Poderes e sociedade debatem abstenções no RS em seminário de três dias

 Em todo o Rio Grande do Sul, a taxa de abstenção durante o primeiro turno foi de 23,69%, um resultado similar a uma eleição realizada durante a pandemia

Autoridades apontaram diferentes causas para alta da taxa | Foto: Cléber Moreira/TRE-RS/CP


Desde a manhã desta quarta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) passa a promover o seminário "A Abstenção nas Eleições Municipais de 2024: causas, consequências e desafios". Os debates envolverão diferentes agentes da sociedade, com três dias de programações.

A abertura do evento foi realizada no plenário do tribunal, com a presença de diversas autoridades importantes dos Poderes do Rio Grande do Sul. Já nesta largada, diferentes motivos foram apontados para o elevado nível das abstenções. Afinal, Porto Alegre foi a capital recordista no quesito durante o pleito de 2024. No segundo turno, foram 34,83% de eleitores ausentes. Ou seja, quase 382 mil pessoas deixaram de comparecer às urnas.

Em todo o Estado, a taxa de abstenção durante o primeiro turno foi de 23,69%, um resultado similar a uma eleição realizada durante a pandemia. No pleito municipal de 2020, o número de abstinentes já havia crescido 53% no RS em comparação com 2016, de 15,47% há oito anos para 23,67% há quatro anos.

A possibilidade, que já era preocupação do TRE antes do pleito, acabou por se confirmar. “Um Estado como o nosso, sabidamente politizado, que tem toda uma trajetória política invejável, com extraordinário políticos, por que as pessoas estão deixando de votar? A partir disso surgiu a necessidade de realizar um seminário”, discursou o presidente da Justiça Eleitoral gaúcha, desembargador Voltaire de Lima Moraes.

Um dos motivos identificados por Voltaire foi a tragédia climática de maio de 2024. “O cenário era devastador. Várias Zonas Eleitorais atingidas. A nossa sede, inclusive. Tivemos que, de uma hora para outra, nos mobilizarmos fortemente para enfrentar este cenário jamais visto. Vários urnas eletrônicas foram atingidas”, disse.

Vice-governador do Estado, Gabriel Souza (MDB) discorreu sobre um sentimento de desilusão com a política. “Temos, nos últimos anos, a questão do desgaste da democracia liberal. Não sobre o sistema de voto, mas um arranjo mais complexo previsto na nossa Constituição. A democracia liveral parecia ser o sistema mais evoluído que a humanidade atingiu, mas que quase sempre causa desilusões” afirmou.

Prefeito reeleito na capital recordista de abstenções, Sebastião Melo (MDB) apontou uma série de motivações para a questão. “Há uma crise na democracia representativa no mundo inteiro. Não há um sistema perfeito. São tantas causas para a desilusão do eleitoral que deveríamos fazer vários seminários. Começo pelos partidos políticos, que perderam muito essa questão do coletivo, das suas fundações, se abre partido mais fácil do que microempresa. É um pragmatismo”, criticou.

“As redes sociais nos trouxeram muitos benefícios, mas nos trouxeram muita estupidez. As pessoas querem decisões impossíveis. A polarização também é uma das razões”, completou Melo.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Pepe Vargas (PT), analisa que o aumento da abstenção reduz a credibilidade dos eleitos: “Tivemos pesquisas que demonstram que o grau de confiança na democracia está um pouco maior do que estava há alguns anos atrás, como 2018, 2017. Mas a abstenção eleitoral, de fato, aumentou muito. Se a democracia se exerce pela soberania popular, e uma parcela do soberano não comparece para votar, a legitimidade dos eleitos não deixa de existir, mas sem sombra de dúvidas diminui”.

Correio do Povo

Agora não são apenas as redes sociais que "ameaçam a democracia"

 



As conexões por satélite, também.
Trecho da matéria da Folha:
"Por enquanto nós conseguimos manter a nossa soberania. É uma questão de soberania nacional. E a nossa jurisdição. Porque as big techs necessitam das nossas antenas e dos nossos sistemas de telecomunicação. Por enquanto", afirmou Moraes.
"Não é por outros motivos que uma das redes sociais tem como sócio uma outra empresa chamada Starlink e que pretende colocar satélites de baixa órbita no mundo todo para não precisar das antenas de nenhum país. No Brasil hoje só tem 200 mil pontos. A previsão é chegar em 30 milhões de pontos, no Brasil. E aí não adianta cortar antena", disse o ministro.
"É um jogo de conquista de poder, sendo feito ano após ano, e se a reação não for forte agora vai ser muito difícil conter depois", disse.

Post de Leandro Ruschel

Fonte: https://web.facebook.com/100068230358951/posts/958434213107582/?rdid=IAlWrvOalFtRvzPu#

Corinthians vence o Barcelona-EQU, mas está eliminado da Libertadores

 Clube paulista aplicou 2 a 0, mas não recuperou a desvantagem do jogo de ida no Equador

Depay lamenta eliminação | Foto: Miguel Schincariol / AFP / CP


Tolima em 2011, Guaraní do Paraguai em 2020 e Barcelona de Guayaquil em 2025. Em quatro participações do Corinthians na pré-Libertadores, três quedas, a última delas nesta quarta-feira, quando o time alvinegro foi eliminado mesmo vencendo o Barcelona por 2 a 0, na rodada de volta da fase derradeira por vaga na etapa de grupos do torneio continental. O triunfo de nada adianta porque, no Equador, os corintianos foram derrotados por 3 a 0, em exibição muito abaixo do que se esperava da equipe.

Em termos continentais, a equipe comandada por Ramón Díaz passa a se preocupar agora com a Copa Sul-Americana. No domingo, o compromisso é um clássico com o Palmeiras, pelo jogo de ida da final do Paulistão, no Allianz Parque, às 18h30min. A decisão será em Itaquera, dia 27.

Em sintonia com a torcida, o Corinthians fez o que tinha de fazer desde os primeiros segundos da partida, não à toa chegou com perigo em menos de um minuto, em lance no qual Yuri Alberto cabeceou para fora. A equipe equatoriana mal tocava na boa e observava o avanço corintiano, que muitas vezes não se desenrolava perfeitamente, mas era indício de uma postura totalmente diferente da que foi vista na derrota sofrida no Equador.

Durante os poucos momentos em que o Barcelona tinha a bola, choviam vaias da arquibancada, especialmente direcionadas ao goleiro Contreras, que demorava-se com a bola nas mãos sempre que tinha a oportunidade. A ideia de fazer o gol o mais rápido possível para reverter a desvantagem começou a esmorecer frente a algumas dificuldades apresentadas pelo time alvinegro.

O jogo se concentrava do lado direito, por onde Carrillo caia para apoiar o ataque e cometia erros. Outra alternativa explorada era a bola aérea, sem sucesso. Passada a primeira metade da etapa inicial, o peruano calibrou a atuação e ajudou a amplificar a intensidade corintiana. Foi autor, inclusive, de um belo chute de primeira que parou em defesa de Contreras.

Nenhum jogador do Corinthians, contudo, era mais perigoso que Yuri Alberto. Além do lance nos segundos iniciais, ele ofereceu perigo em mais um lance de bola aérea e também arriscando de fora da área após girar em cima da marcação, parecido ao que fez Memphis minutos depois.

Como o tempo passava e o gol não saia, Ramón Díaz entendeu que precisava fazer alguma coisa e foi ousado. Aos 30 minutos, tirou o volante Raniele e colocou o atacante Ángel Romero em campo, recuando Carrillo. O paraguaio colocou fogo em lances pela direita. Quem decidiu, contudo, foi o equatoriano Félix Torres, que cabeceou para a rede após cobrança de escanteio de Garro e celebrou discretamente, já que o Barcelona é seu time de coração

No começo do segundo tempo, houve maior preocupação defensiva para o Corinthians. Torres, em grande noite, foi excepcional para interceptar duas investidas perigosas pelo lado direito da defesa. Fora isso, Hugo Souza teve de espalmar uma finalização perigosa de fora da área.

A aflição no estádio aumentava conforme o cronômetro passava dos 15 minutos e o segundo gol não saia. Até que, aos 17, o volante brasileiro do Barcelona, Leonai, fez falta em Martínez para matar um contra-ataque, recebeu o segundo amarelo e, portanto foi expulso. Com um a mais, Ramón foi para o tudo ou nada. Substituiu Martínez por Talles Magno e povoou o setor ofensivo para se aproveitar da vantagem numérica.

Parecia, contudo, não haver uma estratégia mais sólida para furar a defesa do Barcelona, que passou a se dedicar exclusivamente a se proteger, com a maioria dos jogadores no campo de defesa. Quase toda jogada corintiana terminava em cruzamentos infrutíferos para a área. Quando não isso, muita afobação e equívocos na tomada de decisão na hora do último passe.

Mesmo sem tanta organização, a apreensão da torcida foi dissipada quando Memphis dividiu com o goleiro e a bola sobrou para Carrillo empurrar para a rede e ampliar a vantagem corintiana no jogo. Houve ainda, mais um pouco de inquietação, já que a equipe de arbitragem de vídeo revisou o lance para entender se estava impedido. Ao fim da avaliação, gol validado e explosão em Itaquera.

Restava pouco tempo e o Corinthians não teve tantas chances de fazer o terceiro. A melhor delas foi desperdiçada por Matheuzinho.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Como estão os contêineres de lixo de Porto Alegre antes da chegada de novos coletores

 Tampas quebradas, pichações, vandalismo, mau cheiro e lixo espalhado fazem parte da rotina da população ao descartar resíduos na Capital

Contêiner na rua Voluntários da Pátria está com a tampa quebrada, recebe pilha de lixo e apresenta mau cheiro | Foto: Pedro Piegas


Descartar o lixo corretamente em Porto Alegre tornou-se uma aventura insólita. Quem precisa colocar seus resíduos residenciais nos contêineres, de cor cinza, espalhados pela Capital convive com estruturas avariadas. Em um breve passeio pelo Centro Histórico, é possível identificar dezenas de coletores vandalizados e com lixo espalhado ao redor.

Um destes exemplos está em uma lixeira para resíduos orgânicos na rua Voluntários da Pátria, próximo da Estação Rodoviária, que está sem tampa, amassada e repleta de itens descartados incorretamente, como tapetes, plástico e galhos. O resultado é, além da sujeira, o mau cheiro para quem passa pelo local. Na rua Garibaldi, um catador encontrou um estetoscópio em meio aos sacos de lixo do contêiner orgânico, um equipamento utilizado por profissionais da área da saúde.

Fábio Garlete é recepcionista em um hotel localizado na rua Garibaldi e conta que a ação de catadores, ao abrir sacos de lixo, acaba por espalhar resíduos pela calçada e reflete no entupimento de bueiros ao longo da quadra. “O pessoal também acaba largando lixo seco ali, permitindo que o catador mexa no contêiner e espalhando pela calçada. Quando chove, acaba entupindo a tubulação de esgoto da rua. Acredito que essas lixeiras foram colocadas há 2 anos e nunca mais trocadas. Desde então, sempre estão com um problema ou outro”, relatou.

Já ao longo da praça Brigadeiro Sampaio e da rua Washington Luiz, chama a atenção a quantidade de lixo espalhado ao redor dos contêineres. Além disso, alguns deles chegam a ser utilizados como mictório por moradores de rua. Já na rua Fernando Machado, o contêiner é utilizado como varal para secar roupas.

De acordo com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), as novas estruturas coletoras de lixo substituirão as que estão em uso. Ao todo, são 2.950 equipamentos, sendo 2.250 com tampa móvel de coleta automatizada para resíduos orgânicos, de cor cinza, e os outros 500 em material plástico para a coleta seletiva, de cor verde.

Contêineres vandalizados em Porto Alegre Pedro Piegas


Correio do Povo

Clubes divergem sobre fair play financeiro e discutirão assunto em comissão

 Parte dos times deseja que o fair play financeiro seja instituído com urgência

Representantes dos 20 clubes da Série A se reuniram para discutir mudanças no Brasileirão | Foto: Rafael Ribeiro/CBF/CP


Cartolas dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro e dirigentes da CBF se reuniram nesta quarta-feira, na sede da entidade, no Rio, para discutir mudanças na principal competição do País. Poucas novidades foram aprovadas. A implementação do fair play financeiro e a proibição de gramados sintéticos, dois dos temas mais importantes e controversos, foram postergados. Não há, por ora, uma decisão em relação a essas questões. Dois dirigentes presentes nas reunião com os quais a reportagem conversou apontaram divergências entre os clubes a respeito desses temas.

Parte dos times deseja que o fair play financeiro seja instituído com urgência. Outros falam em transição e pedem um prazo para adequação a essa regulamentação, caso ela seja aprovada. Mas a maioria é a favor de que existam regras mais rígidas para premiar os times de boas práticas financeiras e punir os que têm gestões temerárias. A implementação do fair play financeiro e a discussão sobre proibir os gramados sintéticos nos jogos do Brasileirão ficarão a cargo da Comissão Nacional de Clubes (CNC), que existe dentro da CBF desde o ano passado.

Hoje, esse grupo é formado por dirigentes de Flamengo, Fortaleza, Internacional, Palmeiras, São Paulo e Vasco. Será essa comissão que vai analisar os temas ao longo do ano. Os assuntos foram discutidos no conselho desta quarta, mas os cartolas preferiram não abrir votação. A CBF vem estudando e tem um material robusto sobre o fair play financeiro já há algum tempo. Membros da comissão vão se reunir no futuro para discutir o assunto.

Dirigentes veem ser possível aprovar uma regulamentação ainda neste ano, provavelmente com um prazo para os clubes se adequarem às regras. O mesmo vale para o piso artificial, sobre o qual a CBF prepara a apresentação de um estudo, com incidência de lesões e outros fatores. O fair play financeiro tem como objetivo manter "o equilíbrio da indústria do futebol por meio da saúde financeira dos clubes", como explicou o economista César Grafietti, em entrevista recente ao Estadão.

Boas práticas incluem não atrasar o pagamento de salários e encargos trabalhistas, recolher impostos em dia e evitar o acúmulo desenfreado de dívidas. A ideia nasceu há cerca de 15 na Europa, após a Uefa ver clubes de maior investimento ficarem em débito com outros mais modestos, que, por sua vez, não conseguiam manter suas operações estáveis.

"Já enxergo que os números de 2024 serão muito ruins do ponto de vista de resultado e dívida, e 2025 será ainda pior. Não adianta todo mundo gastar o que não tem porque o resultado será sempre prejuízo e aumento de dívida", afirmou Grafietti. "O que Flamengo e Palmeiras fazem é justificável. O Bahia também, porque é do Grupo City, que tem muito dinheiro. Os outros, não, porque ninguém tem todo esse dinheiro. Só que eles se sentem na obrigação de ‘correr’ para acompanhar esses que têm mais condição".

Mudanças no Brasileirão

Foram poucas as mudanças aprovadas para o Brasileirão deste ano, e nenhuma delas é exatamente uma novidade: o comitê consultivo de especialistas internacionais de arbitragem, anunciado há um mês pela CBF, o sistema de bolas múltiplas, já utilizado no Paulistão, a paralisação do campeonato durante a disputa do Mundial de Clubes, o que era sabido, a a adoção de um protocolo de combate ao racismo. O Brasileirão vai adotar o protocolo antirracista implementado pela Fifa.

O procedimento de três etapas consiste em cruzar os braços em forma de X para denunciar um ato de cunho racista e pode ser sinalizado por árbitros, jogadores ou oficiais da competição. Jogadores e oficiais devem comunicar ao árbitro por meio do gesto.

"Seremos extremamente vigilantes no combate ao racismo em todas as partidas com a instrução para o acionamento do Protocolo Global se necessário for", prometeu Rodrigo Cintra, novo gestor da comissão de arbitragem e substituto de Wilson Luiz Seneme, demitido no mês passado, quando a CBF formou seu grupo de especialistas em arbitragem. "Foi uma reunião de alto nível, todos os pontos abordados foram trabalhados e estamos sempre de portas abertas", declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Luiz Flávio de Oliveira, Marcelo Van Gasse, Fabrício Vilarinho, Luis Carlos Câmara Bezerra, Eveliny Almeida, Emerson Filipino Coelho compõem a nova comissão de arbitragem. Já o comitê de consultores internacionais tem o italiano Nicola Rizzoli e o argentino Néstor Pitana, que apitaram as finais da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, entre Alemanha e Argentina, e de 2018, na Rússia, entre Croácia e França, além de Sandro Meira Ricci.

O sistema de bolas múltiplas, usado no Campeonato Inglês e no Paulistão, passará a valer para que os jogos tenham mais tempo de bola rolando. Serão 16 bolas posicionadas em torno do gramado, em cones, e o jogador apenas "retira" a bola do suporte, nos quais as bolas serão repostas pelos gandulas.

O Brasileirão começa no dia 29 deste mês, um sábado, e a última rodada está prevista para o 21 dezembro. Pela primeira vez, a principal competição do futebol nacional será disputada ao longo de dez meses.

Estadão Conteúteo e Correio do Povo

😳 A diplomacia de Lula da Silva

 


Vídeo de Deltan Dallagnoll

Fonte: https://youtube.com/shorts/WWuLVkKPB5k?si=T95Hvp86YrtoHuEh

Saiba como vai funcionar o crédito consignado CLT

 Programa lançado pelo governo começa em 21 de março

Medida promete facilitar e baratear os juros do empréstimo a trabalhadores com carteira assinada | Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil / CP


O governo federal lançou nesta quarta-feira, 12, o Programa Crédito do Trabalhador na Carteira Digital de Trabalho, que promete facilitar e baratear os juros do empréstimo consignado a trabalhadores registrados com carteira assinada (CLT).

Assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento no Palácio do Planalto, a Medida Provisória (MP) que cria o sistema de crédito foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Em até quatro meses, o texto precisará ser aprovado pelo Congresso Nacional para se transformar em lei federal e seguir valendo.

Ao todo, mais de 47 milhões de trabalhadores poderão ser beneficiados com o novo programa, que abrange empregados CLT em geral, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEIs), desde que formalizados.

O programa permitirá o acesso de mais de 80 bancos e instituições financeiras ao perfil de trabalhadores com carteira assinada através do eSocial, sistema eletrônico obrigatório que unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados de todo o país.

Na prática, o novo consignado entra em vigor no próximo dia 21 de março, por meio da página da Carteira de Trabalho Digital na internet e em aplicativos de celulares. A seguir, confira os principais pontos do sistema de crédito, que deve reduzir pela metade os juros cobrados no crédito pessoal.

Como acessar o crédito

Na primeira fase do programa, que entrará em vigor no dia 21 de março, o empregado que tiver interesse em obter um empréstimo consignado deverá acessar a Carteira de Trabalho Digital. Nesta plataforma, ele vai solicitar ofertas de crédito, autorizando o compartilhamento dos dados do eSocial diretamente com instituições financeiras habilitadas pelo governo federal.

Entre os dados que ficarão acessíveis aos bancos estão nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A partir daí, o interessado receberá ofertas em até 24 horas, analisará a melhor opção e fará a contratação no canal do banco.

A partir de 25 de abril, os bancos também poderão operar a linha do consignado privado dentro de suas plataformas digitais.

Portabilidade do crédito

A portabilidade de crédito entre os bancos, para os clientes que desejem migrar para empréstimos mais baratos, poderá ser realizada a partir de 6 de junho. Em até 120 dias, quem já tem um consignado ativo poderá fazer a migração para a nova linha de crédito na mesma instituição financeira.

Redução de juros

A previsão é que as taxas de juros de crédito aos trabalhadores caiam de cerca de 103% ao ano para 40% ao ano, menos da metade do que é cobrado hoje em dia, em média. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a estimativa é que, em até quatro anos, cerca de 19 milhões de celetistas optem pela consignação dos salários, o que pode representar mais de R$ 120 bilhões em empréstimos contratados.

Atualmente, o consignado do setor privado conta com cerca de 4,4 milhões de operações contratadas, somando mais de R$ 40,4 bilhões em recursos. É bem inferior aos mais de R$ 600 bilhões disponíveis a servidores públicos e aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).

Limites e garantias

Após o empréstimo ser contratado, o desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente pelo eSocial, o que deve permitir que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente no consignado por convênio. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas.

Os limites do consignado para trabalhadores celetistas terão o teto de 35% do salário comprometido com parcelas do empréstimo e a possibilidade de usar 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o total da multa recebida por demissão sem justa causa (40% do saldo FGTS) para o pagamento dos débitos, em caso de desligamento do emprego.

Caso o saldo do empréstimo não seja quitado após o desligamento do emprego, a dívida fica vinculada à conta do eSocial e, quando o trabalhador estiver em um novo emprego CLT, a cobrança das parcelas volta a descontar diretamente em folha.

A Dataprev, empresa pública de tecnologia do governo federal, foi a responsável pelo desenvolvimento do sistema do Crédito do Trabalhador, que integra a carteira de trabalho digital, o FGTS Digital e o eSocial.

Agência Brasil e Correio do Povo

Governo projeta corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família

 Congresso recebeu pedido de alterações para acomodar novas despesas com Auxílio-Gás e gastos previdenciários

Congresso ainda vai analisar lei orçamentária de 2025 | Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil


O governo pediu ao Congresso alterações no Orçamento deste ano para acomodar novas despesas, como R$ 3 bilhões adicionais para o Auxílio-Gás e aumento de R$ 8 bilhões em gastos previdenciários. Diante desse cenário, o governo solicitou um corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família, ampliando a redução de despesa com o programa já prevista no pacote de contenção de gastos, segundo apurou a reportagem.

A decisão foi tomada no âmbito da Junta de Execução Orçamentária (JEO). O pedido de corte no programa social consta em ofício encaminhado pelo Ministério do Planejamento à Comissão Mista de Orçamento (CMO).

No ofício, o Executivo não previu na conta as despesas com o Pé-de-Meia, mas pediu que os gastos com o programa de incentivo à permanência escolar possam ser suplementados depois da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano.

Estadão Conteudo e Correio do Povo

“É o agro que mantém esse país em pé”, diz vice-presidente da Cotrijal pedindo por movimentação a favor da securitização dos produtores gaúchos

 Gestor também manifestou sua insatisfação com a ausência do ministro da Agricultura, Carlos fávaro

Sem dar números concretos, afirmou que a segunda-feira e a terça-feira foram dias de público menor, mas que a visitação aumentou significativamente nesta quarta-feira | Foto: Camila Cunha


“Precisamos estar juntos para irmos fazer um pleito em Brasília que é justo para o produtor do Rio Grande do Sul”, disse sobre a securitização ao produtor o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, em entrevista coletiva, nesta quarta-feria, 12. Desde o início da Expodireto Cotrijal 2025, entidades do setor tem chamado por participação popular para uma audiência sobre este tema que deve ocorrer na sexta-feira, 14, no parque, em Não-Me-Toque.

Schroeder destacou que não é o papel dele ou das entidades do RS definir como o processo de votação da securitização vai ocorrer em Brasília, mas que eles estão fazendo sua parte com as movimentações citadas. Para Ênio, a situação está em um ponto insustentável: “Tem agricultor que no ano que vem não vai plantar mais ano que vem. [...] Sem plantio não tem agricultura, não tem mais feira, não tem mais nada”, disparou.

Schroeder não escondeu a insatisfação com a ausência do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta edição. Esta seria a primeira vez em 25 anos de feira em que o líder da pasta não se faz presente, “Sendo ministro de Agricultura, ele teria que estar aqui sim. Tem que estar presente onde acontece as grandes coisas dentro da pasta dele. E dentro da pasta dele, eu duvido que tivesse um outro evento mais importante do que o que é o Expodireto, que é a maior feira do Brasil e uma das maiores feiras mundiais”, afirmou.

Além disso, Schroeder destacou que nesta edição não haverá mais a tradicional divulgação de dados como o público presente ou a quantidade de negócios realizados. Segundo ele, tais informações sempre geraram questionamentos e incerteza. Sem dar números concretos, afirmou que a segunda-feira e a terça-feira foram dias de público menor, mas que a visitação aumentou significativamente nesta quarta-feira.

Correio do Povo

Como funciona a corrupção e a doutrinação do povo brasileiro