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Levy diz que economia dá sinais de recuperação pelas exportações
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (27) que a
economia brasileira já dá sinais de recuperação, por meio do crescimento
das exportações. Ele pontuou que o resultado fraco do Produto Interno
Bruto (PIB) do ano passado reflete um momento de transição do país, que
teve, em 2014, atividade econômica abaixo da expectativa.
Ministro da Fazenda diz, no Rio, que economia dá sinais de recuperação pelas exportações Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil "O
resultado do PIB mostrou que a gente está em uma transição. Começa a
haver recuperação das exportações. No ano passado, a contribuição das
exportações e importações foi neutra, uma compensou a outra. Neste ano,
esperamos que haja recuperação das exportações e que o setor externo
possa ajudar o crescimento da economia. Nos últimos anos não foi assim,
então esta pode ser uma mudança positiva", disse Levy, após participar,
no Rio de Janeiro, de reunião do Conselho de Administração do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Levy
disse que a expectativa é de recuperação do investimento no segundo
semestre do ano. "O investimento foi realmente um pouco mais fraco no
ano passado. Há um esforço de que a gente veja, mais para a segunda
metade do ano, uma recuperação do investimento. Isto é muito importante
para a retomada do país. A própria exportação deve criar demanda por
investimentos, via empresas que queiram se aparelhar não só para
exportar, mas também para atender o mercado local, criando empregos",
acrescentou.
Ele também creditou o fraco desempenho do PIB, em
2014, à participação negativa da economia durante a Copa do Mundo. Para
ele, não tem grandes surpresas o resultado do PIB. "Do ponto de vista
puramente econômico, ele não trouxe surpresas. Indicou desaceleração,
teve uma queda forte já conhecida, no segundo trimestre, durante a Copa,
quando as vendas pararam, e a economia trabalhou em nível mais baixo
durante os jogos."
Levy explicou que a economia sofreu, no início
deste ano, os reflexos do fraco crescimento do ano anterior. "A
economia este ano começa com menos impulso, porque 2014 foi um ano de
desaceleração. O nosso desafio é exatamente criar as condições para
retomar o impulso que foi se enfraquecendo em 2014, apesar do pequeno
crescimento trimestral que a gente observou no último trimestre. Para
2015, neste desafio de retomar o impulso, a gente tem que tomar as
medidas do ajuste fiscal, de botar as contas em ordem, para as pessoas
começarem a tomar as decisões, para aproveitar as oportunidades de
exportação, e a gente retomar o crescimento."
Ao comentar a
intensidade das medidas propostas, Levy justificou dizendo que um dos
ítens que mais caíram no ano passado foi o investimento, e um dos
objetivos é justamente retomar a confiança dos investidores. Segundo
ele, "olhado as contas do ano passado, a gente descobre que o
investimento foi o item que mais caiu, e a gente não vai crescer se não
houver investimento. Para isso, as pessoas têm que ter confiança, têm
que saber para onde o governo está apontando. Ele está apontando para o
equilíbrio fiscal. E para a gente poder chegar lá, o governo tem
proposto, e levou para o Congresso, uma série de medidas. Algumas delas
são para o governo ter o dinheiro suficiente para pagar todas as suas
contas".
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