Xenofonte, foi militar, historiador e filósofo ateniense, discípulo de Sócrates

 


Xenofonte (c. 430 a.C. – c. 354 a.C.) foi uma figura multifacetada da Grécia Antiga, conhecido por suas contribuições como militar, historiador, filósofo e escritor. Nascido em Atenas, ele pertencia a uma família aristocrática e viveu durante um período de intensos conflitos políticos e militares, como a Guerra do Peloponeso (431–404 a.C.). Como discípulo de Sócrates, Xenofonte absorveu ideias filosóficas que influenciaram suas obras, mas ele se destacou mais por seus relatos históricos e práticos do que por especulações teóricas, como seu contemporâneo Platão.Vida e ContextoXenofonte cresceu em uma Atenas marcada por instabilidade política, com a democracia sendo desafiada por oligarquias e pela derrota para Esparta na Guerra do Peloponeso. Sua associação com Sócrates moldou seu pensamento, mas sua vida tomou um rumo mais prático quando se envolveu em campanhas militares. Em 401 a.C., ele se juntou à expedição dos Dez Mil, um exército de mercenários gregos contratados por Ciro, o Jovem, para disputar o trono persa. Após a derrota de Ciro na Batalha de Cunaxa, Xenofonte desempenhou um papel crucial na liderança dos gregos em sua retirada épica pelo território hostil da Pérsia até o Mar Negro, um feito narrado em sua obra mais famosa, "Anábase".Posteriormente, exilado de Atenas por sua associação com Esparta e os persas, Xenofonte viveu em Esparta e depois em Corinto, onde escreveu a maior parte de suas obras. Seu exílio reflete as tensões políticas de sua época, mas também lhe deu uma perspectiva única sobre diferentes sistemas políticos e culturas.Obras PrincipaisXenofonte escreveu extensivamente, cobrindo história, filosofia, política e até manuais práticos. Suas principais obras incluem:
  1. Anábase: Relato da expedição dos Dez Mil, é uma narrativa vívida que combina história, aventura e reflexões sobre liderança e organização militar. É uma fonte primária valiosa sobre a Pérsia e o mundo grego do século V a.C.
  2. Helênicas: Continuação da história de Tucídides, cobre a história grega de 411 a 362 a.C., incluindo o fim da Guerra do Peloponeso e o período de hegemonia espartana e tebana. Embora menos analítico que Tucídides, oferece detalhes únicos sobre eventos políticos e militares.
  3. Ciropeia: Um romance histórico sobre a vida de Ciro, o Grande, fundador do Império Persa. É uma obra que mistura história com idealizações sobre liderança e governança.
  4. Memoráveis: Coleção de diálogos socráticos, nos quais Xenofonte retrata Sócrates em discussões práticas sobre ética, política e vida cotidiana. Diferentemente de Platão, Xenofonte apresenta um Sócrates mais pragmático, focado em conselhos úteis.
  5. O Economicus: Um tratado sobre administração doméstica e agricultura, que também explora papéis de gênero e a gestão de recursos.
  6. Híparo: Manual sobre treinamento e manejo de cavalos, refletindo o interesse de Xenofonte pela equitação e pela vida rural.
Importância HistóricaXenofonte é uma figura central para o entendimento da Grécia Antiga por várias razões:
  1. Historiografia: Suas obras, especialmente Helênicas e Anábase, são fontes primárias cruciais para a história do século V e IV a.C. A Anábase não apenas documenta a expedição dos Dez Mil, mas também oferece insights sobre a cultura persa e a logística militar grega. Suas descrições detalhadas de batalhas, estratégias e interações culturais são inestimáveis.
  2. Perspectiva Filosófica: Como discípulo de Sócrates, Xenofonte oferece uma visão alternativa à de Platão. Enquanto Platão enfatiza a metafísica e a teoria, Xenofonte foca na ética prática, liderança e governança, tornando Sócrates mais acessível e "humano". Seus Memoráveis ajudam a reconstruir o pensamento socrático, complementando os diálogos platônicos.
  3. Liderança e Gestão: Xenofonte é frequentemente considerado um dos primeiros teóricos da liderança. Suas reflexões sobre como liderar homens em situações adversas (como na Anábase) e suas ideias sobre administração (em Ciropeia e O Economicus) influenciaram pensadores posteriores, incluindo Maquiavel, que viu em Xenofonte um precursor do pragmatismo político.
  4. Diversidade de Gêneros: Xenofonte foi um escritor versátil, abordando história, filosofia, biografia e até manuais técnicos. Essa diversidade o torna uma figura única, capaz de atrair leitores interessados em diferentes aspectos da cultura grega.
  5. Crítica à Democracia Ateniense: Xenofonte era crítico da democracia ateniense, especialmente após a condenação de Sócrates. Suas simpatias por Esparta e sua admiração por sistemas hierárquicos bem organizados, como o de Ciro, refletem um desejo de estabilidade em tempos turbulentos.
LegadoXenofonte influenciou gerações de historiadores, filósofos e líderes. Sua visão prática da liderança foi estudada por militares e administradores ao longo dos séculos. Na Renascença, suas obras foram redescobertas e admiradas por sua clareza e utilidade. A Anábase, em particular, inspirou obras literárias e até expedições modernas, sendo comparada a epopeias como a Odisseia de Homero.Embora muitas vezes ofuscado por Tucídides e Platão, Xenofonte é essencial para compreender a complexidade do mundo grego, suas tensões políticas e sua diversidade cultural. Sua habilidade de combinar narrativa envolvente com análise prática faz dele um autor atemporal, cujas obras continuam a oferecer lições sobre liderança, resiliência e governança.

150 dias: a escalada de tensão que levou Bolsonaro ao uso de tornozeleira eletrônica

 

Ex-presidente está privado, também, de acessar suas redes sociais | Foto: AFP

A escalada de tensão, desde a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro até o momento em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente como medida cautelar, durou 150 dias.

Os acontecimentos que culminaram no ocorrido vão desde Bolsonaro depondo no banco dos réus, até o envolvimento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, em uma carta partindo em defesa do ex-presidente, decidiu sobretaxar em 50% os produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto.

O Correio do Povo reuniu em uma linha do tempo os principais fatos, confira:

  • Denúncia da PGR

Em 18 de fevereiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 pela tentativa de golpe de Estado em 2022. Ele foi denunciado por cinco crimes, entre eles: golpe de estado, liderança de organização criminosa e armada, e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

  • Bolsonaro vira réu e depõe

Em 26 de março, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, 35 dias depois, a denúncia da PGR contra o ex-presidente, o colocando oficialmente no banco dos réusCom relatoria do ministro Alexandre de Moraes, os julgamentos do chamado "núcleo crucial" foram marcados para segunda semana de junho. No dia 10, Bolsonaro foi interrogado. Ele foi o sexto réu a ser ouvido na fase de instrução da ação penal e falou por cerca de duas horas e meia.

  • Manifestação na Paulista

Dezenove dias após seu depoimento, em 29 de junhoBolsonaro reuniu milhares de apoiadores em ato na Av. Paulista, em que afirmou ser "processado por uma fumaça de golpe", uma vez que, segundo o ex-presidente, o real objetivo da investigação era afastá-lo, de vez, das urnas em 2026. O principal propósito do protesto era abordar do julgamento no STF.

  • Trump acusa Justiça de perseguição

Em 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, endereçou uma carta ao presidente Lula anunciando a imposição de uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil. A motivação tem como base, entre outros motivos, “uma perseguição ao ex-presidente, Jair Bolsonaro” pela Justiça brasileira. O filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do seu mandato de deputado federal e está nos Estados Unidos, foi um dos principais interlocutores com o governo norte-americano na busca por ações em prol do pai.

  • Ex-presidente é alvo de operação da PF

Nove dias depois, 18 de julhoex-presidente é alvo de operação da Polícia Federal, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que institui o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de acesso às redes sociais, entre outras medidas cautelares.

Correio do Povo

Eduardo Bolsonaro agradece Trump por revogar visto de Moraes e diz que há mais por vir

 Filho do ex-presidente classificou situação de “custo Moraes”

Bolsonaro foi alvo de operação da PF | Foto: Mateus Bonomi / AFP / CP


O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agradeceu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao secretário de Estado americano, Marco Rubio, pela revogação do visto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e de outros integrantes do STF. na noite desta sexta-feira.

Segundo Eduardo, que se licenciou do mandato para se mudar para os EUA em busca de sanções contra autoridades brasileiras, o governo Trump adotará outras medidas contra Moraes e autoridades brasileiras. 'Muito obrigado presidente Donald Trump e secretário Marco Rubio. Eu não posso ver meu pai e agora tem autoridade brasileira que não poderá ver seus familiares nos EUA também - ou quem sabe até perderão seus vistos', escreveu Eduardo na rede social X, citando uma publicação em que o secretário americano anuncia a revogação do visto de Moraes, 'seus aliados no tribunal, bem como de seus familiares próximos'.

'Eis o CUSTO MORAES para quem sustenta o regime. De garantido só posso falar uma coisa: tem muito mais por vir!', continuou Eduardo Bolsonaro. Em outra publicação, ele afirmou que não haverá recuo.

O influenciador Paulo Figueiredo, que atua de forma conjunta com Eduardo em busca de sanções americanas contra os ministros do STF disse em um vídeo que as medidas poderão ser mais duras que a Lei Magnitsky.

O dispositivo da legislação americana criado em 2016 permite que os Estados Unidos imponham sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

Ao anunciar a revogação do visto de Moraes, Marco Rubio não apresentou uma lista dos outros atingidos pela decisão. Ele afirmou que Trump deixou claro que responsabilizaria estrangeiro responsáveis por censurar a liberdade de expressão. 'A caça às bruxas política do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos', escreveu Rubio.

Nesta sexta-feira, 18, Moraes determinou uma série de novas medidas restritivas contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar as redes sociais. A decisão foi posteriormente referendada pela Primeira Turma do STF.

O pedido foi feito inicialmente pela Polícia Federal. Ao se manifestar favoravelmente à medida, a Procuradoria-Geral da República citou ameaças feitas justamente por Marco Rubio de aplicar sanções ao Brasil.

Aliados de Eduardo acreditavam que o deputado já estaria articulando uma resposta junto ao governo americano. Para o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), o filho do ex-presidente não precisa pedir nada. 'Cinco declarações públicas do Trump, uma carta ao presidente Bolsonaro ontem. Vocês acham que será necessário pedir alguma coisa?', questionou o líder, acrescentando: 'Alexandre de Moraes trucou o presidente Donald Trump'.

O vereador bolsonarista de São Paulo Adrilles Jorge (União Brasil) afirmou que a decisão de Moraes representa uma 'afronta pessoal' do ministro ao presidente americano. 'Trump com certeza vai retaliar, impor novas sanções ao Brasil. Sanções para limitar o crédito, a conta em banco e a pisada de Moraes em território americano', disse, antes da decisão sobre o visto. 'Moraes está respondendo de maneira desesperada, dobrando a aposta, demonizando o próprio Donald Trump no pedido de cautelar contra Bolsonaro', disse ele.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

PL organiza manifestação em defesa de Bolsonaro após medidas cautelares da PF

 Partido convocou “para as ruas”, mas não definiu data para ato

Ex-presidente está usando tornozeleira eletrônica | Foto: Wilton Júnior / ESTADÃO CONTEÚDO


O Partido Liberal (PL), sigla que acolhe o ex-presidente Jair Bolsonaro, começa a planejar manifestações em resposta as medidas cautelares que foram impostas nesta sexta-feira, 18, ao político. Por meio de nota divulgada no Instagram, a legenda afirma que 'é hora de a sociedade brasileira se posicionar com coragem. O povo deve voltar às ruas de forma pacífica e ordeira'.

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcanti (RJ), também se manifestou e postou em seu perfil no X (antigo Twitter) 'Brasil nas ruas já!', convocando manifestantes para o futuro ato, que ainda não tem data e local marcado.

O blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo, que está nos EUA e tem se encontrado com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, fez publicação de cunho parecido dizendo que 'está chegando a hora de ir pras ruas - pacífica e ordeiramente - de uma forma nunca antes vista'.

As movimentações são respostas ao mandado da PF realizado nesta sexta na casa de Jair Bolsonaro. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), policiais realizaram buscas e apreensão na casa do ex-presidente, levando embora um pen drive, que Bolsonaro afirma desconhecer, e cerca de US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie.

Bolsonaro agora também fica obrigado a usar tornozeleira eletrônica, é impedido de sair de casa entre 19h e 7h, em dias úteis, e durante todo o final de semana. Ele está proibido de acessar redes sociais e não poderá se comunicar com diplomatas ou embaixadores.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Dólar avança com temor de ofensiva de Trump após ação de STF contra Bolsonaro

 Moeda encerrou o pregão desta sexta-feira, 18, em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,5876

A arrancada desta sexta levou a divisa a terminar a semana com avanço de 0,72% | Foto: Agência Brasil / CP


dólar à vista acelerou o ritmo de alta ao longo da tarde desta sexta, 18, e se aproximou do nível de R$ 5,60 com busca por posições defensivas na véspera do fim de semana. Investidores reduzem exposição a ativos brasileiros diante de temores de que o presidente dos EUA, Donald Trump, anuncie sanções ao Brasil ou até mesmo a autoridades brasileiras, após as medidas restritivas impostas hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em parte da manhã, o real até experimentou um período breve de apreciação, amparado pela alta do petróleo e pelo enfraquecimento global da moeda americana em meio a sinais de que um início de processo de cortes de juros pelo Federal Reserve está cada vez mais próximo. A virada da commodity para o campo negativo e as crescentes tensões políticas acabaram jogando o dólar para cima no mercado local.

Com mínima a R$ 5,5240 e máxima a R$ 5,5980, o dólar à vista encerrou o pregão desta sexta-feira, 18, em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,5876 - no maior valor desde 4 de junho (R$ 5,6455). A arrancada de hoje levou a divisa a terminar a semana com avanço de 0,72%, alçando os ganhos acumulados no mês a 2,82%. No ano, as perdas, que foram superiores a 12%, agora são de 9,59%.

'O real destoou das outras moedas, que se apreciaram contra o dólar, porque há uma redução da exposição ao risco na véspera do fim de semana com o aumento da incerteza após as medidas do STF. Ninguém sabe qual vai ser a reação de Trump', afirma o economista-chefe da corretora Monte Bravo, Luciano Costa. 'Trump tem o histórico de atacar para depois negociar, mas as tarifas não foram motivadas apenas por questões comerciais e há uma situação de confronto com a reação do governo brasileiro'.

Ontem, Trump divulgou uma carta de apoio a Bolsonaro, na qual afirmou que vê 'o terrível tratamento' que o ex-presidente estaria 'recebendo nas mãos de um sistema injusto'. No fim da tarde, Trump voltou a criticar o Brics, reafirmando que o bloco 'tenta acabar com o dólar'. Ele repetiu a promessa de impor tarifas de 10% a todos os países do grupo, mas não citou especificamente o Brasil.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, anunciou a imposição de uma série de medidas cautelares a Bolsonaro, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acesso a redes sociais e recolhimento domiciliar entre 19h e 17h, após pedido da Polícia Federal com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). Moraes listou como motivos como coação, obstrução e atentado à soberania nacional.

Bolsonaro e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, seu filho, atuam para que os Estados Unidos imponham sanções contra autoridades brasileiras, afirma a PF, que realizou operação de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-presidente. Em sua defesa, Bolsonaro negou a articulação com seu filho que levou a imposição de tarifas ao Brasil e disse se sentir 'humilhado com tornozeleira'.

Parte da escalada do dólar à tarde veio após a primeira turma do STF formar maioria para manter as decisões de Moraes. Houve desconforto com o apoio público ao ex-presidente vindo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, visto como virtual candidato da oposição no pleito de 2026. Além disso, Eduardo Bolsonaro, que é considerado como alguém próximo de Trump, voltou a atacar Moraes, a quem chamou de 'gângster' e 'bandido de toga'.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, eventuais sanções individuais a autoridades brasileiras, em especial o ministro Alexandre de Moraes, tendem a ter impacto limitado na dinâmica dos ativos locais. Caso a opção de Trump seja por uma ação mais abrangente contra o Brasil, é possível que haja uma depreciação mais acentuada do real no curto prazo.

'O governo Lula reagiu às tarifas porque sabe que o confronto com Trump é favorável do ponto de vista eleitoral', afirma Borsoi, em referência ao pronunciamento do presidente em rede nacional na noite de quinta-feira. 'A expectativa é que haja pressão de empresários daqui e dos EUA para negociar algo em relação às tarifas até 1º de agosto'.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Irena Sendler, heroína polonesa na II Guerra Mundial

 


Irena Sendler foi uma heroína polonesa da Segunda Guerra Mundial, conhecida por seu trabalho no resgate de crianças judias do Gueto de Varsóvia. Ela liderou a organização Żegota, que ajudava judeus durante o Holocausto, e conseguiu salvar cerca de 2.500 crianças, retirando-as clandestinamente do gueto e providenciando-lhes novos lares e identidades. 

Atuação de Irena Sendler:

Resgate de crianças judias:

Irena, como assistente social no Departamento de Bem-Estar Social de Varsóvia, tinha acesso ao gueto e utilizou sua posição para organizar a fuga de crianças judias, muitas vezes as retirando em ambulâncias ou escondidas em caixões, caixas e outros objetos. 

Organização Żegota:

Ela fazia parte da Żegota, um grupo de resistência polonês que se dedicava a ajudar judeus durante a ocupação nazista, fornecendo-lhes comida, abrigo e documentos falsos. 

Identidades falsas e arquivos:

Irena e seus colaboradores criavam novas identidades para as crianças e mantinham arquivos codificados com seus nomes verdadeiros e locais de refúgio, para que pudessem ser encontradas após a guerra. 

Prisão e tortura:

Apesar de seus esforços, Irena foi presa pela Gestapo, torturada e quase executada, mas não revelou informações sobre as crianças ou seus colaboradores. 

Reconhecimento:

Justa entre as Nações:

O Yad Vashem, o memorial do Holocausto em Israel, reconheceu Irena como "Justa entre as Nações" por seus atos de coragem e compaixão. 

Homenagens e prêmios:

Irena recebeu diversas homenagens e prêmios, incluindo a indicação ao Prêmio Nobel da Paz, mas sempre enfatizou a importância do trabalho em equipe e a necessidade de seguir o exemplo de bondade e solidariedade. 

Legado:

Irena Sendler faleceu em 2008, mas seu legado de coragem e humanidade continua inspirando pessoas ao redor do mundo.