expansão do volume exportado e alguma
contração das importações”, disse. De acordo com ele, a balança
comercial, que encerrou 2014 deficitária, deve voltar a apresentar
superávit.
Alexandre Tombini também fez uma avaliação do cenário econômico
internacional e seus impactos para o Brasil. Na visão dele, a economia
global continua em recuperação gradual. O presidente do BC ressaltou que
a recuperação dos Estados Unidos contribui para o fortalecimento do
dólar. Outros países, como os da zona do euro, se recuperam de forma
“desigual”. Ele disse ainda que a queda de preços das commodities
(produtos básicos com cotação internacional) impacta as economias
emergentes. Alexandre Tombini deu as declarações em audiência pública na
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, onde responde a perguntas de
parlamentares. Fonte: Agência Brasil - 24/03/2015 e Endividado
Pão deverá ficar até 12% mais caro em abril, segundo fabricantes
por VINICIUS PEREIRA
O pãozinho de todas as manhãs deverá ficar mais salgado
no mês que vem. O preço do pão deverá subir até 12% em abril no país, de
acordo com entidades que representam os fabricantes do setor, em razão
das recentes altas do dólar e da energia elétrica.
Nos últimos 12 meses, o pão subiu 5,40%, de acordo com o IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial. Apenas em
fevereiro, a alta foi de 1,23%.
O dólar cotado acima dos R$ 3 –moeda base para a compra do trigo
importado– e o aumento nas tarifas de energia elétrica forçam o custo da
indústria, que logo deverá repassar o aumento ao consumidor, afirmam
fabricantes.
"A energia elétrica representa cerca de 14% do custo da fabricação de
pães e a farinha de trigo, 33%. O preço final pode ter um aumento em
torno de 8% a 12%, deixando claro que cada empresa tem a sua planilha e a
decisão de como lidar com o aumento na produção", afirma José Batista
de Oliveira, presidente da Abip (Associação Brasileira da Indústria de
Panificação e Confeitaria) –que representa os fabricantes do pão
francês.
Para Oliveira, cada padaria ou supermercado deverá estudar o preço para
continuar competitivo e não diminuir a participação do consumo do pão no
país.
"Quando você aumenta o preço, naturalmente, você inibe o consumo. O
nosso aconselhamento, como entidade, é que a empresa faça o máximo
possível para transferir o mínimo para o consumidor final", diz.
Os produtores de pães industrializados também já calculam os custos e o
quanto deverá ser repassado ao varejista. Os pães que passam pela
indústria chegam a 10% do consumo total, de acordo com a Abimapi
(Associação Brasileira de Indústrias de Biscoito, Massas, Pães e Bolos
industrializados).
A entidade que representa o setor afirma que o aumento para este tipo de
pão, que inclui o pão de forma, dependerá da estratégia de cada empresa
produtora, mas, em média, deverá ser de 8%.
De acordo com Cláudio Zanão, presidente-executivo da Abimapi, o preço do
trigo, que tem a metade da demanda importada da Argentina, Paraguai e
Uruguai, e os varejistas deverão controlar quando o aumento deverá
chegar ao consumidor final.
"Se ele [o varejista] tiver estoque de produtos fabricados, ele pode
segurar esse aumento. A indústria segue o mesmo raciocínio; caso ela
tenho a farinha estocada, ela pode deixar o aumento um pouco para
depois", afirma Zanão.
CONSUMIDOR
O aumento de preço do produto, consumido todos os dias por milhares de
brasileiros, poderá pesar no orçamento do final do mês. Porém, de acordo
com especialistas, há meios de se proteger.
O educador financeiro Silvio Bianchi afirma que o aumento dos pães é só o
primeiro das possíveis altas nos alimentos este ano. Segundo ele, em um
momento de contenção de despesas, o importante é o controle, já que
cerca de 20% do consumo são desperdiçados.
"O importante é sempre ter o controle daquilo que você deseja comprar.
Antes de comprar, pense em quantos pães você precisa levar. Coloque se é
necessário aquela quantia, para não ficar sobrando no armário aquele
pão que ninguém come", afirma Bianchi.
Já para o consultor em finanças pessoais Mauro Calil, o consumidor
brasileiro pode trocar hábitos para se proteger dos impactos da
inflação.
"Caso o preço suba, as pessoas podem abandonar produtos derivados de
trigo, como o pão e o macarrão, e buscar alternativas para esse consumo,
algo feito com a farinha de mandioca ou de milho", acrescenta Calil. Fonte: Folha Online - 24/03/2014 e Endividado
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