Xuxa enfim aparece para falar sobre o RS e toma desmoralizante ‘esfregão’ de Nego Di; veja o vídeo

 


Desde que as enchentes devastadoras atingiram o Rio Grande do Sul, um silêncio ensurdecedor envolveu a figura pública icônica, Xuxa. Conhecida por sua imagem de lutadora incansável na defesa dos fracos e oprimidos, sua ausência em momentos de crise levantou questionamentos sobre sua verdadeira solidariedade.

Enquanto comunidades lutavam para se reerguer após a tragédia, a aparente invisibilidade de Xuxa alimentava especulações e críticas. A gaúcha, que sempre foi um símbolo de força e determinação, parecia ter se esquivado do clamor por ajuda e apoio.

Porém, como num passe de mágica, Xuxa ressurge das cinzas, reaparecendo no cenário público. Sua volta repentina desperta uma mistura de surpresa e desconfiança, especialmente entre aqueles que acreditavam em seu compromisso com as causas humanitárias.

Nesse contexto, o comediante Nego Di, que se destacou desde o início da tragédia por sua incansável luta para salvar vidas, expressou indignação nas redes sociais em relação ao que ele percebe como oportunismo por parte de Xuxa. Em um vídeo compartilhado amplamente, Nego Di critica o comportamento da artista diante da crise, questionando sua autenticidade e comprometimento com a causa.

A reação de Nego Di desencadeou um debate acalorado sobre a responsabilidade das figuras públicas em momentos de crise e a necessidade de coerência entre discurso e ação. Enquanto alguns apoiavam suas críticas, outros defendiam Xuxa, argumentando que sua ausência inicial poderia ter sido motivada por razões pessoais ou logísticas.

No entanto, a controvérsia em torno do comportamento de Xuxa não se limitou apenas às redes sociais. Muitos meios de comunicação também abordaram o assunto, ampliando o alcance do debate e colocando a questão da responsabilidade social das celebridades sob os holofotes.

Enquanto isso, a própria Xuxa permaneceu em grande parte em silêncio, evitando comentar diretamente as acusações e críticas dirigidas a ela. Sua postura reservada apenas alimentou ainda mais as especulações e a discussão em torno de seu envolvimento ou falta dele na resposta à tragédia.

À medida que a poeira da controvérsia começou a baixar, surgiram novas perguntas sobre o papel das celebridades em situações de crise e a importância da transparência e da responsabilidade em suas ações. A lição aprendida com esse episódio pode servir como um lembrete para todos nós sobre a necessidade de agir com empatia e solidariedade em momentos de necessidade, independentemente do nosso status ou posição na sociedade.

Agora Notícias

Arroio Dilúvio - 26/05/2024, em Porto Alegre

 


Obra da ponte em Jaguarão para ligar Brasil ao Uruguai começa em agosto

 Ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que vai reforçar as obras do novo PAC no Rio Grande do Sul


O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que vai reforçar as obras do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Estado do Rio Grande do Sul. Ele pontuou que uma obra será realizada é a construção de uma ponte ligando o Brasil ao Uruguai.

"A obra da ponte em Jaguarão município no extremo sul do Estado gaúcho vai ser iniciada em agosto deste ano. Vai ser uma obra fundamental para o desenvolvimento do Brasil", disse Renan Filho em evento na região de Guarulhos. Renan Filho participa no sábado,25, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da inauguração de obras viárias na Rodovia Presidente Dutra.

No evento, além de Lula e Renan, estão presentes os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e os deputados federais Alencar Santana Braga (PT-SP), pré-candidato a prefeito de Guarulhos, e Jilmar Tatto (PT-SP).


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Número de óbitos na enchente chega a 166 no Rio Grande do Sul

 O número de desaparecidos reduziu de 64 para 61

São 469 município afetados, com 77.639 mil pessoas resgatadas pelas forças de segurança do Estado 

No início da noite deste sábado, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou o relatório sobre as ações de resgate nas localidades atingidas. O número de óbitos aumentou para 166. Já o número de desaparecidos reduziu de 64 para 61.

São 469 município afetados, com 77.639 mil pessoas resgatadas pelas forças de segurança do Estado e um total de animais resgatados 12.497.

Correio do Povo

Tragédia abre janela para novos migrantes

 Estabelecimentos de Santa Catarina, motivados pela oferta postada nas redes sociais da Granja Suruvi, de Concórdia, estão selecionando trabalhadores rurais com experiência no trato com animais que tenham perdido tudo na enchente

Empreendimento no município de Concórdia (SC) trabalha com produção de material genético 

Em tempos de catástrofe e de perdas que desmontaram histórias de vida, a simples oferta de uma xícara de café já é um alento. Imagine para um agricultor, que viu se esvair pela água patrimônio e ganha-pão, deparar-se com o seguinte recado: “Daremos a oportunidade de começarem uma nova vida aqui (...). Vamos buscá-los, daremos uma casa com tudo dentro, alimentos e também emprego (...)”.

O convite circulou em redes sociais na semana passada e despertou o interesse de centenas de gaúchos flagelados pela catástrofe climática. O anúncio foi postado em uma rede social pela Granja Suruvi, de Concórdia, em Santa Catarina, e replicado pelo humorista Badin, personagem criado por Eduardo Christ, gaúcho de 32 anos que é fenômeno na internet. A repercussão a partir do personagem foi imediata.

“Tivemos milhares de mensagens, muitas pessoas parabenizando, muitas pessoas pedindo ajuda, algumas pessoas e empresas se espelhando na ideia, reais interessados”, conta Ellen Lusa, filha do proprietário da Granja Suruvi, Clair Antônio Lusa.

A propriedade se situa no oeste catarinense, onde Concórdia é um destacado produtor de suínos e aves. O município foi berço da Sadia, fundada em 1944 por Atílio Fontana, um gaúcho de Santa Maria que, além de desbravar com seu empreendedorismo, atuou na política, chegando aos cargos de senador e vice-governador de Santa Catarina.

Atualmente, a marca Sadia faz parte da BRF, criada pela fusão com a Perdigão. Concórdia também é a sede da Embrapa Suínos e Aves e conta com um dos maiores rebanhos do Brasil, sendo o primeiro do seu Estado, maior exportador de carne suína do país, embarcando 109,6 mil toneladas no primeiro bimestre de 2024, aumento de 18,2% em relação ao ano anterior, conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O desenvolvimento de Concórdia contou com a força de gaúchos ao longo das últimas décadas. Esta semana, a prefeitura anunciou a adoção do município de Doutor Ricardo, no Vale do Taquari, para auxiliar na reconstrução, e contabilizava o envio de 26 carretas ao Rio Grande do Sul com doações recolhidas em campanha na cidade. A pujança econômica do município tem atraído migrantes brasileiros e estrangeiros nos últimos anos. E a catástrofe climática que arrasou a produção no Rio Grande do Sul pode encorajar uma nova leva de gaúchos desalentados a buscar novas oportunidades.

Parte das pessoas atraídas pela iniciativa da Granja Suruvi nunca teve contato com as lidas rurais ou produção pecuária. Depois da avalanche de interessados, Ellen Lusa passou a fazer uma triagem dos contatos, para analisar a aptidão. Em meio à ansiedade e ao desamparo, acabou também oferecendo apoio emocional. “É muito difícil encontrar pessoas que realmente se dediquem ao trabalho integral com os animais na granja. Nossa busca é por pessoas que realmente possam ter desistido de tudo, menos de lutar”, diz.

Retrato do cotidiano: Ellen Lusa demonstra cuidado e amor aos animais Retrato do cotidiano: Ellen Lusa demonstra cuidado e amor aos animais | Foto: Granja Suruvi Divulgação/CP

A Granja Suruvi tem 65 anos de tradição na suinocultura e atua com a produção de material genético, em forma independente, em Santa Catarina e São Paulo. “Já vencemos muitas crises, já vimos muitas granjas fechando, reais situações de desespero”, conta Ellen. “E, hoje, finalmente entendemos o real motivo de ainda estarmos aqui. Deus tem tocado em nosso coração com essa ideia. Vai ser difícil entrar as famílias certas em meio a tantas pessoas passando por todo este caos. Porém, sabemos que podemos servir de exemplo para outras, não somente propriedades rurais, mas empresas”, completa.

Durante a semana, a família Lusa dialogou com interessados, para conhecer suas histórias. Os concordienses esperam selecionar uma família em que duas pessoas, geralmente o casal, abrace a oportunidade e se comprometa a trabalhar. Nos contatos, Ellen busca saber se eles têm experiência no trato de animais e na vida do interior. A ação motivou outros granjeiros do município a manifestarem vontade de propiciar um novo caminho aos gaúchos.

O produtor Rodrigo Pradella procurou o Correio do Povo depois de conversar com Clair Lusa. “Já tínhamos pensado na semana passada em contatar alguém da região afetada para conseguir gente para trabalhar”, declarou. “Não queremos nos aproveitar, mas dar emprego e lugar para morar”, esclareceu. Pradella diz que pode abrigar um casal em sua propriedade, preferencialmente que tenha experiência e conheça a rotina da produção. Ele pode ser encontrado pelo whatsapp (49) 99914-2290.

O produtor Anselmo Lodea também oferece vagas em sua propriedade. “Procuramos um casal para cuidar de uma creche com 7,5 mil leitões ou até três trabalhadores. A gente assina a carteira e paga mais comissão”, disse Lodea. Seu contato é o (49) 99912-9591.

Para o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, a oferta dos criadores catarinenses é natural, assim como a migração em busca de melhores perspectivas. “Quem perdeu tudo e não tem mais opção, ficou na mão, com certeza deve pegar a oportunidade se aparecer”, analisou. “A quantidade de pessoas que podem migrar a gente não sabe, mas existe a possibilidade, sim”, disse.

Correio do Povo

Desafio é criar ambiente menos hostil para a produção brasileira

 Apenas nos sete primeiros meses do ano passado, o Brasil importou 3,3 bilhões de itens com um preço médio de US$ 50

A substituição de produtos brasileiros por importados afetou de forma negativa a produção da indústria de transformação em 2023, aponta uma análise da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apenas nos sete primeiros meses do ano passado, o Brasil importou 3,3 bilhões de itens com um preço médio de US$ 50, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A China é o principal país de origem dessas importações, com quase 40% do total.

Embora tenha havido aumento na demanda por bens de consumo, em 2023, empresários industriais registraram queda na produção. Isso porque, segundo o levantamento da CNI, essa demanda não foi direcionada para a indústria brasileira. 'Consumidores têm comprado mais produtos importados por conta do preço, mais barato que o dos itens produzidos pela indústria nacional', diz a confederação.

Dados da Receita Federal mostram que as compras em e-commerces internacionais continuaram a todo vapor este ano. Apenas em janeiro, o valor declarado dessas compras chegou a R$ 943 milhões. Ao mesmo tempo, segundo a Sondagem Industrial da CNI, as queixas de competição desleal, um dos principais problemas enfrentados pela indústria, cresceram de 16,3% para 20%. Já as de competição com importados aumentaram de 6,1% para 11,6%, na transição de 2022 para 2023.

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Rafael Lucchesi, é impossível competir em um ambiente tão hostil. 'As taxas de juros elevadas e o sistema tributário impõem uma série de custos para a produção nacional, seja para os insumos ou para o bem final, seja na hora de procurar investir ou inovar. E mais: a base industrial também está insatisfeita com a falta de fiscalização e a prática de dumping. Não são questões recentes, mas estão cada vez mais intensas e prejudiciais para a indústria brasileira', afirma.

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE e o indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais mostram que as vendas no comércio varejista e a demanda por bens de consumo cresceram em 2023. Segundo Lucchesi, a demanda interna insuficiente, apontada como um dos problemas enfrentados pela indústria em 2023, não pode ser justificada por uma queda no consumo dos brasileiros, mas pela dificuldade de concorrer com os produtos importados.

Tributação desigual é foco de insatisfação

Outra demanda da confederação é a reversão da desigualdade na tributação entre a produção nacional e as importações de até US$ 50, via plataformas internacionais de comércio eletrônico. Conforme a instituição, pagando em média 45% de impostos federais embutidos nos preços, fica impossível para a indústria e o comércio nacionais concorrerem com os produtos importados, que pagam muito menos.

A discussão em torno do imposto de importação para compras em sites internacionais, como Shein e AliExpress, está na Câmara dos Deputados. Segundo a CNI, o setor produtivo apoia fortemente que a faixa de isenção para o varejo internacional seja revista. Caso o projeto passe pela Câmara, terá de ser aprovado pelo Senado. Interessado no aumento da arrecadação, o governo federal chegou a apoiar a revisão no imposto, mas voltou atrás por causa do impacto político.

A CNI considera equivocado dizer que a correção dessa distorção vai prejudicar a população brasileira. 'As mesmas pessoas que hoje compram produtos importados com menos tributação podem ser os desempregados de amanhã, quando as indústrias e o comércio em que trabalham fecharem. Vale ressaltar que as pequenas e médias empresas são as que mais empregam e as primeiras que fecham', disse a confederação, por meio de assessoria de imprensa.

A alíquota de ICMS sobre os importados de até US$ 50 é de 17%; já os produtos nacionais têm ICMS de 21%. Esse porcentual, no entanto, não garante a isonomia, conforme a confederação da indústria. 'Seria preciso instituir um imposto de importação de, no mínimo, 40% para a equalização do custo tributário federal sobre os nossos produtos feitos no Brasil.'

Em 2023, em cinco meses, os Estados arrecadaram R$ 632 milhões com a tributação do ICMS nesses produtos. Com a inclusão do imposto de importação e o aumento do ICMS, a arrecadação sobre essas importações deve superar R$ 5 bilhões por ano. Além da CNI, a CNC e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apoiam o fim da isenção. O projeto está para ser votado no Congresso.

'A indústria tem de levantar a cabeça', diz Mercadante

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse que o setor industrial brasileiro precisa reagir ao protecionismo praticado atualmente por outros países, inclusive os mais desenvolvidos.

'A indústria tem que levantar a cabeça e tem de se defender', comentou. 'O que estamos vendo é um protecionismo crescente, inclusive dos países mais industrializados.'

Mercadante lembrou que quando o governo brasileiro decidiu taxar os carros elétricos importados 'foi uma gritaria'. No entanto, disse ele, os Estados Unidos já anunciaram uma taxação de 100% para os veículos chineses importados do país.

No caso do Brasil, afirmou Mercadante, a decisão pela taxação foi sucedida por um anúncio da indústria chinesa de fazer investimentos para produzir carros elétricos em território brasileiro. Ele destacou que o mesmo ocorreu com a indústria do aço, que anunciou investimentos de R$ 100 bilhões.

O presidente do banco de fomento defendeu também a entrada do Brasil no desenvolvimento e produção de combustível renovável para a navegação. 'Esse mercado é gigantesco.'


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Arroio Dilúvio - 25/05/2024, em Porto Alegre

 


Funcionamento das lojas após as enchentes é objeto de pesquisa de entidade lojista

 Dados obtidos demonstram que a maioria das lojas está voltando aos poucos

Pelo menos 26,4% negócios estão com suas atividades em funcionamento parcial 

O Núcleo de Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre realizou uma pesquisa com lojistas associados à entidade para obter informações quanto ao funcionamento das lojas e se as mesmas têm condição de realizar vendas em seus negócios.

Neste levantamento sobre se a loja está ou não funcionando, cerca de 53% responderam que sim, estão funcionando normalmente. Os negócios que estão com suas atividades em funcionamento parcial, somam 26,4%. Já àqueles que citaram na pesquisa que ainda não conseguiram abrir suas lojas ficaram em 20,2%.

Na pergunta sobre a condição de neste momento a loja efetuar vendas, 79,8% disseram que sim. Os que responderam que não, somam 20,2%, e são divididos em dois motivos.

• Não vendem no momento devido ao alagamento: 14,8%.
• Não vendem no momento por falta de água e/ou luz: 5,4%.

Com esses dados obtidos, Arcione Piva, presidente do Sindilojas POA enxerga, apesar do momento difícil, que aos poucos o setor varejista vai mostrar a sua força e resiliência. “O segmento do comércio vive de pequenas vitórias no dia a dia. E isso está acontecendo. Lojas reabrindo, estimando suas perdas, e infelizmente são muitas, mas trabalhando para reconstruir um comércio pujante. Essa é a nossa vontade e o nosso trabalho”, resumiu.

Correio do Povo

“Esta semana fiquei nervoso porque vi o preço do arroz muito caro no supermercado”, diz Lula

 Presidente citou a decisão do governo de destinar R$ 6,7 bilhões para a importação do produto



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no sábado, 25, que ficou "nervoso" e "um pouco irritado" esta semana por conta do preço do arroz no supermercado. O petista citou a decisão do governo de destinar R$ 6,7 bilhões para a importação do produto, que será comprado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

"Esta semana fiquei meio nervoso porque vi o preço do arroz muito caro no supermercado. Esta semana eu fiquei um pouco irritado porque o preço do arroz, o pacote de 5 kg, em um supermercado, estava R$ 36, no outro estava R$ 33", declarou Lula, durante inauguração de obras viárias na rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos (SP).

"Eu chamei o Paulo Teixeira, que é ministro do Desenvolvimento Agrário, chamei a Conab, que é a nossa companhia de abastecimento, chamei o ministro Fávaro, da Agricultura, e decidimos: arroz e feijão é uma coisa que nós, brasileiros, não sabemos e não queremos abrir mão. Por isso, eles têm que estar no preço que o povo mais humilde e trabalhador possa comprar", emendou. "Tomamos a decisão de importar um milhão de toneladas de arroz para que a gente possa equilibrar o preço do arroz neste País."

O chefe do Palácio do Planalto disse que o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, assinou uma redução de impostos que eram cobrados da importação de arroz. O governo editou duas medidas provisórias (MPs) sobre a importação de arroz como parte do conjunto de medidas para enfrentar as consequências do desastre climático no Rio Grande do Sul.

Lula foi ao evento acompanhado de Alckmin, dos ministros Renan Filho (Transportes), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e dos deputados federais Alencar Santana Braga (PT-SP), pré-candidato a prefeito de Guarulhos, e Jilmar Tatto (PT-SP).

Alencar discursou em tom de campanha. "O senhor é o presidente que mais veio à cidade de Guarulhos", afirmou, ao citar Lula. "Isso é compromisso com o nosso povo", emendou. Renan Filho, por sua vez, exaltou o pré-candidato petista. "Alencar tem sido um guerreiro dessa obra, do governo do presidente Lula e do crescimento da cidade de Guarulhos", disse o ministro.

Lula também adotou tom de campanha e disse que seu governo já aumentou duas vezes o salário mínimo. "Em apenas um ano, em 2023, a gente investiu mais em rodovias do que o outro governo investiu em quatro anos", declarou, ao mencionar as obras, em citação indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O petista também afirmou que vai investir em educação para não ter que gastar com "cadeias" depois.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

“Se tiver gosto de álcool, até que é bom”, diz Lula sobre o bagaço de cana-de-açúcar

 Presidente esteve na cerimônia de inauguração da planta de etanol de segunda geração da Raízen


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse na tarde desta sexta-feira, 24, que se o bagaço da cana tiver um "gostinho de álcool, até que é bom". A fala foi dita em um evento em Guariba (SP), na cerimônia de inauguração da planta de etanol de segunda geração da Raízen.

"Vou visitar um monte de bagaço, que antes era jogado fora. Um pouquinho daquele bagaço era utilizado para misturar na ração animal. Nem sei se a vaca gostava daquilo, mas eu sei que misturava. Eu não pus boca, não sei se é bom. Se tiver um gostinho de álcool, até que é bom", diz.

O discurso de Lula se refere ao ciclo da cana-de-açúcar. Atualmente, essa planta gera produtos como cachaça, álcool e açúcar. O bagaço, que antes era descartado, é utilizado como biomassa para gerar energia.

O presidente da República enfatiza que antes o bagaço era usado para outra fins por falta de conhecimento, como combustível para queimas em plantações para afastar animais peçonhentos, por exemplo. Foi a partir da cana que, durante a crise do petróleo na década de 70, foi possível retirar o Proálcool.

"Eu fico percebendo que a nossa engenharia, que os nossos pesquisadores, conseguiram fazer o que nenhum país do mundo que pensa que são melhor do que nós fizeram. A gente consegue transformar aquele bagaço numa coisa que produz o Etanol de muito melhor qualidade do que o Etanol que produzíamos antes, que é o Etanol de segunda geração", explica.

Ele ainda questiona "qual é o país que tem isso?", argumentando que as outras nações possuem outras "coisas" que possivelmente não tenha no Brasil, mas que é necessário valorizar o que há em território nacional.

Lula também pontua a necessidade da transição energética mundial, argumentando que o Brasil tem potencial para estar a frente da causa.

"A natureza está se manifestando em vários países e o aquecimento global é uma verdade. E qual é o país que tem a possibilidade de descarbonizar o planeta do que nós?, diz.

Raízen inaugura fábrica que produz etanol de segunda geração

Com investimento de R$ 1,2 bilhão e a capacidade de 82 milhões de litros de por ano, a fábrica inaugurada nesta sexta-feira avança na produção de etanol de segunda geração, que é feito com os resíduos da fabricação do etanol comum, o chamado de primeira geração.

Localizada no Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba (SP), a usina conta com 80% da capacidade produtiva já contratada.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo