Vitinho fratura dedo e aumenta os problemas ofensivos do Inter

 Atacante passará por cirurgia e se junta a uma extensa lista de baixas no setor ofensivo em um momento complicado da temporada

Vitinho sofreu uma fratura e está fora dos próximos jogos do Inter | Foto: RICARDO DUARTE / INTER / CP

Roger Machado ganhou um problema – mais um – no setor ofensivo. Vitinho, que entrou no segundo tempo do jogo contra o Maracanã, na noite de terça-feira, no Beira-Rio, teve constatada uma fratura no segundo dedo da mão esquerda, passará por cirurgia e está fora dos próximos compromissos do Inter. Ele aumenta a lista de desfalques, principalmente de atacantes, por lesão, que já inclui Carbonero, Borré, Lucca e Ricardo Mathias. O Inter venceu a partida por 1 a 0 com um gol nos acréscimos.

Vitinho entrou aos 11 minutos da segunda etapa no lugar do zagueiro Rogel. Era uma tentativa de Roger Machado de reverter o empate em casa diante do time cearense, que complicaria o segundo jogo, que vai ocorrer em 22 de maio, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Ele suportou as dores até o final, mas exames realizados nesta quarta-feira, na reapresentação do grupo, confirmaram a lesão.

O clube não informou o tempo de recuperação necessário para Vitinho, mas ele deve demorar pelo menos um mês para voltar a ficar à disposição. Como a fratura foi na mão, poucos dias após a realização da cirurgia, ele poderá voltar a treinar, não comprometendo a preparação física.

Vitinho tem contrato com o Inter até o final de junho. Seus direitos pertencem ao Dínamo de Kiev até o meio do próximo ano. Ele tem interesse em permanecer em Porto Alegre por mais tempo, mas para isso os dirigentes colorados terão que negociar com o clube ucraniano. Uma outra possibilidade é a Fifa prorrogar a norma que permite que jogadores estrangeiros com vínculo com clubes russos ou ucranianos suspendam seus contratos para fugir da zona da guerra entre os dois países.

Vitinho foi formado na base do Athletico-PR e foi vendido ao Dínamo de Kiev em 2021. No ano seguinte, voltou ao Brasil para atuar pelo clube de Curitiba. Depois, foi emprestado ao Bragantino. Ele chegou ao Inter no início deste ano.


Correio do Povo

Lula defende redução de jornada 6 por 1 em discurso pelo Dia do Trabalhador

 Presidente também salientou proposta para isenção do IR e que seu governo descobriu esquema de fraude no INSS

Lula projetou grande debate com todos os setores | Foto: Ricardo Stuckert / PR / Divulgação CP


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira, 30, a revisão da jornada de trabalho no Brasil. Em pronunciamento em cadeia de rádio e TV na véspera do Dia do Trabalhador, o petista afirmou que chegou o momento de por o tema da mudança da jornada 6 por 1 em discussão. “Nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no País, em que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no serviço e têm apenas um dia de descanso. A chamada jornada 6 por 1”, declarou.

A proposta está em tramitação no Congresso Nacional por meio de diferentes projetos. O último foi protocolado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), na forma de proposta de emenda à Constituição (PEC). Lula continuou: “Está na hora de o Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras.”

O presidente da República também mencionou o envio do projeto ao Congresso Nacional para a ampliação da isenção do Imposto de Renda. “Enviamos ao Congresso Nacional o Projeto de Lei que zera o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. E quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil também será beneficiado pagando menos do que paga hoje. Agora é assim: quem ganha menos, não paga. E quem ganha muito paga o valor justo”, afirmou.

O petista também enalteceu o Crédito do Trabalhador. “Estamos facilitando o acesso ao crédito consignado para quem tem carteira assinada e os trabalhadores rurais e as trabalhadoras domésticas”, disse o chefe do Executivo. No início do pronunciamento, Lula afirmou que o dia 1º de maio é de 'celebrar' as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros e mencionou dados favoráveis ao governo federal.

“Em apenas dois anos e quatro meses de governo, já geramos 3 milhões e 800 mil postos de trabalho com carteira assinada. Saímos do maior para o menor desemprego da história. E atingimos o recorde histórico de pessoas empregadas”, afirmou.

Lula prosseguiu: “O salário mínimo voltou a subir acima da inflação, e 90% das categorias profissionais tiveram ganhos reais de salário. Tudo isso só foi possível porque, depois de uma década, a economia do Brasil voltou a crescer acima de 3% por dois anos consecutivos, superando todas as expectativas”.

O presidente também destacou investimentos em educação em tempo integral e em instituições de ensino e afirmou que “estamos construindo um Brasil mais justo, onde o humanismo e o desenvolvimento caminhem juntos”. No pronunciamento, o presidente falou que foi no seu governo que se descobriu o esquema de descontos irregulares de aposentadorias e pensões do INSS. “O esquema criminoso vinha operando desde 2019”, afirmou.

Nesta quarta-feira, o governo anunciou a nomeação de um novo presidente para o INSS. O escolhido foi o procurador Gilberto Waller Junior. A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagaram na semana passada a Operação Sem Desconto, que identificou um esquema fraudulento de deduções indevidas em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

O valor estimado em cobranças irregulares soma R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, segundo a PF. Mas, se retroagir a data até 2016, esse valor sobe para quase R$ 8 bilhões referentes a descontos sem autorização.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Pedidos de demissão têm alta de 20% no RS

 Quase metade dos desligamentos do 1º bimestre foram a pedido do trabalhador

Mais comum entre os mais jovens: a faixa etária que lidera as estatísticas é a dos 19 aos 29 anos, com 48% dos pedidos | Foto: Freepik/CP


O número de pedidos de demissão teve aumento expressivo no primeiro bimestre de 2025 no Rio Grande do Sul. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (Fgtas), as saídas voluntárias totalizaram 125.159, o que equivale a 45% dos desligamentos do Estado durante os dois primeiros meses do ano - que somaram 275.102.

Esse dado representa uma alta de 20% em relação ao mesmo período de 2024, quando o número de desligamentos a pedido do trabalhador foi de 104.316 (42% do total) - uma diferença de 20.843 a menos do que neste ano. Esse aumento reflete uma tendência crescente de profissionais que optam por deixar seus empregos em busca de melhores condições e novas perspectivas de carreira.

O segundo tipo mais frequente foi a demissão sem justa causa, com 99.160 (36%), seguido de demissão por término do contrato de trabalho por um prazo determinado, com 42.170 (15%). Depois disso, aparece a demissão com justa causa, que representou apenas 2% dos desligamentos do período (4.349).

Para o diretor-presidente da Fgtas, José Scorsatto, a crescente desses números reflete uma mudança no perfil dos novos trabalhadores, que não aceitam trabalhar em um ambiente tóxico ou que tem horários inflexíveis e expedientes prolongados. A tendência é que eles tenham cada vez mais facilidade de deixar o emprego atual por conta de outra proposta mais atrativa.

“A maioria desses trabalhadores provavelmente está pedindo para sair por ter achado outra oportunidade. Hoje, com a internet e as redes sociais, também ficou mais fácil de empreender e começar o seu próprio negócio”, complementa José Scorsatto.

Outra questão que Scorsatto considera determinante é o fato de que ser um trabalhador CLT hoje não é mais uma garantia de estabilidade. Apesar de assegurar direitos trabalhistas como férias remuneradas, licença maternidade e seguro-desemprego, quem ingressa no mercado de trabalho atualmente não tem certeza de quando vai conseguir se aposentar, por exemplo.

Perfil de quem pede para sair

Quanto ao perfil destes trabalhadores, a Fgtas aponta que os desligamentos a pedido são relativamente mais frequentes entre os mais escolarizados. Entre as saídas voluntárias do primeiro bimestre do ano, 53% foram de pessoas com ensino médio completo. Além disso, para trabalhadores que têm ensino superior completo, os pedidos de demissão têm uma diferença de 8% em relação ao total de desligamentos.

Esses casos também se concentram entre os mais jovens. A faixa etária que lidera as estatísticas é a dos 19 aos 29 anos, com 48% dos pedidos, seguida da faixa dos 30 aos 39 anos, com 25%. De acordo com o diretor-presidente da Fgtas, isso também reflete uma questão geracional: trabalhadores mais jovens estão menos dispostos a se submeter a ambientes de trabalho e situações abusivas.

Dados de 2024

Em 2024, o Rio Grande do Sul contabilizou 1.539.296 admissões e 1.475.850 desligamentos, totalizando saldo de 63.446 postos de trabalho. Do total de desligamentos, 40,9% foram realizados a pedido do trabalhador. O ano passado foi o primeiro em que as saídas voluntárias registraram o maior índice desde a implementação do Novo Caged em 2020. Naquele ano, 52% das demissões foram sem justa causa; 27% foram realizadas a pedido do trabalhador e 16% foram motivadas pelo término do contrato por prazo determinado.

O RS fechou o ano de 2024 como o 5º estado com o maior número de desligamentos a pedido do trabalhador no país e o 6º com a maior proporção de demissões a pedido em relação ao total de desligamentos. Além disso, de acordo com a análise realizada pela Seção de Informação e Pesquisa da Fgtas a partir dos dados do ano passado, os desligamentos a pedido são relativamente mais frequentes entre os mais escolarizados, se concentram entre os mais jovens e são mais frequentes entre trabalhadores brancos (em 2024 a porcentagem foi de 71,4% dos casos).

Prioridades no trabalho

A engenheira Alana Reckziegel já passou pelo processo de pedir demissão três vezes desde o início da sua trajetória profissional, todas por motivos distintos. A primeira vez foi porque ela percebeu que não tinha mais como crescer dentro da empresa em que estava. Na segunda, ela trabalhava em uma carga horária abusiva que o salário não compensava. Já a terceira veio depois de uma oportunidade melhor aparecer.

Ela considera que suas prioridades na hora de buscar por uma nova oportunidade ou de aceitar uma proposta são, além de um bom salário, atuar em uma área que ela goste e que os horários sejam flexíveis. Fora disso, ela valoriza muito a possibilidade de crescimento. Todos esses fatores contribuem para a vontade de continuar no emprego.

Hoje, aos 26 anos, a ideia da engenheira é permanecer no local onde trabalha atualmente - mesmo tendo estabilidade para sair se for necessário -, visto que o ambiente se encaixa em todos os seus “requisitos”. Alana ainda ressalta que as decisões anteriores foram bem pensadas e que pedir demissão nem sempre é possível ou ideal.

“Eu tenho uma segurança maior, porque eu entendo a capacidade que eu tenho, e o mercado da engenharia civil também está muito aquecido. Se eu não me sentir bem dentro da empresa e não atender os critérios que eu busco, consigo um outro emprego fácil. Mas isso não quer dizer que seja o melhor sempre”, comenta.

Percepções sobre o mercado

Uma pesquisa especial realizada pelo Serasa avaliou a percepção do trabalhador brasileiro a respeito do mercado de trabalho e futuro profissional às vésperas do Dia do Trabalhador. O levantamento mostra que, apesar de descontentes com salários e baixa oportunidade de crescimento, mais da metade dos entrevistados se dizem satisfeitos com a posição que ocupam (63%) e otimistas sobre o futuro da carreira (59%).

Por outro lado, 21% dos trabalhadores que participaram da pesquisa sentem falta de oportunidades para crescer no trabalho. Entre os motivadores para quem busca uma nova oportunidade no mercado, os que mais aparecem são salário melhor (32%) e qualidade de vida (27%).

Outra questão abordada foi a preocupação a respeito do futuro das profissões, considerando o espaço que a Inteligência Artificial tem ganhado. Em meio às incertezas, os trabalhadores se mostram mais apreensivos com os rumos da economia (38,7%) do que a possibilidade de serem substituídos por máquinas ou tecnologia (34,5%).

"A nossa pesquisa reforça que há um espaço significativo para as empresas investirem no desenvolvimento e na valorização dos colaboradores. Aquele empregador ou líder que estimular o crescimento do funcionário terá mais êxito na retenção de talentos”, avalia a especialista em educação financeira da Serasa Patricia Camillo.

Apesar de 32% dos entrevistados confiarem que vão se aposentar “com tranquilidade”, outros 33% consideram difícil se aposentar com estabilidade financeira.

Correio do Povo

Espaços de cultura independentes ainda sentem o impacto da enchente

 Locais como a Terreira da Tribo, em Porto Alegre, e Grupo de Danças Orpheu, em São Leopoldo, reabriram, mas não em sua totalidade

Terreira Tribo - Centro de Experimentação e Pesquisa Cênica - Escola de Teatro Popular | Foto: Pedro Piegas


Há um ano, um grande volume de chuvas caía sobre o solo gaúcho, dando início a uma catástrofe que ficaria marcada na história: a maior enchente do estado. Durante dias, muitos espaços de Porto Alegre e da Região Metropolitana ficaram embaixo da água. Com eles, ficou também submersa a Cultura. O patrimônio do Rio Grande do Sul foi atingido: instituições consolidadas, como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, o Memorial do Rio Grande do Sul, a Usina do Gasômetro, Museu de Arte Contemporânea do RS, o Centro Municipal de Cultura e Lazer e a Casa de Cultura Mario Quintana, sofreram danos que levaram a meses com as portas fechadas. Agora, a maioria já está aberta e recebe as exposições da Bienal do Mercosul. O especial “(Re)Construção Cultural visitou diversos desses locais e acompanhou de perto como cada um deles se reergueu.

Muitas mais, porém, foram as iniciativas independentes abaladas pela enchente. Em pesquisa desenvolvida pela PUCRS, 99,3% dos 1.357 entrevistados - atuantes na área cultural - tiveram suas atividades prejudicadas pela crise climática. Interrupção de projetos, perdas estruturais e cancelamento de eventos foram apenas alguns dos inúmeros desafios impostos ao setor. Um ano depois, o Correio do Povo revisita duas das tantas histórias que foram alteradas pelo curso da água, mas reconstruídas pelo curso do tempo.

Reconstruir para resistir

Em um dos pontos mais atingidos pela água em Porto Alegre, o quarto distrito abriga a Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nois Aqui Traveiz há 15 anos. Anteriormente localizados na Rua Santos Dumont, 1.186, hoje, a “Terreira” - como eles se denominam - precisou trocar de lugar. O novo endereço é na avenida da Pátria, 98, ainda no bairro São Geraldo.

Segundo a diretora do grupo de 47 anos, Tânia Farias, a enchente também afetou parte significativa do acervo do Museu da Cena, que seria inaugurado em 2024, com um acervo de figurinos da década de 1970 que marcaram o início do grupo. O mais difícil, no entanto, foi a enchente ter levado as pessoas que contribuiam com o local. “Tem o ‘Ói Nóis’ antes e um ‘Ói Nóis’ depois da enchente. Neste momento, estamos com a sua equipe de trabalho toda reduzida, porque muitas pessoas foram embora. As coisas ficaram muito mais difíceis para o grupo e, claro, muitas pessoas pensaram: ‘eu vou para lá onde posso fazer a minha história talvez com menos dificuldade do que aqui’.”

Além disso, acabou sendo levado pelas águas um espetáculo com teatro de rua que havia sido inaugurado pouco antes da inundação. Tânia avalia que não foi possível seguir com a montagem após a calamidade, já que não houve mais investimento. “Simplesmente, o espetáculo que tinha acabado de nascer, morreu. Assim como nasceu, se sepultou com a enchente e as pessoas que estavam no espetáculo também.”

A Tribo de Atuadores conta que recorreu aos editais como os da Lei Aldir Blanc e Paulo Gustavo para conseguirem manter a operação. Quanto ao prejuízo causado, o cálculo é de aproximadamente R$ 1 milhão, entre os mais de 600 figurinos afetados, estruturas cenográficas e instrumentos que precisaram ser comprados novamente.

Um ano após a enchente, a escola já retomou as atividades como pôde. “A escola já está a quase todo o vapor. Creio que chegamos em 75% [se comparado ao período pré-enchente].” As formações de atores, aulas e oficinas agora se adaptam ao novo espaço de trabalho, que mais enxuto que o anterior.

Recentemente, em 26 de abril, as portas da Terreira da Tribo se abriram para a sua atividade fim: o teatro. Pela primeira vez depois da enchente de 2024, o coletivo conseguiu apresentar espetáculos tão aguardados. A ideia se baseou na construção de um intercâmbio de atividades entre o Oi Nóis Aqui Traveiz e o grupo Inclassicáveis, de Santa Catarina. As apresentações seguem até 3 de maio, às 20h, com a montagem “Fluxo”, que atravessa acontecimentos recentes da história das escolas públicas brasileiras e os rearranjos no mundo do trabalho.

Ainda há, em breve, a possibilidade de mais uma troca de endereço para um espaço definitivo. Em maio, o fatídico mês que insiste em ficar na memória dos gaúchos, pode ser o mês em que a “Terreira” consiga sonhar novamente em ter uma “espécie de cidade das artes”, que reúna artes visuais, música, dança, cinema e teatro e “reflita as referências das artes do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre”.


Quando a dança perdeu o compasso

O número 30 da Rua Independência, em São Leopoldo, abriga há anos os sons e os corpos daqueles que se dedicam à arte da dança. Na sede do Grupo de Danças Orpheu, a água chegou ao tablado em 28 de abril de 2024 e marcou de lama as paredes e a história da instituição, deixando muito para ser reconstruído.

Fundada em 1986, a instituição é dirigida por Marialva da Silva Machado desde seus primeiros momentos. Com formação em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Marialva atua também como professora de Ballet Clássico, acumulando 49 anos de experiências, cursos e competições. A trajetória do Grupo de Danças Orpheu e sua relevância à cultura leopoldense é refletida no reconhecimento em festivais nacionais e internacionais, no sucesso de seus espetáculos e no engajamento dos próprios alunos.

Em decorrência da enchente, o estúdio que cultivou a paixão pela dança em tantas pessoas perdeu o ritmo, mantendo suas portas fechadas durante três meses. Daquela estrutura, quase tudo foi perdido: entre telhado, móveis e documentos, a água carregou também os quadros que contavam a história e as coreografias que traçaram o caminho do Orpheu.

Além da sobrecarga emocional e das perdas materiais, os meses de hiato levaram consigo mais de 20 alunos que não retornaram. Os prejuízos da pausa nas atividades foram intensificados pelo cancelamento de um dos espetáculos anuais que contribui com a receita da escola. O Grupo de Danças Orpheu viveu, no pós-enchente, um de seus momentos mais difíceis e de mais trabalho.

“Os desafios são diários, mas fomos buscar forças primeiro em Deus. Depois, em reerguer a Escola através de luta, união e muito amor pela Arte”, afirma Marialva. Depois de maio de 2024, quando a água baixou, as escolas de dança do Rio Grande do Sul afetadas trabalharam em conjunto para que os corpos dançantes retomassem seu espaço em tablados que não mais existiam.

Com o apoio da comunidade, garra e amor ao que faz, Marialva da Silva Machado reergueu seu estúdio. Doações, aulas solidárias e rifas foram alguns dos auxílios essenciais para que, em 1° de agosto de 2024, o Grupo de Danças Orpheu reabrisse suas portas e a dança pulsasse novamente em São Leopoldo.

Grupo de Danças Orpheu Arquivo Pessoal / Reprodução / CP


Correio do Povo

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Grêmio leva virada do CSA nos acréscimos e larga em desvantagem na Copa do Brasil

 Tricolor sucumbiu nos minutos finais e foi derrotado por 3 a 2, no Rei Pelé

Tricolor foi derrotado pelo CSA por 3 a 2, em Maceió | Foto: MARLON COSTA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO / CP


Grêmio voltou a apresentar futebol abaixo da crítica e saiu em desvantagem na terceira fase da Copa do Brasil. Na noite desta quarta-feira, em Maceió, o Tricolor levou a virada do CSA nos acréscimos e perdeu por 3 a 2, no Rei Pelé. Tiago Marques, Marcelinho e Brayann marcaram para o Azulão. Braithwaite e Dodi fizeram pelo lado gremista.

No confronto de volta, na Arena, os gaúchos precisam vencer por dois gols de diferença para avançar. No domingo, o adversário é o Santos, em Porto Alegre, pelo Brasileirão.

Braithwaite deixa tudo igual

Com mudanças na defesa e no meio-campo, o Grêmio encontrou muitas dificuldades nos primeiros minutos em Maceió. Empurrado pela torcida, o CSA imprimiu um ritmo forte, com a bola passando principalmente pelo meia Brayann, o organizador da equipe. Foi com ele que os donos da casa finalizaram pela primeira vez, obrigando boa defesa do goleiro Tiago Volpi.

Sem conseguir ficar com a bola, o Tricolor sofria para sair de trás e via o Azulão seguir no ataque. Aos 14, em jogada rápida pela esquerda, Guilherme Cachoeira acionou Enzo, que cruzou para Tiago Marques finalizar de primeira para abrir o placar no Rei Pelé: 1 a 0. O gol sofrido fez o Grêmio acordar na partida. Melhor postado, encaixando a marcação, os gaúchos começaram a ficar mais com a bola e avançar no campo de ataque. Na primeira chegada, aos 17, Monsalve teve o chute travado dentro da área.

Em jogadas rápidas, o CSA levava perigo. Aos 21, Silas soltou a bomba da entrada da grande área e Volpi espalmou. No minuto seguinte, o Tricolor empatou. Na transição rápida, Monsalve fez boa jogada pela esquerda e achou Braithwaite na área. O dinamarquês ajeitou, se livrou da marcação e chutou com precisão no canto direito: 1 a 1.

A partir da igualdade, o jogo ficou mais equilibrado, mas o Grêmio era mais perigoso. Aos 34, em contra-ataque, Cristian Olivera virou para Monsalve, que rolou para Edenilson dentro da área. O camisa 8 finalizou e Gabriel Félix espalmou para escanteio. Na última chegada da etapa inicial, Kike Olivera recebeu dentro da área e chutou cruzado na rede pelo lado de fora.

Tricolor leva virada nos acréscimos

O segundo tempo começou bastante equilibrado no Rei Pelé. Enquanto o CSA buscava imprimir um ritmo forte, com mais posse de bola, o Grêmio explorava as jogadas em velocidade. Aos 10, após boa jogada pela esquerda, Kannemann travou o que poderia ser o segundo gol dos donos da casa.

Como resposta, Mano Menezes optou pelas entradas de Igor Serrote e Alysson. Na primeira jogada, o atacante formado na base tricolor fez boa jogada pela direita e chutou para ótima defesa de Gabriel Félix. Aos 24, Igor Bahia caiu na área após disputa com Jemerson e pediu pênalti. Porém, o árbitro Paulo Cesar Zanovelli e o VAR mandaram seguir.

Aos 34, na sobra de bola, Dodi ajeitou e soltou a bomba no ângulo direito de Gabriel Félix para marcar um golaço: 2 a 1. A vantagem não durou muito. Pior o Tricolor derreteu e sofreu a virada.

Aos 41, Marcelinho empatou: 2 a 2. Cinco minutos depois, Brayann cobrou falta no canto esquerdo, Volpi falhou na impulsão e levou o 3 a 2. Festa dos torcedores do CSA, que joga pelo empate na Arena, no dia 20 de maio, para avançar na Copa do Brasil.

Copa do Brasil 2025 – 3ª fase – Ida

CSA 3
Gabriel Félix, Felipe Albuquerque, Islan, Betão e Enzo; Camacho, Gustavo Nicola (Kevyn), Silas (Baianinho) e Brayann; Guilherme Cachoeira (Marcelinho) e Tiago Marques (Igor Bahia). Técnico: Higo Magalhães.

Grêmio 2
Tiago Volpi; João Pedro (Igor Serrote), Jemerson, Kannemann e Marlon; Cuéllar (Camilo), Dodi (Ronald), Edenilson (Cristaldo) e Monsalve (Alysson); Cristian Olivera e Braithwaite. Técnico: Mano Menezes.

Gols: Tiago Marques, Marcelinho e Brayann (C); Braithwaite e Dodi (G)
Árbitro: Paulo Cesar Zanovelli da Silva (MG)
Assistentes: Ricardo Junio de Souza (MG) e Leonardo Henrique Pereira (MG)
VAR: Paulo Renato Moreira da Silva Coelho (RJ)
Data e hora: 30 de abril, quarta-feira, às 21h30min
Local: Estádio Rei Pelé, em Alagoas (AL)

Correio do Povo

Inter tem bom ataque nos números, mas desempenho preocupa Roger Machado

 Técnico admite queda de rendimento no setor ofensivo e aposta na recuperação de Valencia em meio a lesões e jejum de atacantes

Gustavo Prado marcou, nos acréscimos, o único gol do Inter sobre o Maracanã | Foto: Fabiano do Amaral


A análise fria dos números não mostra que o Inter vive algum tipo de dificuldade para fazer gols. Na verdade, a equipe colorada tem o terceiro melhor ataque do Brasileirão, com oito gols em seis partidas. Considerando também a Libertadores e a vitória sobre o Maracanã, na noite de terça-feira, por 1 a 0 — que é o único jogo até aqui na Copa do Brasil —, a equipe montada por Roger Machado marcou 16 gols em 10 jogos (desconsiderando o Gauchão), o que é uma média razoável. O problema, portanto, não são os números, mas efetivamente o que se vê em campo, como o próprio Roger Machado admitiu em sua mais recente entrevista coletiva.

“Me preocupa o volume que a gente teve (contra o Maracanã), enfrentando um time de hierarquia menor que a nossa, e termos desperdiçado tantos gols”, afirmou o técnico após a vitória sobre o clube cearense, pela Copa do Brasil, com um gol marcado já nos acréscimos do segundo tempo por Gustavo Prado, que não é atacante. Roger continuou, deixando claro o problema do Inter neste momento: “Não vejo que o time todo não esteja bem. É mais um setor mesmo. Não basta não sofrer gols, pois temos que balançar as redes.”

Dos 16 gols marcados pelo time após conquistar o título do Gauchão, apenas quatro foram marcados pelos centroavantes Borré e Valencia. Mas não são apenas eles que atravessam um momento ruim. Wesley ainda não marcou na temporada, e Vitinho, que anotou gols importantes no Gauchão, está em jejum desde o início do Brasileirão.

Apesar da má fase dos atacantes, Roger não tem muito o que fazer. Terá que ajudar Valencia a se recuperar dentro de campo. Afinal, ele é o único centroavante à disposição — Borré, Lucca e Ricardo Mathias estão lesionados. Portanto, o equatoriano estará em campo contra o Corinthians, neste domingo, pela sétima rodada do Brasileirão. “Não foi só o Valencia que não esteve bem (contra o Maracanã)”, afirmou o técnico.

Vitinho, que seria uma alternativa ofensiva, sofreu uma fratura na mão, passará por uma cirurgia e desfalcará o time colorado nos próximos jogos.

Correio do Povo

Com situação indefinida no Cruzeiro, Dudu é oferecido ao Grêmio

 Direção tricolor não demonstrou interesse inicialmente por causa do alto salário do atacante

Dudu tem contrato com o Cruzeiro até o final de 2027 | Foto: Gustavo Aleixo / Cruzeiro / CP


Com o futuro indefinido no Cruzeiro, Dudu foi oferecido ao Grêmio nas últimas horas. Conforme apurado pelo CP, a direção tricolor não demonstrou interesse na contratação por causa do alto salário do atacante, que recebe na casa de R$ 1,5 milhão em Belo Horizonte.

Dudu entrou em rota de colisão com o técnico Leonardo Jardim, após uma entrevista no Chile, quando a Raposa enfrentou o Palestino na última quinta-feira, onde falou que não sabia por que virou reserva da equipe. “No meu modo de ver, estava vindo numa sequência boa. Não sei por que o treinador optou por me tirar do time. A gente respeita a opinião. Não sei por que optou por me tirar do time”, falou.

A declaração não caiu muito bem no ambiente da Raposa. Leonardo Jardim afastou o jogador, que não foi relacionado para o duelo com o Vasco, no último domingo, em Uberlândia. Com toda essa situação, reuniões entre o estafe de Dudu e a diretoria cruzeirense aconteceram. A rescisão do vínculo, que é válido até o final de 2027, chegou a ser debatida, mas não avançou, já que, caso quebrasse o contrato, os mineiros teriam que desembolsar R$ 60 milhões.

Na tarde desta quarta-feira, Dudu voltou a treinar com os demais companheiros na Toca da Raposa. Porém, ele não deve ser utilizado neste momento, precisando reconquistar o espaço e a confiança da comissão técnica. Na temporada 2025, o camisa 7 disputou 17 partida e marcou dois gols.

Correio do Povo

Eduardo Leite será pré-candidato à Presidência se migrar para o PSD, diz Kassab

 Governador afirmou que migrar para o PSD seria um ‘possível caminho’

Governador afirmou que migrar para o PSD seria um ‘possível caminho’ | Foto: Ricardo Giusti


O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse que há possibilidade de o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ser pré-candidato à Presidência da República em 2026, caso opte por migrar para o partido. O governador avalia a mudança de sigla.

'O Eduardo Leite, caso se filie, será um pré-candidato a presidente da República pelo PSD', afirmou Kassab em seminário realizado no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo, nesta terça-feira, 29.

A legenda comandada por Kassab já tem o governador do Paraná, Ratinho Júnior, como pré-candidato ao Palácio do Planalto. No último domingo, 27, Eduardo Leite reafirmou estar aberto a disputar a Presidência da República e destacou que buscará consolidar apoio ao seu projeto, esteja ele no PSDB ou em outro partido. A declaração foi ocorreu em entrevista ao programa Canal Livre, da Band.

O governador ressaltou que uma candidatura depende da convergência de ideias dentro de um grupo político. Procurada novamente pelo Estadão, a assessoria de Eduardo Leite afirmou que o posicionamento do governador segue o mesmo e que sua prioridade é ter a oportunidade de mostrar que pode liderar um projeto mirando a Presidência.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

JORNAL DA MANHÃ - 01/05/2025

 

JORNAL DA MANHÃ - 01/05/2025

Vídeo de Jovem Pan News

Fonte: https://www.youtube.com/live/PC9eXT-J_AY?si=9GMKw2ZDiPxSI0Ws