Morre cantor sertanejo Zé Rico, parceiro de Milionário

Morreu hoje (3), em Americana, interior de São Paulo, o cantor José Rico Alves dos Santos, que fazia dupla sertaneja com Milionário. Ele foi internado durante a manhã com complicações no coração e nos rins.

José Rico Alves dos Santos, conhecido como José Rico, da dupla Milionário & José Rico, morreu, em Americana, no interior de São Paulo, após ser internado com complicações no coração e rins (Divulgação/Págin

Pernambucano,  José  Rico  foi  criado  em  Terra  Rica,  no  ParanáDivulgação/Página Oficial Milionário & José Rico

“Vamos rezar por este homem que tanta alegria nos deu. É impossível descrever nossa tristeza. Estamos todos em estado de choque”, destaca nota oficial divulgada pela assessoria de imprensa da dupla. "Mas o tempo cercou minha estrada e o cansaço me dominou. Minhas vistas se escureceram e o final desta vida chegou", ressalta o texto, em referência a uma das letras da dupla.

Segundo o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, José Rico nasceu em São José do Belmonte, em Pernambuco, no dia 20 de junho de 1946. Ele foi criado na cidade de Terra Rica, Paraná. Seu nome artístico faz referência à cidade.

A dupla com Romeu Januário de Matos, o Milionário, começou em 1968, após encontro casual em um hotel de São Paulo. Em 1982, a dupla alcançou grande sucesso com Tribunal do Amor.

Seus sucessos incluem músicas como Jogo de amor, De Longe Também se Ama, O Tropeiro, Amor Dividido e Estrada da Vida, que vendeu mais de 2 milhões de cópias e deu origem ao roteiro do filme homônimo, dirigido pelo cineasta Nelson Pereira dos Santos.

No fim da década de 90, a dupla já havia vendido mais de 31 milhões de discos, com destaque para as canções A Carta, Vontade Divina, Dê Amor Pra Quem te Ama e Viver a Vida.

Segundo a assessoria de imprensa do cantor, o velório está marcado para as 20 horas, na Câmara Municipal de Americana, na Praça Divino Salvador, Bairro Girassol. Não há informações sobre horário e local do enterro.

 

 

Agência Brasil

 

Maioria dos brasileiros ainda não usa internet para comprar

por LUISA BRASIL

Comércio eletrônico é desconhecido por 74% dos consumidores locais, revela pesquisa
Rio - Apesar de ser um segmento em franca expansão, o comércio pela internet ainda é um terreno inexplorado pela maioria dos brasileiros. Uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 74% dos entrevistados nunca fizeram uma compra eletrônica.
O percentual varia conforme fatores como idade e renda: os mais jovens e mais ricos são mais familiarizados com a rede. Entre os entrevistados com idade entre 16 e 24 anos, 65% nunca fizeram compras online. Na faixa etária acima de 55 anos, o percentual sobe para 87%.
No quesito renda, famílias com ganhos acima de cinco salários mínimos são mais adeptas da prática, sendo que pelo menos 53% já compraram online. Entre as famílias que ganham até um salário mínimo, o percentual de pessoas que usaram a internet para consumir é de apenas 14%.
Os dados não surpreendem o presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), Maurício Salvador. Ele afirma que os principais entraves para a disseminação do comércio eletrônico são logísticos: o primeiro diz respeito ao próprio acesso. “Quase metade dos brasileiros ainda não tem acesso à internet. Entre os que têm, muita gente ainda possui internet de baixa qualidade, com navegação lenta que acaba prejudicando a experiência da compra online”, afirma.
Outro gargalo diz respeito à distribuição dos produtos, que ainda é muito cara devido a problemas com a malha rodoviária e o alto custo do combustível. “O custo do frete é muito elevado porque a malha rodoviária é ruim, o custo do combustível é alto e tem o problema de segurança, que encarece o seguro do frete”, diz.
Entre os participantes da pesquisa, 11% apontaram a demora na entrega como uma das maiores desvantagens da compra eletrônica.Outros 11% citaram as dificuldades para devolver e trocar produtos e 15% acreditam que a falta de contato com o produto é uma desvantagem desta modalidade de compra.
No que diz respeito às vantagens, o preço mais em conta foi citado como um fator positivo por 21% dos entrevistados, seguido pela praticidade, mencionada por 19% dos participantes.
O geofísico Yan Borges, 25 anos, que costuma fazer compras online uma vez por mês, confirma que os preços costumam ser melhores em lojas virtuais. “Sempre comparo e percebo que há bastante diferença”, diz ele, que acabou de adquirir uma chuteira pela internet.
Pelo fato de não ter experimentado o calçado, Borges acabou recebendo o produto em um tamanho menor: “Isso é um risco, mas a empresa ofereceu a troca de graça e foi tudo bem rápido.”
A analista de marketing Larissa Moura, de 28 anos, já teve dificuldades para trocar produtos e afirma que as empresas ainda precisam desenvolver o setor de pós-venda. “Você tem que ficar ligando para a central de atendimento, esperar na linha, não é sempre a mesma pessoa que te atende. É sempre uma novela”, reclama.
Ainda assim, acredita que compensa recorrer às lojas virtuais em vez das físicas. “Vale a pena pela praticidade, preço e não ter um vendedor empurrando outras coisas” diz ela, que é adepta das compras online para adquirir roupas, livros, calçados e até artigos de pet shops.

Alto potencial de crescimento

Para Maurício Salvador, presidente da Abcomm, a pesquisa mostra que o e-commerce ainda é um nicho com grande potencial no Brasil. Prova disso foi o crescimento expressivo em 2014. Enquanto o varejo físico amargou queda nas vendas, os negócios na internet cresceram 27%, faturando R$ 39,5 bilhões no ano.
Mesmo com a economia desaquecida, a previsão para 2015 é de manutenção do crescimento, com faturamento de R$ 49,8 bilhões. “A gente prevê que quatro milhões de consumidores vão comprar pela internet pela primeira vez em 2015. Isso traz um oxigênio forte para o setor”, assegura.
Segundo Salvador, apesar das grandes redes ainda dominarem as vendas na internet, o e-commerce é uma boa plataforma para pequenos e médios empreendedores. “As grandes empresas vem perdendo participação para este tipo de empreendedor”, diz, afirmando que o comércio eletrônico pode ser uma porta de entrada até mesmo para quem quer se estabelecer no mercado físico. “A internet tem um custo menor, é boa para testar o produto e formar uma base de clientes”, afirma.
Fonte: O Dia Online - 03/03/2015 e Endividado

 

 

Paralisação em obras da Valec irá causar 9 mil demissões

por DIMMI AMORA

A paralisação das obras de construção das Ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste vai causar quase nove mil demissões nas próximas semanas, afetando principalmente os estados da Bahia, Goiás e São Paulo.
O governo federal, responsável pela construção, já foi avisado que todas as empresas responsáveis pela implementação das estradas de ferro vão ampliar os cortes de funcionários que estão sendo feitos desde o meio do ano passado. As companhias afirmam que não recebem da Valec há mais de 60 dias por faturas que foram emitidas no ano passado.
Em artigo publicado hoje na Folha, João Santana, presidente da Constran, uma das companhias que está construindo as duas ferrovias, informou que sua empresa vai parar as obras pela falta de pagamento. Ele criticou a Valec, estatal que é responsável pela construção.
Segundo Santana, a estatal não dá qualquer definição sobre quando serão feitos os pagamentos e se as empresas devem ou não continuar as obras.
Em seu artigo, João informa que as empresas não têm mais como se sustentar sem os recebimentos do governo já que não têm mais acesso a crédito nem nos bancos públicos. Ele criticou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que, segundo ele, está fazendo superávit primário dando calote nas companhias.

ATRASOS

As duas ferrovias, que fazem parte do PAC, já tem atrasos significativos em suas construções. O trecho da Norte-Sul em obras, que vai de Ouro Verde (GO) a Estrela D′Oeste (SP), estimado em R$ 3 bilhões, foi licitado em 2010 e deveria, pela programação do governo, estar pronto em 2012. A obra, contudo, tinha cerca de 78% de avanço até o fim do ano passado e a previsão era que ficasse pronta no fim deste ano.
Esse trecho da Norte-Sul é considerado fundamental para o escoamento da produção já que ligaria as ferrovias de São Paulo, maior mercado produtor e consumidor, diretamente à estrada de ferro que vai até os portos da região norte do país.
Já a Ferrovia Oeste Leste, também licitada no governo Lula e estimada em R$ 4,5 bilhões, está ainda mais atrasada (60% de execução) e tinha previsão para estar concluída apenas em 2016. Essa ferrovia ligaria uma região com minas de ferro no interior da Bahia a um porto que está planejado para ser feito no litoral, mas que também está atrasado.
Segundo dados da Valec, que a Folha obteve pela manhã no site da empresa e que na parte da tarde foram retirados, as duas obras tinham cerca de 9,2 mil pessoas trabalhando até o mês de dezembro. Esse número já chegou a ser de 12 mil trabalhadores no início do ano passado, quando as obras avançavam em seu ritmo mais rápido nesses quatro anos.
A partir do meio do ano, o número de trabalhadores foi diminuindo, período que coincidiu com o início do atraso nos pagamentos.
A Folha procurou a Valec que disse que não iria se pronunciar, passando a tarefa aos ministérios dos Transportes e do Planejamento, que não responderam até a publicação.
Fonte: Folha Online - 03/03/2015 e Endividado

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