Sol volta a aparecer em domingo gelado no RS

 Algumas cidades devem ter temperatura negativa

Sol volta a aparecer em domingo gelado no RS 

O domingo começa gelado no Rio Grande do Sul com temperaturas de um dígito por quase todo o Estado e ao redor de 0ºC ou negativas em pontos da Campanha, fronteira com o Uruguai e Aparados da Serra. Pode gear em várias cidades.

Já a tarde será fria a amena, conforme a cidade. O sol aparece com nuvens no estado, mas com momentos de maior nebulosidade em parte do Estado. Na faixa Leste, alguns poucos locais podem ter até precipitação fraca passageira.

Correio do Povo

Vídeo: veja momento em que mala que gerou falsa ameaça de bomba é deixada no Bom Fim

 Bombeiros e BOPE atenderam ocorrência na tarde desta sexta-feira


Uma falsa ameaça de bomba gerou trabalho aos bombeiros e ao BOPE na tarde desta sexta-feira em Porto Alegre. A ação ocorreu na rua General João Telles. Apesar do susto, a mala estava vazia.

O caso foi registrado às 15h51 após uma mala desconhecida ser identificada em frente à Federação Israelita do Rio Grande do Sul - FIRS, conforme confirmou a própria entidade. Próximo, também está situada a Sociedade Italiana do RS. O FIRS estava desocupado no momento da ocorrência.

Confira o vídeo:


Correio do Povo

Bombas cedidas por arrozeiros ajudam na drenagem da água acumulada na região do Aeroporto Salgado Filho

 Parceria liderada pela Federarroz traz a Porto Alegre equipamentos e profissionais especializados



No esforço para tentar drenar a água acumulada na área do Aeroporto Internacional Salgado Filho, uma inciativa liderada por empresários do setor arrozeiro traz a Porto Alegre 10 bombas de alta capacidade.

Os primeiros sete equipamentos foram encaminhados à capital gaúcha no início da semana, pela indústria Agrimec, de Santa Maria. As bombas, originalmente utilizadas na irrigação de lavouras, são do modelo BCI 500 e de acordo com a empresa, operam acopladas a tratores.

Ao menos dois equipamentos já estão em operação no entorno da Estação Bombeamento de Água Tratada (Embap) 6 do Departamento Municipal de Água e Esgotos de Porto (DMAE), que atende a região do bairro Anchieta, – uma com capacidade de sugar 500 litros por segundo e outra que alcança 800 litros por segundo. O objetivo é drenar a água do pátio da estação em até dois dias, permitindo que ela possa ser reativada.

A ação foi alinhada pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e diretores do DMAE, em reunião ocorrida na segunda-feira. A solução em prática em Porto Alegre conta com o apoio do Instituto Caldeira e pode ser estendida a Novo Hamburgo e Canoas, municípios da região Metropolitana.

De acordo com a Federarroz, a experiência na área de irrigação permite que o setor oferte máquinas, insumos e pessoal qualificado para ajudar no reestabelecimento das moradias e dos negócios das áreas afetadas pelas enchentes. A entidade convida outros empresários do setor a disponibilizarem bombas e mão de obra especializada para reforçar a ação humanitária. Interessados devem entrar em contato com a federação por meio do WhatsApp (51) 98065-4000 ou e-mail federarroz@federarroz.com.br.

Correio do Povo

Manada portoalegrense protesta contra o prefeito Sebastião Melo

 É impressionante como é fácil manipular os marionetes do socialismo. Essa gentalha está sendo induzida a protestar conra o prefeito Sebastião Melo, já que é ano eleitoral e ele é o favorito para ganhar a eleição em Porto Alegre. A manada é influenciada pela Globo, pelo grupelho de mídia gaúcho e pelo PT.

As águas de vários rios deságuam no rio Guaíba, mas não foi o Melo que proibiu o desassoreamento de rios. Lembre-se que o PT, o grupelho de mídia e o judiciário sempre foram contra o desassoreamento do rio Guaíba e de outros rios da região. Lembram que o grupelho de mídia e o PT defendiam a derrubada do Muro da Mauá? Imagine só que tragédia teria sido caso tal atitude tivesse sido tomada? O PT ficou 16 anos dentro da Prefeitura de Porto Alegre, com a cumplicidade da maior parte dos portoalegrenses. O que o PT fez de bom nos 16 anos que ficou no poder? Desassoreou o rio Guaíba? Fez manutenção nas comportas? Nada! A única coisa que o PT fez foi quebrar a prefeitura e colocá-la no CADIN. O Fogaça quando assumiu é que tirou a prefeitura dessa condição vexatória.
Por que a manada não ataca o prefeito de São Leopoldo? Lá a tragédia foi maior e com várias mortes. Só porque ele é do PT? E o prefeito de Canoas? A cidade onde mais teve mortes é comandada por um ex-petista. Por quë o silêncio?
E agora a manada, manipulada pelo PT, pela Globo e pelo grupelho de mídia quer protestar contra o prefeito Sebastião Melo como se ele fosse o responsável pela maior enchente da história do Rio Grande do Sul.
Deixem de ser otários, se informem mais para não passarem vergonha!



Moradores de Porto Alegre fazem panelaço em protesto contra o prefeito Sebastião Melo

 Com pedidos de “Fora Melo”, ação ocorreu por volta das 20h em diversos bairros

Com panelaço e gritos de “Fora Melo”, moradores da região central de Porto Alegre protestaram contra o prefeito da Capital na noite desta sexta-feira. Por volta das 20h ocorreu a manifestação orquestrada pelas redes sociais.

Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram a manifestação, principalmente, no Centro Histórico e na região central da cidade. O prefeito Sebastião Melo tem sofrido uma série de críticas nos últimos dias, por conta da condução da crise causada pelas enchentes.

Na quinta-feira, um pedido de impeachment contra o prefeito chegou a ser protocolado pela União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa) na Câmara de Vereadores. O documento critica a gestão municipal durante a crise das enchentes na Capital e as falhas dos sistemas de bombeamento e drenagem da cidade.

O pedido foi recebido pelo presidente da Câmara, Mauro Pinheiro (PL), que deverá apresentá-lo em sessão plenária na próxima segunda-feira.

Em entrevista à Rádio Guaíba nesta sexta-feira, o prefeito falou sobre o tema. “Eu não vou entrar nesta narrativa de eleições. Toda e qualquer decisão que tomamos recebe alguma desaprovação. Não vou entrar nessa narrativa de eleições. Eu tenho uma boa relação com o ministro Paulo Pimenta, mas o time dele daqui faz o contrário. Eu não vou entrar neste processo. Eu vou informar a sociedade sobre o que está acontecendo. O tempo que tenho na prefeitura é para cuidar da cidade”, disse.



Correio do Povo

Energia verde será priorizada para o mercado interno, diz Lula

 Declaração durante visita ao Parque de Bioenergia Bonfim, em São Paulo



A energia verde produzida no país será prioritariamente destinada ao mercado interno, de forma a gerar emprego, renda e riquezas para a população, disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira, durante visita ao Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba, São Paulo. Lula reiterou que ninguém consegue competir com o Brasil em termos de políticas voltadas a combustíveis renováveis e energia limpa.

“É preciso que o mundo compreenda que esse país não é um país pequeno. É um país grande, com boa base intelectual e pesquisadores com capacidade extraordinária de fazer qualquer coisa que outros países fazem. Mas eles têm de entender que a gente não vai ficar produzindo hidrogênio verde só para exportar para eles”, destacou o presidente.

“Se quiserem, que venham utilizar energia verde aqui, trazendo emprego e desenvolvimento para cá. Que venham produzir as máquinas deles aqui. Não adianta querer produzir aço verde na China ou na Alemanha. Venham produzir aqui”, acrescentou ao afirmar que será garota propaganda da energia verde brasileira nos futuros encontros com chefes de Estado e empresários.

As declarações foram feitas durante visita à nova planta de produção de etanol de segunda geração do Parque de Bioenergia Bonfim. A unidade administrada pela empresa Raízen é considerada a maior do mundo. Com R$ 1,2 bilhão em investimentos, ela tem potencial para produzir 82 milhões de litros de etanol por ano. Dos mais de 2,5 mil funcionários do parque, 230 estão lotados na nova unidade.

Etanol de segunda geração

O etanol de segunda geração se diferencia por usar o bagaço que sobra da produção de açúcar e de etanol comum. O reaproveitamento desse material é associado a outros ingredientes e resíduos, como palha, o que pode chegar a aumentar em até 50% a produção, sem aumento de área plantada.

Além disso, reduz em até 30% a emissão de gases de efeito estufa. “Cerca de 70% dos equipamentos para o processo de transformação do E2G [etanol de segunda geração] são produzidos no Brasil. A pegada de carbono é 80% menor que a gasolina comum”, informou, em nota, o Palácio do Planalto.

“O mundo vai ter de entender que o Brasil é o país que mais pode ofertar [energia verde] e que, em termos de política de combustível renovável e de energia limpa, ninguém consegue competir com o Brasil”, disse Lula. “E, aqui em Guariba, vejo que aquele monte de bagaço de cana é capaz de produzir um combustível extraordinário que custa, no mercado exterior, o dobro do que custa o etanol. Eu fico me perguntando: o que este país está esperando para ofertar isso ao mundo?”, acrescentou o presidente.

Otimismo similar foi manifestado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. “Como não ser otimista, podendo participar desse momento da história, nessas áreas estratégicas, onde o Brasil lidera por suas peculiaridades e pelas suas potencialidades naturais?”, disse Silveira ao lembrar que o país lidera a transição energética global, com 88% de sua energia sendo gerada a partir de fontes limpas e renováveis, além de possuir 11% de toda água doce do planeta, clima tropical e terra fértil.

“A grande força do Brasil é sua pluralidade energética. Temos de combater a desigualdade com essa pluralidade. É fundamental transformarmos isso em emprego e renda de qualidade, em combate a desigualdade e em oportunidades. Vamos fazer isso industrializando o Brasil”, destacou.

Agência Brasil e Correio do Povo

Estudo aponta que quase dois terços dos eventos turísticos no RS foram impactados pela enchente

 Levantamento da Setur e UCS mostra que 73% dos atrativos privados e 55% das atrações públicas tiveram danos relacionados a tormenta



Um estudo da Secretaria Estadual do Turismo (Setur) e da Universidade de Caxias do Sul (UCS) apontou que 65,6% dos eventos turísticos no Rio Grande do Sul foram afetados de alguma forma devido às enchentes. O levantamento foi direcionado a gestores municipais da área de Turismo, em aproximadamente 45%, ou 227 dos 497 municípios gaúchos. Os dados, divulgados nesta sexta-feira, apontaram ainda que houve danos a, pelo menos, 73,1% dos atrativos privados e 55,5% das atrações públicas gaúchas.

71,2% dos entrevistados apontaram danos em vias de circulação de visitantes e 41,4% em hotéis. Para cada resposta, o gestor deveria atribuir ainda o grau de relevância do impacto, de 0 a 10. Mais da metade, 50,5%, atribuiu qualificações de 8 a 10. “Precisamos mapear e realizar esse diagnóstico do impacto no setor turístico para conhecermos a dimensão do nosso desafio. É com os resultados dessa pesquisa que poderemos conhecer melhor cada realidade e trabalhar de forma mais assertiva para a reconstrução do turismo no estado”, afirmou o secretário estadual de Turismo em exercício, Luiz Fernando Rodríguez Júnior.

Com os resultados definitivos, a equipe técnica da Setur afirmou que irá trabalhar para construir soluções de auxílio ao setor, em diálogo com os setores público e privado para a retomada e revitalização de atrativos, empreendimentos e infraestruturas básicas. Um segundo estudo também foi conduzido, com empresários do setor turístico privado. Quanto a estas atrações, houve quase 600 respostas, e 81% das empresas do segmento relataram redução ou paralisação das operações, com a maioria dos problemas relacionados a acessos, com 71,4%, ou instalações físicas, com 24,3%.

45,5% dos respondentes informou ter tido restrições nas equipes de trabalho e 88,8% afirmaram ter realizado cancelamentos. Ainda quanto às empresas, 38,4% dos 552 que responderam disseram que ainda não estão em operação, enquanto 42,6% estão com operação reduzida. Somente 19% afirmaram estar com a operação normal.

Correio do Povo

Fraport Brasil começa operação do Terminal ParkShopping Canoas na próxima segunda-feira

 Local servirá como espaço para embarque e desembarque de passageiros da Base Aérea de Canoas



Com o aeroporto de Porto Alegre alagado e sem previsão de retorno, a Fraport Brasil, que administra o Salgado Filho, irá iniciar na próxima segunda-feira a operação de embarque e desembarque de passageiros da Base Aérea de Canoas a partir de um local temporário: o Porto Alegre Airport - Terminal ParkShopping Canoas.

Conforme a empresa, localizado no piso L2 do empreendimento, com acesso pela entrada B (Av. Farroupilha, 4545 – Bairro Marechal. Rondon, Canoas/RS), o local foi organizado com os ambientes necessários para recepcionar os passageiros e iniciar os procedimentos de embarque e desembarque. O Terminal conta com espaço para as companhias aéreas realizarem o processo de check-in, despacho de bagagem e embarque dos passageiros.

De acordo com a Fraport Brasil, ele estará disponível a partir das 6h e fechará conforme programação de decolagem do último voo do dia. Foram instalados equipamentos de raio-X e pórticos detectores de metal, além de ETD (Explosive Detection Trace), para a inspeção de passageiros e bagagens de mão, supervisionado pela Polícia Federal, conforme exige a legislação aeroportuária.

Após estes procedimentos, os passageiros aguardam na sala de embarque para, posteriormente, serem deslocados via terrestre à Base Aérea de Canoas, acompanhados por funcionários da Fraport Brasil e das Empresas Aéreas. O passageiro deverá se apresentar no Terminal ParkShopping 3h antes do seu voo. O processo de embarque se encerrará 1h30 antes voo. Após este período, não será possível ingressar na sala de embarque.

Correio do Povo

Enchente traz prejuízos para o setor editorial e livreiro

 Diversos depósitos e escritórios de editorias em Porto Alegre foram inundados, com perdas de milhares de títulos


Leticia Pasuch*

O setor editorial e livreiro está entre os diversos afetados pela enchente que assolou Porto Alegre nos últimos dias. Depósitos e escritórios ficaram submersos na água por semanas, muitos deles abrigando milhares de títulos, sensíveis à água. A apreensão pela possível perda inestimável foi concomitante entre proprietários e editores. O Clube dos Editores do RS lançou, na segunda-feira, 20, uma campanha de apoio às editoras impactadas no Estado.


O depósito da L&PM Editora, na av. A. J. Renner, no 4º Distrito, ficou inundado por mais de duas semanas. O escritório, que fica na rua Comendador Coruja, também foi afetado. No dia 3 de maio, quando as águas chegaram com força na cidade, a altura da água no local passava de 1 metro, sendo possível acessar apenas de barco. Nesta terça, 21, a equipe conseguiu voltar ao depósito, sem saber o que encontraria, já que existiam 900 mil livros abrigados. Os títulos que estavam ao rés do chão foram levantados previamente.

Depósito da L&PM editora, em Porto Alegre, afetado pela enchente Depósito da L&PM editora, em Porto Alegre, afetado pela enchente | Foto: Ivan Pinheiro Machado / Divulgação / CP

Ivan Pinheiro Machado, fundador e proprietário da editora que já tem 50 anos, relata que as perdas maiores foram nos móveis, e o acervo foi atingido minimamente. Embora seja arejado, a umidade foi tamanha, e ele estima a perda de mil títulos, que caíram das prateleiras com a força da água. No escritório, os estragos foram maiores. No ambiente de trabalho de mais de 40 pessoas, o que deu para salvar foram os computadores. As entregas dos livros foram afetadas. “Não vendemos livros há 20 dias”, lamenta Ivan, que soma mais de 300 pedidos pendentes. As obras são distribuídas e abastecem livrarias de todo o Brasil.

Ivan nunca havia visto a água chegar na av. Farrapos, muito menos invadir Porto Alegre. Chegou a temer morrer no local quando tentava sair. O diretor, apesar de tudo, enxerga o cenário futuro de forma otimista com a preservação do acervo. “O que é material a gente reconstrói”. Para ele, o prejuízo não é nada que não dê para recuperar, e orgulha-se de que a editora é “casca grossa”.


A editora Libretos estima a perda de 12 mil títulos. O depósito, localizado na rua Voluntários da Pátria, alcançou dois metros de água, e o escritório, localizado no bairro Menino Deus, ainda precisou ser evacuado novamente nesta quinta, 23, devido às fortes chuvas. No dia 2 de maio, véspera da chegada da água, Clô Barcellos, fundadora e diretora, elevou os livros da prateleira mais baixa em 50 centímetros. Acreditou que a água não chegaria tão longe. Na sexta, 3, o depósito já estava alagado. Clô acessou o arquivo digital em seu computador, que levou em cima da cabeça no momento de se refugiar da cheia, e contabilizou as obras perdidas. “Para nós, significa um ano de faturamento perdido em dois dias por incompetência administrativa da gestão municipal”, lastima.

O depósito, localizado na rua Voluntários da Pátria, alcançou dois metros de água O depósito alcançou dois metros de água, e ainda precisou ser evacuado novamente nesta quinta, 23, devido às fortes chuvas | Foto: Libretos Editora / Divulgação / CP

Sucessos de vendas que restavam no depósito foram destruídos e terão que ser reimpressos. Um dos destaques do catálogo é o livro “A Enchente de 41”, de Rafael Guimaraens, que recupera a história da inundação da Porto Alegre há 83 anos. Os exemplares também foram afetados. No momento, está em curso a 7ª edição do livro, com previsão de entrega em junho. Clô estima que as perdas representam prejuízo de mais de R$ 350 mil. O momento é de fazer plano de reconstrução e reimpressão.

20 mil exemplares perdidos

A editora Jambô, referência em literatura fantástica e de jogos de RPG, teve um dos seus dois estoques, na rua Almirante Tamandaré, atingidos. Ele havia acabado de ser inaugurado, e estavam começando a transportar os livros, a maioria lançamentos. “A nossa sorte é que a gente não tinha levado tudo”, diz o diretor-geral Guilheme Dei Svaldi. Do depósito afetado, Guilherme estima a perda de, pelo menos, 20 mil exemplares. A perda financeira será grande. “Em termos de preço de mercado, estimo uns 3 milhões”, lamenta.


A primeira vez que a equipe entrou no estoque, Guilherme viu que não tinha mais o que fazer. Foi possível mover alguns livros soltos para o 2° andar do depósito. Outros, porém, estavam em pallets, bases de papelão com livros plastificados, que ficaram à mercê das águas, na torcida que o plástico os protegesse. Apesar da impermeabilidade, o fato dos livros terem ficado muitos dias debaixo d’água fez com que a umidade atravessasse as caixas de papelão, amolecendo-as. O peso fez com que os livros cedessem e espalhassem pelo depósito, mergulhados em 1 metro de água.

Livros da editora Jambô, no 4º Distrito, afeados pela enchente em Porto Alegre Livros da editora Jambô, no 4º Distrito, afeados pela enchente em Porto Alegre | Foto: Karen Soarele / Divulgação / CP

Na terça, 21, a equipe da editora conseguiu voltar ao espaço pela primeira vez, devido ao recuo das águas. O cenário era de tristeza. O piso anteriormente branco estava marrom, e, por ser de cerâmica, quebrou devido ao peso da água. “Eu nunca tinha visto tanta lama na vida”, relata o diretor. Será necessário, primeiramente, fazer uma limpeza rigorosa no espaço, e se desfazendo dos livros atingidos, e uma reforma no piso. Apenas depois haverá como utilizar o estoque novamente. “A gente está no negativo hoje”, diz Guilherme.


A Jambô fez uma campanha na plataforma Catarse para fazer as vendas de um dos livros que seria lançado antes da enchente. O dinheiro será destinado às vitimados das enchentes. A campanha já encerrou, mas as vendas seguem no site jamboeditora.com.br. A entrega dos livros está mais lenta, mas ainda opera.

Vendas interrompidas

Muitas editoras, apesar de não terem sido afetadas diretamente pela enchente, tiveram prejuízos indiretos com as vendas e o deslocamento de títulos. É o caso da Brasa Editora, empresa independente de livros em quadrinhos tocada por Lobo e Samantha Desimon. O casal, que tem o escritório em casa, teve que abandonar o apartamento devido às cheias nas ruas, mas o estoque da editora, localizado em São Paulo, está seguro. Muitos livros estavam sendo impressos para o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) e tiveram a operação comprometida.

A editora estava preparada para inaugurar uma gibiteria na rua José do Patrocínio, na Cidade Baixa. Mas os planos foram interrompidos com a chegada da enchente. A entrega dos livros foi afetada porque o casal não tinha mais como emitir Nota Fiscal. E a produtividade também foi comprometida. “Minha mãe perdeu grande parte das coisas dela na casa dela. Amigos nossos perderam tudo. É uma desgraça generalizada”, relata Lobo.

Os desafios são maiores com editoras independentes. “A nossa saúde financeira é muito frágil, sem ser um grande grupo e um capital grande sustentando. A gente está sempre no fio da navalha”, diz Lobo. A perda dos investimentos que seriam feitos no festival foi enorme. “A gente chegou muito perto de quebrar”, confessa.

A Brasa está recebendo doações por meio da chave PIX eventos@brasaeditora.com.br. Lobo lembra da importância de se comprar de editoras do RS nesse momento. “Vamos começar um movimento para reerguer todo mundo e tentar fazer alguma coisa pelo mercado editorial aqui do Sul”, projeta Lobo.


* Supervisão de Luiz G. Lopes


Correio do Povo

Estudantes manipulados atacam Tarcísio de Freitas

 


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Fonte: https://www.instagram.com/p/C7YFea2tm8_/?e=4f8e941a-1d2c-4848-8cd4-00ad59bccf90&g=5