Aguirre evolui, recebe elogios e se firma, mas deve ganhar concorrentes em breve

 Lateral-direito começou a temporada em baixa, mas cresceu graças a um estilo pragmático e foi um dos destaques do Inter no Gre-Nal

Braian Aguirre recebeu elogios de Roger após a atuação segura no Gre-Nal | Foto: RICARDO DUARTE / INTER / CP


Ao demonstrar empatia e paciência, Roger Machado ganhou um lateral-direito. Trata-se de Braian Aguirre, 24 anos, que assumiu a titularidade no início da temporada, após a lesão de Bruno Gomes, e, depois de um início vacilante, começou a se firmar na lateral-direita utilizando um estilo de futebol pragmático. No Gre-Nal, não foi o melhor em campo, mas mostrou segurança em um lado onde o Grêmio queria atacar, além de ter participado da jogada do primeiro gol marcado pelo Inter na Arena.

Depois do jogo, com a vitória por 2 a 0 consumada, Roger Machado disse que as primeiras avaliações externas sobre o jogador foram demasiadamente negativas. Disse, porém, que sempre confiou nele e aguardou a sua recuperação em campo — até mesmo pela falta de outras alternativas para o lugar.

"As avaliações externas foram precipitadas. Se eu fosse nervoso, já teria tirado o Braian e colocado outro há muito tempo. Quem está fora sempre é melhor. Mas fico feliz por ter tido a segurança de permitir que ele ganhasse ritmo", afirmou Roger, admitindo que faltava ritmo e um melhor condicionamento físico para o lateral.

O argentino, que foi contratado no ano passado e, até janeiro, atuara em apenas um jogo, ganhou a posição após a lesão de Bruno Gomes, ainda no amistoso contra o México, no primeiro compromisso da temporada. Depois, não saiu mais do time. Já são 11 partidas em sequência, que deram ao jogador exatamente o que ele precisava. "Ele encontrou um melhor entrosamento, já busca a profundidade, tem timing e maior capacidade física. Era o começo de temporada. Queriam que eu tirasse o Braian no segundo jogo. Não é justo", afirmou o treinador.

A boa fase de Braian Aguirre não tirou dos dirigentes a vontade de trazer mais um jogador para brigar por uma posição na lateral-direita. Como Bruno Gomes só ficará à disposição no segundo semestre, a ideia é contratar um concorrente para Aguirre utilizando a janela dos Estaduais (que está aberta desde a segunda-feira). Nathan, que também atua na posição e tem ficado no banco de reservas, atuou em apenas uma partida desde que foi contratado, no ano passado, e pode ser devolvido ao Santos após o Gauchão.

Correio do Povo

Entidade gaúcha colabora no debate sobre energia no exterior

 Sindienergia-RS participa de missão técnica sobre fonte eólica offshore

Fontes renováveis estarão na pauta de encontro de especialistas | Foto: Freepik / CP


O Sindienergia-RS está representando o setor de energias renováveis do Rio Grande do Sul em um evento estratégico para o desenvolvimento da energia eólica offshore. A participação na Missão Técnica, organizada pela Basque Trade and Investment e pela Flanders Investment & Trade, é uma oportunidade para conhecer de perto experiências bem-sucedidas no setor eólico offshore e modelos de infraestrutura portuária sustentável, conforme detalha Daniela Cardeal, presidente do Sindienergia-RS. O evento segue até o dia 14 deste mês (até dia 12 em Bilbao, País Basco, e de 12 a 14 em Ostender, Flandres), com uma agenda que inclui visitas e atividades em ambos os locais.

“Um dos principais objetivos desta missão é subsidiar o desenvolvimento do Projeto Piloto Porto Verde, que será implementado em parceria com a Portos RS, no Porto de Rio Grande, promovendo ações de sustentabilidade, descarbonização com o uso de energias renováveis, capacitação de mão de obra e criação de um hub logístico estratégico para o Mercosul. Estamos buscando referências internacionais de portos que já tenham este olhar e oportunidades de atração de investimentos”, observou Daniela.

No primeiro dia da missão, o grupo foi recebido na sede da Iberdrola (Neoenergia no Brasil). Na ocasião, a comitiva gaúcha apresentou as oportunidades e iniciativas no Rio Grande do Sul para representantes de empresas e do governo espanhol. Outro ponto de destaque da programação foi a visita ao Parque Eólico Punta Solana Dock, projeto dentro do Porto de Bilbao focado em implantar soluções que promovam a transição energética. O parque eólico, que opera desde 2005, tem capacidade total de 10 MW, com 5 aerogeradores instalados. Cada aerogerador tem uma potência nominal de 2 MW.

O Punta Solana Dock foi fundamental para o Porto de Bilbao. Representou a inauguração de projetos sustentáveis e permitiu que o porto se tornasse referência no Mar Cantábrico. Entre os demais projetos existentes no Porto, se destaca que, em 2021, a frota de veículos da Autoridade Portuária foi alterada para elétrica, e em 2022 foi aprovado o Plano de Transição Energética. Atualmente estão sendo desenvolvidos projetos de maremotriz, solar flutuante e hidrogênio verde obtido através de bioGNL.

Correio do Povo

Justiça da Espanha HUMILHA Alexandre de Moraes e confirma Estado de Exceção no Brasil

 

TJD-RS aceita pedido do Grêmio e adia julgamentos de Quinteros e três dirigentes

 Solicitação foi deferida para garantir defesa presencial dos denunciados

Quinteros foi expulso na partida em Caxias do Sul | Foto: Fabiano do Amaral


O Tribunal de Justiça Desportivo do Rio Grande do Sul (TJD-RS) acatou, na manhã desta terça-feira, o pedido do Grêmio e adiou os julgamentos do técnico Gustavo Quinteros, do presidente Alberto Guerra, do vice de futebol Alexandre Rossato e do diretor de futebol Guto Peixoto. Além deles, Jemerson também seria julgado. A solicitação foi deferida para garantir a defesa presencial dos denunciados.

Por tabela, os julgamentos de dois dirigentes do Inter, o vice de futebol José Olavo Bisol e o diretor esportivo Andrés D'Alessandro, foram adiados. Uma nova data será confirmada pelo TJD-RS em breve. A tendência é de que ocorra na próxima semana, após a disputa do Gre-Nal 446.

Os cinco dirigentes da dupla Gre-Nal foram denunciados por declarações sobre a arbitragem do Gauchão. Já Quinteros foi enquadrado em dois artigos do CBJD, por invasão de campo e agressão ao atacante Ênio, do Juventude. Por fim, Jemerson vai responder pela expulsão no Alfredo Jaconi.

Correio do Povo

Grêmio adere a movimento do Palmeiras para cobrar revisão de punições por atos racistas

 Clubes querem postura diferente de Fifa e Conmebol nas disputas sul-americanas

Atos na Libertadores Sub-20 desencadearam movimento dos clubes | Foto: Conmebol / Divulgação CP


O Grêmio anunciou, na noite desta terça-feira, que entrou para o movimento proposto pelo Palmeiras para cobrar revisão de punições sobre casos de racismo. Os protestos serão direcionados junto à Fifa e à Conmebol no que tange as competições promovidas pela entidade máxima do futebol sul-americano.

No caso mais recente, na disputa da Libertadores Sub-20, o atleta Luighi sofreu ataques racistas ao deixar o campo de jogo na partida entre Palmeiras e Cerro Porteño. O jogo ocorreu no Paraguai.

"O presidente do Grêmio Alberto Guerra atendeu prontamente a sugestão do clube paulista para que os clubes brasileiros também corroborassem com o pedido formal de revisão das punições aplicadas em casos semelhantes", frisou nota oficial gremista. "O Tricolor foi um dos primeiros a colaborar com o pedido, que conta com o apoio de outras agremiações afiliadas ao movimento da Liga do Futebol Brasileiro (LIBRA) e da Liga Forte União (LFU)."

"O Grêmio reitera seu posicionamento antirracista na atuação do projeto Clube de Todos, com foco no combate à intolerância de todo tipo na sociedade", acrescentou.

Correio do Povo

Pavilhão da Agricultura Familiar cativa público fiel e conquista novos admiradores na Expodireto 2025

 Neste ano, o pavilhão conta com 222 expositores que ocupam 192 estandes, vindos de 122 municípios gaúchos

Estrutura tinha seus corredores lotados de compradores na tarde desta terça-feira | Foto: Camila Cunha


Conhecido pela grande variedade de ofertas de alimentos produzidos no interior do Rio Grande do Sul, o Pavilhão da Agricultura Familiar cativa o público fiel e conquista novos admiradores na edição de 2025 da Expodireto. Neste ano, o pavilhão conta com 222 expositores que ocupam 192 estandes, vindos de 122 municípios gaúchos. A estrutura, localizada na Avenida D, próximo ao pavilhão 7, tinha seus corredores lotados de compradores na tarde desta terça-feira, 11.

O casal de produtores da Agroindústria embutidos Sarandi, da localidade de Beira Campo, Olivar Araldi e Zenaide Soares, afirmam que nunca venderam tanto quanto nos dois primeiros dias desta edição da feira. Dentre os 14 anos em que participam do evento, sempre trazem embutidos como torresmo, salame, copa, bacon e costela defumada.

Pavilhão da Agricultura Familiar Pavilhão da Agricultura Familiar | Foto: Camila Cunha

“Se seguir como está, vamos vender mais de 700 kg”, comemora Olivar. Segundo ele, quem comprou nas lojas edições sempre volta para comprar mais. E nesta edição, afirma que o movimento de pessoas aumentou em seu estande.

“O que mais vende é salame e Copa, mas o pessoal costuma procurar bastante torresmo também”, explica Olivar. A novidade nesta edição é o salama do tipo milano, que está sendo vendido junto com a variedade colonial, que já foi premiada.

Já Irio Bohn, que representa a cachaçaria Weber Haus, de Ivoti, trouxe todas as variedades da bebida para a feira. Segundo ele, o licor de cappuccino, a cachaça sete madeiras, a cachaça amburana e a cachaça de jambu são as mais vendidas. Irio é outro assíduo frequentador da Expodireto, sendo essa sua 14° participação.

Pavilhão da Agricultura Familiar Pavilhão da Agricultura Familiar | Foto: Camila Cunha

Bohn afirma que o preço médio que os clientes pagam por cada garrafa gira em torno de R$ 60. Segundo ele, o movimento esteve mais fraco nos dois primeiros dias de evento, mas imagina que o aumento de circulação visto nos últimos anos vai se repetir. “Quarta e quinta é quando é mais movimentado, quando a gente vende mais”, afirma.

As amigas Miriam Estery, Odete Mattjie e Elisaide Ellvanger vem de Carazinho todos os anos direto para o Pavilhão da Agricultura Familiar. Segundo elas, artesanato é um dos produtos que sempre leva pra casa. Desta vez, levaram tapetes, decorações e semi-joias.

Pavilhão da Agricultura Familiar Pavilhão da Agricultura Familiar | Foto: Camila Cunha

Contudo, não deixaram de dar uma conferidas nas comidas, destacando que estão levando salames e bolachas para casa.

Pavilhão da Agricultura Familiar Camila Cunha


Correio do Povo

CHAVES PIX DE PESSOAS IRREGULARES COM A RECEITA VÃO SER EXCLUÍDOS!

 


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Fonte: https://youtube.com/shorts/worldfCZ17o?si=uiF3ASCX4pFlCxuC

Tarifas de Trump sobre aço que afetam o Brasil entram em vigor nesta quarta-feira

 Governo brasileiro e empresas tentaram atuar, mas não conseguiram postergar início da cobrança

Vice-presidente tem atuado nas tratativas diretas com norte-americanos | Foto: Cadu Gomes / VPR / Divulgação CP


Na véspera de entrar em vigor a tarifa de exportação de 25% sobre aço e alumínio brasileiros para o mercado americano, fabricantes de produtos siderúrgicos e do metal não ferroso ainda estavam na expectativa de, ao menos, haver a prorrogação das medidas em 30 dias. Esse tempo daria fôlego para aprofundar negociações com as equipes de comércio exterior do governo de Donald Trump. Porém, a Casa Branca confirmou que a taxação começa nesta quarta-feira, “sem exceções”.

O Brasil é um grande exportador de aço para os Estados Unidos. Grande parte do volume que desembarca em solo americano, cerca de 90%, é de material semiacabado (placas). Siderúrgicas locais importam esse tipo de aço e o beneficiam para ser usados na fabricação de vários tipos de produtos, como automóveis, bens eletrodomésticos e máquinas e equipamentos. O Brasil, diretamente e via México, despachou 5,3 milhões de toneladas em 2024.

Trump, em seus discursos, diz que pretende eliminar o que chama de “importações que colocam em risco a soberania do país”. Em 2018, quando era presidente e adotou a Seção 232, que taxava nos mesmos 25% aço e alumínio de muitos países, o Brasil negociou o regime de cotas. Foi estabelecido volume máximo de 3,5 milhões de toneladas de placas e 687 mil toneladas de aços laminados para entrar sem a sobretaxa. Para alumínio foi definida tarifa de 10%.

Três siderúrgicas brasileiras são mais afetadas com as tarifas de Trump se não houver um arranjo que permita estender o sistema de cotas: ArcelorMittal e Ternium, fabricantes de placas que exportam a maior parte de sua produção aos EUA, e CSN, que embarca produtos laminados de alto valor agregado. A Usiminas faz vendas esporádicas para os EUA.

No alumínio, a CBA, controlada do grupo Votorantim, é quem mais sofre, pois exporta produtos laminados (folhas), mas o volume não passa de 5% das vendas da empresa, segundo informações. Segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), os embarques para os EUA representaram 17% (US$ 267 milhões) do total exportado pelo setor no ano passado − US$ 1,5 bilhão. Há empresa, como a Hydro, que não exporta nada para o mercado americano.

Por outro lado, o grupo Gerdau deve, à primeira vista, se beneficiar com a proteção que Trump busca dar aos produtores locais. Além de não vender nada para os EUA, a companhia tem fabricação de aço (produtos longos comuns e especiais) no país, de onde extrai 40% de sua receita anual. Nos cálculos de analistas, a Gerdau pode obter ganhos expressivos com aumentos de preços do aço que já acontecem desde fevereiro no mercado norte-americano.

Um especialista que acompanha o setor informou ao Estadão que alguns tipos de produtos siderúrgicos planos já tiveram aumento de mais de 15% nos preços. A tonelada de aço plano (placa) já subiu cerca de US$ 100 em razão da potencial tarifa de 25% para todos os aços importados. A alta tem escalado nos vários elos da cadeia produtiva.

As tratativas com os EUA, desde o início, por estratégia negocial, ficaram a cargo do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, e do ministro de Relações Exteriores (MRE), Mauro Vieira. O pleito do setor é a renovação das cotas de exportação. Representantes da indústria siderúrgica no País têm se reunido no Mdic, em Brasília, toda semana, levando subsídios para substanciar as negociações.

Na semana passada, após algumas tentativas, Alckmin e equipe tiveram uma conversa de quase uma hora com o secretário de Comércio de Trump, Howard Lutnick, e com o representante comercial dos EUA (USTR), Jamieson Greer.
Os americanos pedem, em troca, abertura de diálogo, por exemplo, sobre o imposto de importação que o Brasil aplica ao etanol comprado dos EUA, considerado muito alto (18%). Segundo pessoas a par do encontro, realizado por teleconferência, Alckmin e os dois assessores de Trump ficaram de se falar de novo nesta semana. Desde então, passaram a fazer troca de informações técnicas.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Câmara dos Representantes dos EUA aprova projeto para evitar paralisia do governo

 Texto agora passará para o Senado, onde deverá ser aprovado antes de sexta-feira à meia-noite, quando vence o atual orçamento federal

Projeto de lei orçamentária foi aprovado com 217 votos a favor e 213 contra | Foto: Daniel Slim / AFP / CP


A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, de maioria republicana, adotou nesta terça-feira, 11, um projeto de lei orçamentária para evitar uma paralisia financeira do governo. A Câmara Baixa, controlada pelos republicanos, aprovou o texto com 217 votos a favor e 213 contra.

O projeto agora passará para o Senado, onde deverá ser aprovado antes de sexta-feira à meia-noite, quando vence o atual orçamento federal. Caso o projeto seja aprovado pelo Senado, o presidente Donald Trump terá até 30 de setembro para trabalhar em levar adiante sua agenda política de corte de gastos federais, redução de impostos, deportações em massa e impulso à produção de energia.

Os republicanos elogiaram o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, que teve que convencer uma parte dos legisladores de seu partido que exigiam cortes no orçamento, já que o texto prevê, na maior parte, o congelamento das contas.

AFP e Correio do Povo

Na falta de barcos, palestinos usam portas de geladeiras para pescar

 Pesca é uma importante fonte de alimento e renda para os 4.000 pescadores profissionais da Faixa de Gaza

Pesca é uma importante fonte de alimento e renda para os 4.000 pescadores profissionais da Faixa de Gaza | Foto: BASHAR TALEB / AFP / CP


Quando o Exército israelense destruiu seu barco, Khaled Habib teve uma ideia criativa para continuar alimentando sua família na Faixa de Gaza. O pescador pegou a porta de uma geladeira velha e a encheu com cortiça para que flutuasse.

O palestino ainda cobriu a porta com madeira para poder ficar de pé e a impermeabilizou com uma folha de plástico. Habib também fez um remo duplo pregando algumas pás em um pedaço de madeira e usa massa de pão como isca.

"Eu fiz esse barco com portas de geladeira e cortiça, e felizmente deu certo, ele pode levar três pessoas. Eu também fiz gaiolas de pesca, mas a quantidade de peixes que eu pego nelas é pequena", relatou Khaled Habib, pescador de Gaza.

O volume médio da pesca diária em Gaza caiu desde o início da guerra O volume médio da pesca diária em Gaza caiu desde o início da guerra | Foto: BASHAR TALEB / AFP / CP

Assim como no restante do território palestino, sitiado e devastado por 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas, o porto foi amplamente danificado pelos bombardeios, privando os pescadores de seu sustento.

Apesar da trégua, que entrou em vigor em 19 de janeiro, ‘a pesca está proibida na costa e a Marinha israelense atira em quem deixa a área do porto.

"A pesca é difícil. Se sairmos fora da bacia do porto, os barcos israelenses atiraram. Esse é um problema com o qual sofremos muito. Quando vamos pescar, saímos de manhã cedo, mas os judeus não poupam ninguém na água, então é muito difícil estar nos barcos de pesca. Eles feriram muitas pessoas. Alguns pescadores que foram feridos levaram dois, cinco ou seis dias para se recuperar antes de voltarem ao mar”, afirma Khaled Habib.

A pesca é uma importante fonte de alimento e renda para os 4.000 pescadores profissionais da Faixa de Gaza, uma área que sempre foi rica em recursos pesqueiros.

Volume de pesca reduziu drasticamente desde o início da guerra A man prepares bait paste as Palestinian men use the door of a refrigerator as a makeshift rowing boat to catch fish at the port of Gaza City on March 9, 2025. Israeli bombardment over more than 15 months of war between Israel and Hamas has destroyed most of the boats in the harbour, wrecking the fishermen's means of making a living. (Photo by BASHAR TALEB / AFP) | Foto: BASHAR TALEB / AFP / CP

Segundo a ONU, o volume médio da pesca diária em Gaza caiu desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023. Atualmente, se pesca 7,3% do que se pescava em 2022.

"Hoje nossa situação é muito difícil e estamos lutando para pescar. Não há mais barcos, todos foram destruídos. As pessoas sofrem muito. A pesca não é mais como costumava ser, especialmente para os pescadores e aqueles que tinham grandes barcos de pesca. Os judeus não deixaram nada, eles destruíram todos os barcos de pesca."

Habib divide o que pesca em dois sacos plásticos para vender parte no mercado do porto, onde os produtos pesqueiros são muito caros. Assim como ele, outros pescadores palestinos mostram resiliência diariamente, e muitos copiaram sua invenção para manter o sustento tão caro em tempos de guerra!

AFP e Correio do Povo