Mobilização para exercer o fator local a favor

 Na condição de mandante, Grêmio deve contar com cerca de 25 mil torcedores no Couto Pereira pela Libertadores

Grêmio espera bom público no Couto Pereira 

Terá sotaque paranaense a primeira manifestação de carinho que o Grêmio vai receber no primeiro jogo que fará dentro do cenário de mochileiro em que se encontra atualmente. Curiosamente, foi também no Paraná, mais precisamente em Ponta Grossa, no último dia 30, a última vez que a equipe esteve em campo, contra o Operário, na Copa do Brasil. Na semana que vem pela Libertadores, a expectativa é de mais de 25 mil pessoas no Couto Pereira para tentar reforçar o status de “mandante” ao Tricolor, contra o The Strongest.


A mobilização na região começou bem antes da confirmação das duas partidas no estádio do Coritiba (a outra é contra o Estudiantes, dia 8 de junho). Consulados de Grêmio e Inter na cidade se uniram na arrecadação de mantimentos para ajudar os gaúchos logo que as águas começaram a fazer estrago no Estado. Caminhões com roupas, comida e produtos de higiene rumaram para destinos como Alvorada, cidade bastante atingida. Uma ação mais pontual será feita na próxima quarta-feira, data do jogo.


“Foi um sentimento de muita alegria quando recebemos a notícia de que o Grêmio viria jogar aqui. É triste pela situação que passa o Rio Grande do Sul, claro, mas a torcida fará a sua parte”, conta Aloísio Schiavon, conselheiro com trânsito no consulado gremista na capital paranaense há uma década.


Os primeiros ingressos para sócios se esgotaram. Ontem começaram as vendas para o público em geral, o que deve fomentar a procura. Conforme o consulado, cidades da vizinha Santa Catarina como Joinville e Blumenau, assim como outras do interior do Paraná, Cascavel e Guarapuava, sempre se mobilizam para deslocar torcedores para os jogos do Grêmio.


Um aspecto que deve facilitar a presença gremista é a boa relação entre as torcidas, consideradas ‘parceiras’ uma da outra. “Aqui não tem problema o gremista circular ao redor do estádio com a camisa do Grêmio”, garante Schiavon. Há também o fato de que muitos torcedores do próprio Coritiba estão também se organizando não só para apoiar o Grêmio, mas para colaborar nas arrecadações.

Correio do Povo

Confira os motivos para o segundo colapso de Porto Alegre

 O alto volume de chuva, o rio Guaíba acima da cota de alerta e o sistema de drenagem deficiente causam novamente um caos na Capital

Água do Arroio Dilúvio subiu e atingiu pontes 

A população de Porto Alegre tem a impressão que esta vivendo um looping. Além de vias que voltaram a ficar alagadas, outras regiões da Capital foram atingidas pelas águas acumuladas da chuva nesta quinta-feira.

De acordo com a Metsul Meteorologia, o caos presenciado em Porto Alegre é devido a união de três fatores:

O primeiro fator é o alto nível do rio Guaíba, que ultrapassa a cota de cheia com marcas ao redor de 3,20 metros. O segundo está relacionado ao sistema de macrodrenagem, que está cheio de água e acúmulo de lixo, além do não funcionamento total das casas de bombas da Capital. Para finalizar o alto volume de chuva, que alcançou a média do mês de maio em 12 horas, com mais de 100 mm (cem litros de água por metro quadrado).

Os acumulados de chuva nas estações do Instituto Nacional de Meteorologia, até as 15h, eram de 130 mm em Belém Novo e 109 mm no Jardim Botânico. Na rede do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres, o Cemaden, a precipitação até o começo da tarde atingia 107 mm no Cristal, 95 mm no Partenon e 80 mm em Belém Velho.

De acordo com o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss, as equipes estão trabalhando para ampliar o bombeamento das casas de bombas número 12,13 e 16, que atendem as regiões Menino Deus e Cidade Baixa. Esses bairros foram um dos primeiros a registrar efeitos da intensidade da chuva.

A Defesa Civil emitiu alerta, até as 21h, de chuva e vento pontualmente forte com descargas elétricas.

Correio do Povo

Mega-Sena/Concurso 2728 (23/05/24)

 



Fonte: https://www.google.com/search?q=mega+sena&rlz=1C1CHNY_pt-BRBR1021BR1022&oq=mega+sena&aqs=chrome.0.35i39i512i650j35i39j0i131i433i512l5j0i433i512j0i512j0i131i433i512.3118j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

TRE-RJ absolve Cláudio Castro e mantém mandato de governador do Rio de Janeiro

 Placar foi de 4 a 3 contra denúncia de crime eleitoral

Placar foi de 4 a 3 contra denúncia de crime eleitoral 

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) decidiu nesta quinta-feira pela absolvição do governador Cláudio Castro e de outros 12 réus em processo que julgava crimes eleitorais durante o pleito de 2022. O placar foi de 4 a 3 contra a denúncia apresentada pela Procuradoria Eleitoral do Ministério Público Federal e pela coligação A Vida Melhorar, do candidato derrotado Marcelo Freixo. A procuradoria ainda pode recorrer da decisão.

As acusações envolvem supostas contratações irregulares feitas por meio da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para conseguir vantagens na reeleição ao governo do Estado. A chamada “folha de pagamento secreta” envolvia 27 mil cargos temporários na Ceperj e 18 mil na Uerj. Os réus foram investigados por abuso de poder econômico, político, de autoridade e a utilização indevida dos meios de comunicação social.

Além de Cláudio Castro (PL), eram réus o vice-governador Thiago Pampolha (MDB); o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil); os deputados federais Aureo Lídio Ribeiro e Max Rodrigues Lemos; o deputado estadual Leonardo Vieira Mendes; o suplente de deputado federal Gutemberg de Paula Fonseca; o suplente de deputado estadual e secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Chim Rossi; o suplente de deputado federal Marcus Venissius da Silva Barbosa; a secretária estadual de Cultura e Economia Criativa, Danielle Christian Ribeiro Barros; o ex-subsecretário de Habitação da Secretaria Estadual de Infraestrutura Allan Borges Nogueira; o ex-secretário estadual de Trabalho e Renda Patrique Welber Atela de Faria e o ex-presidente da Fundação Ceperj Gabriel Rodrigues Lopes.

Na semana passada, apenas o relator do processo, o desembargador Peterson Barroso Simão, apresentou o voto, que foi favorável à denúncia. Na sequência, o desembargador Marcello Granado pediu vista, ao considerar que era necessário mais tempo para analisar o processo. Foi dele o primeiro voto da sessão de hoje, contrário às denúncias e a favor da absolvição dos réus.

O desembargador defendeu que, apesar de não poder negar a existência de irregularidades, não há provas claras de que elas tenham impactado o resultado das eleições. Portanto, não caberia à justiça eleitoral julgar tais fatos.

“Não estou aqui eximindo o então governador e outros integrantes da sua cúpula política de qualquer responsabilidade relacionada às contratações da Ceperj. Até mesmo porque não é esse o escopo dessa justiça especializada. Mas não vejo evidente ilegalidade na edição do decreto mencionado pela acusação e pelo relator, não sendo possível extrair uma motivação de influenciar o pleito eleitoral de 2022”, disse Granado durante o voto.

Os outros três desembargadores que votaram pela absolvição dos réus foram Gerardo Carnevale Ney da Silva, Fernando Marques de Campos Cabral Filho e Kátia Valverde Junqueira. Dentre os argumentos, houve consenso de que, mesmo com a suposta contratação irregular de quase 30 mil funcionários temporários para fins eleitoreiros, esse montante não teria como influenciar o total de quase cinco milhões de votos recebidos pela chapa de Cláudio Castro nas eleições de 2022. No mesmo sentido, não teriam causado prejuízo ao candidato derrotado, Marcelo Freixo, que teve pouco mais de dois milhões e trezentos mil votos.

Além do relator, votaram pela cassação do mandato e pela inelegibilidade de Cláudio Castro a desembargadora Daniela Bandeira de Freitas e o presidente da Corte, desembargador Henrique Figueira.

“Demonstrada a gravidade dos fatos, a relevância jurídica, e a reprovabilidade da situação, além do benefício eleitoral, me posiciono no sentido de acompanhar o relator no seu voto quanto ao reconhecimento do abuso de poder político e econômico por parte dos investigados”, disse a desembargadora Daniela Freitas durante o voto.

Voto do relator

Na sessão da semana passada, o relator Peterson Barroso Simão votou pela cassação dos mandatos de Cláudio Castro, Thiago Pampolha e Rodrigo Bacellar. Também defendeu a inelegibilidade de Castro, Bacellar, Allan Borges e Gabriel Rodrigues Lopes por oito anos, contados a partir de 2022. Na sessão dessa quinta-feira, ele decidiu alterar um dos votos e absolver Allan Borges.

Também houve voto para que Gabriel Rodrigues Lopes fosse multado no valor de R$ 106 mil. Em relação aos demais réus, Simão votou pela absolvição, por insuficiência de provas.

“As contratações foram realizadas com urgência e sem critérios objetivos. A contraprestação do serviço não foi comprovada. Os órgãos públicos do governo dificultaram e muito o acesso às informações que deveriam ser públicas. Foram contratadas pessoas que não moravam no estado do Rio de Janeiro. E há notícias até de pagamentos para presidiários, funcionários fantasmas e servidores públicos com acumulação de cargo indevido. Tais atitudes comprometeram a legitimidade do pleito de 2022, trazendo natural desequilíbrio entre os candidatos”, disse o relator Peterson Barroso Simão, durante a leitura do voto.

Acusação e defesa

O advogado de acusação Henrique Fagundes Telles trouxe, na semana passada, números de servidores que atuam em outros departamentos do estado para dimensionar o que representava a “folha de pagamento secreta” da Ceperj. Citou o exemplo dos professores da rede pública, que estão contabilizados em 27.665. E acusou o governador de ter desfigurado completamente o órgão para funcionar como uma máquina de campanha eleitoral.

“Tenho absoluta certeza de que as eleições de 2022 e o projeto de reeleger o governador Cláudio Castro foi a verdadeira motivação de se utilizar a Fundação Ceperj. Ela era voltada para dados estatísticos e para a capacitação dos servidores. Isso, até o governador entender que valia colocar ela para ser o braço da sua campanha”, disse o advogado.

A Procuradora Regional Eleitoral Neide Mara Cavalcanti Cardoso de Oliveira disse que a medidas implementadas pela Ceperj não eram atos de gestão, eram atos eleitorais. E afirmou que as investigações indicam que os servidores temporários eram coagidos a participar da campanha irregular, inclusive nas redes sociais, caso contrários eram desligados do cargo.

“A máquina pública foi manejada com evidente desvio de finalidade. A ampliação dos projetos, a forma como foram executados, de modo a beneficiar os investigados, nada justifica uma mudança de rumos assim tão drástica em ano eleitoral”, disse a procuradora. “Nenhum outro candidato teria condições de se valer de algo parecido para fazer frente a investida ilícita do poder governamental da vez. Foi um jogo desleal e desigual”.

À frente da defesa do governador Cláudio Castro, o advogado Eduardo Damian eximiu o político de responsabilidade, por considerar que tanto a diretoria da Ceperj como da Uerj tem autonomia administrativa para executar projetos. E garantiu que o governador pediu uma auditoria imediatamente quando soube das acusações, o que demonstraria boa fé e colaboração.

“Aqui não está se buscando uma responsabilização administrativa, aqui está se buscando anular a vontade de quatro milhões e novecentos mil eleitores. Por conta de contratações que não adentraram no período eleitoral e que não foram feitas pelo governador. Ele determinou a paralisação das contratações no período eleitoral”, disse o advogado.

Agência Brasil e Correio do Povo

Como é o trabalho da Polícia Civil para localizar desaparecidos nas enchentes em Porto Alegre

 Conforme o delegado Mario Souza, todas as pessoas registradas como desaparecidas estão sendo procuradas pela Polícia Civil, que aumentou a equipe e intensificou as buscas



A situação crítica de enchente que o Rio Grande do Sul enfrenta, tem levado muitas famílias a perderem contato com seus entes queridos. Em resposta a essa emergência, a Polícia Civil do Estado intensificou seus esforços para localizar desaparecidos, com um trabalho coordenado e eficaz na busca, que já resultou na localização de 67 pessoas que não haviam sido localizadas e constavam nas listas divulgadas pela Defesa Civil.

Segundo o Delegado responsável pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Mario Souza, em situações normais, o trabalho segue um protocolo rigoroso, que começa com a verificação de informações com familiares e amigos, além de buscas em sistemas policiais e financeiros. “Quando recebemos a informação de um desaparecimento, imediatamente fazemos a verificação com familiares, amigos e pessoas do convívio da pessoa desaparecida. Utilizamos sistemas da polícia, financeiros, imagens de câmeras e outras ferramentas tecnológicas para localizar essa pessoa”, explicou.

Com a crise causada pelas enchentes, que aumentou significativamente o número de desaparecidos, a Polícia Civil precisou de ainda mais mobilização de esforços para seguir estes procolos e chegar ao paradeiro. Para isso, uma das medidas adotadas foi reforçar as equipes. “Desde o início do mês, reforçamos a Delegacia de Desaparecidos de Porto Alegre, aumentando de um para quatro delegados, além de ampliar as equipes de investigadores nas ruas”, afirmou Souza.

O trabalho da Polícia Civil também se beneficia de uma força-tarefa. “Temos apoio de todas as forças de segurança do Estado e organizamos uma força-tarefa que auxilia na formação e depuração da lista de desaparecidos. Hoje, estamos com um alto índice de localização, o que é muito importante para devolver essas pessoas ao convívio de suas famílias”, destacou o Delegado.

Entre os casos mais recorrentes, muitas pessoas foram encontradas em abrigos ou hospitais. “Um exemplo é de uma senhora que estava na rodoviária de Porto Alegre durante a enchente. Seu filho, no Rio de Janeiro, fez um registro de desaparecimento online, o que nos permitiu localizá-la em alguns dias”, relatou Souza.

A Polícia Civil tem enfatizado a importância de registrar rapidamente os desaparecimentos para agilizar as buscas. “É crucial que os familiares registrem o desaparecimento imediatamente. Não há prazo mínimo para fazer a ocorrência e, quanto mais rápido o registro, mais eficaz será a nossa busca”, explicou o delegado.

Souza acrescenta que o objetivo final da Polícia Civil é claro. “Estamos empenhados em localizar todos os desaparecidos. Não podemos garantir que encontraremos todos, mas estamos investigando cada caso com dedicação máxima”, afirmou.

Como registrar um desaparecimento:
DHPP - Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa
FONES:

  • 0800 642 0121
  • (51) 9 8416 7109
  • (51) 9 8444 0606

Também é possível registrar em qualquer Delegacia de Polícia da Polícia Civil ou Delegacia online: www.delegaciaonline.rs.gov.br/dol/.

Correio do Povo

Inter confirma seguro do Beira-Rio, mas ainda não sabe a extensão da cobertura

 Segundo dirigente colorado, próximo jogo no estádio só ocorrerá em um prazo entre 60 e 90 dias. Replantio da grama já começou

Na semana passada, presidente Alessandro Barcellos mostrou estragos no Beira-Rio ao ministro ao ministro extraordinário para a reconstrução do RS, Paulo Pimenta 

O Inter, em conjunto com a BRio, possui um seguro que, em tese, protege todas as áreas do Beira-Rio. Porém, neste momento, devido à complexidade do contrato e do próprio estádio, ainda é impossível saber o alcance da cobertura. Ou seja, qual será a contribuição da seguradora para a reconstrução do estádio. Segundo o próprio clube, serão necessários aproximadamente 35 milhões para a recuperação do CT Parque Gigante e do Beira-Rio.

Neste momento, os técnicos e dirigentes do clube estão debruçados sobre o contrato. “O Beira-Rio tem seguro, que é compartilhado com a BRio. Em conjunto, estamos dando os encaminhamentos necessários”, afirmou o 3º vice-presidente colorado, Victor Grumberg. A empresa, aliás, também deverá arcar com parte (34%) dos valores necessários à reforma do estádio, segundo o contrato assinado pelo clube e a empresa em 2012.

Nesta quinta-feira, o Inter divulgou um balanço da situação atual tanto do CT quanto do Beira-Rio. O estádio segue sem energia elétrica, sem previsão de retorno devido aos danos causados às cinco subestações de energia do complexo, mas o campo já começou a ser reformado com o auxílio de luz artificial, ligada a geradores. Na semana que vem, a grama de inverno, que havia sido plantada poucos dias antes do início das cheias, passará por um replantio. Em tese, dependendo das condições climáticas, em 45 dias o gramado estará apto para os jogos.

O restante do estádio, entretanto, deverá precisar de mais tempo. De acordo com a previsão divulgada pelo próprio clube, o Beira-Rio deverá voltar a sediar uma partida de futebol em um prazo estimado entre 60 e 90 dias. A limpeza deve começar na próxima semana e deve consumir cerca de 20 dias. A água também não foi restabelecida, pois as bombas de abastecimento foram danificadas.

No CT Parque Gigante, os danos são muito maiores. Nos últimos dias, uma equipe de funcionários do clube começou a limpeza do local. Porém, todos os equipamentos que ficaram no local (alguns foram retirados a tempo), inclusive os da academia dos atletas, foram perdidos. Até os uniformes de jogo e treino estocados foram molhados e danificados. De acordo com os dirigentes, os jogadores não devem voltar a treinar no CT antes de um prazo de 120 dias. Ou seja, em outubro.

Correio do Povo

Show de Milei: presidente argentino canta no lançamento de seu livro em Buenos Aires

 Milei adotou um visual de astro do rock durante o lançamento de seu livro no ginásio Luna Park, em Buenos Aires



Com a voz rouca e vestindo uma jaqueta de couro preta, o presidente argentino Javier Milei adotou um visual de astro do rock na noite de quarta-feira, durante o lançamento de seu livro no ginásio Luna Park, em Buenos Aires. "Caros, quis fazer isto porque queria cantar", disse antes de apresentar sua versão de "Panic Show", do trio de rock argentino La Renga.

Em seguida, o presidente e economista ofereceu uma longa aula de Economia baseada em seu 13º livro, "Capitalismo, socialismo y la trampa neoclásica" (Capitalismo, socialismo e a armadilha neoclássica). Em seu discurso, criticou o socialismo, defendeu os monopólios, negou a existência de falhas de mercado e afirmou que o aborto é um "mecanismo para massacrar populações". Durante o evento, muitos dos quase 10 mil espectadores foram saindo, até que metade do ginásio ficou vazio.

"Estou aqui para apoiar Javier em tudo o que ele faz. Gosto das ideias dele, gosto do que ele faz, ele é sincero, é transparente, diz o que pensa", disse Santiago Roldán, de 20 anos, funcionário de um supermercado.

Ritual libertário

O evento teve uma identidade semelhante aos que Milei realiza desde seu início na política em 2021: ele os chama de "shows" e costuma começar cantando, evocando sua juventude, quando liderava uma banda cover dos Rolling Stones. O analista político Carlos Fara disse à AFP que Milei costuma "fazer show" e ressaltou que "sempre alimentará a polarização".

"Há uma lógica de campanha permanente. A comunicação no governo é a mesma comunicação na campanha", avaliou. No dia do lançamento do livro, o dólar paralelo atingiu um novo recorde nominal de 1.280 pesos em uma economia colapsada, com metade da população na pobreza e preços 290% mais altos do que no ano anterior.

Em um contexto de tensão diplomática com a Espanha, que retirou sua embaixadora em Buenos Aires, participantes gritaram contra o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, embora Milei tenha se concentrado apenas em suas lições de teoria macroeconômica.

Ato privado

O lançamento do livro, originalmente marcado para 12 de maio na Feira do Livro de Buenos Aires, foi adiado após divergências entre o governo e a organização do tradicional evento.

No início de sua fala, Milei agradeceu "à Feira do Livro que, com sua tentativa de boicote, nos deu essa festa".

Seu porta-voz, Manuel Adorni, afirmou horas antes que seria "um ato privado financiado por fundos e patrimônio pessoais do presidente". No encerramento do show, após uma conversa entre o presidente, seu porta-voz e o deputado José Luis Espert, Milei se despediu convocando uma "batalha cultural" porque "senão os esquerdistas vão conquistar espaço".

Milei se despediu ao som de "Se viene el estallido" (A explosão está chegando), símbolo do rock de protesto dos anos 1990 que Milei usou na campanha e que diz: "Se viene el estallido, de mi guitarra, de tu gobierno también" (A explosão vem, da minha guitarra, do seu governo também).

Para Fara, manter a lógica da campanha na presidência pode ser um "erro conceitual".

"Quando está tudo bem, essas coisas parecem engraçadas para as pessoas. O problema é que quando os resultados não aparecem na realidade, chega uma hora em que todas as balas acertam de uma só vez".

AFP e Correio do Povo

A festa da esquerda cirandeira com o pedido de impeachment do prefeito Sebastião Melo

 A esquerda cirandeira está fazendo a festa. Só que a esquerda cirandeira esquerce que é responsável pelo que está acontecendo.

Rede de solidariedade: colaboração e espírito comunitário fazem a diferença na recuperação das áreas afetadas pela enchente

 Projetos de fabricação de rodos de limpeza são exemplos de fórmulas simples que ajudam muito

Na marcenaria emergencial são fabricados cerca de 100 rodos de madeira por dia 

Uma solução prática está ajudando as comunidades na limpeza após a enchente que afetou o Rio Grande do Sul: rodos de madeira, utilizados para retirar o lodo dos locais alagados.

Muitos voluntários se engajaram na fabricação dos rodos de madeira para ajudar as comunidades necessitadas. Um exemplo é a campanha realizada pelo grupo de alunos e docentes da Faculdade de Arquitetura da UFRGS que foi um sucesso. Depois da arrecadação de R$ 235 mil via pix, a chave foi desativada, nesta quinta-feira, e os voluntários estão focados na produção de mais de 2 mil unidades para atender as demandas das comunidades. Outras ações também estão previstas para a utilização do valor arrecadado.

Outro exemplo é o caso do empresário Samuel Biron que viu a sua empresa, Sambi Makers, localizada no 4º Distrito, ser atingida pela enchente. Ele calcula um prejuízo de cerca de R$ 200 mil. No entanto, o arquiteto viu na crise uma oportunidade de união entre pessoas afetadas direta ou indiretamente pela maior catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul.

Com o intuito de produzir os rodos de madeira, Biron firmou parcerias e conseguiu montar uma marcenaria emergencial. A produção dos rodos começou no dia 21 de maio, com três pessoas, e já conta com 13 integrantes. Na equipe também fazem parte dezenas de voluntários dedicados à comunicação, captação de recursos financeiros, matéria-prima e projeto de mobiliário.

Em dois dias de produção foram entregues 85 rodos. "No início, até a gente afinar a linha de produção, não rendeu muito. Mas hoje, no terceiro dia, estamos alcançando a meta de 100 rodos por dia”, conta.

A intenção desses voluntários é começar, em duas semanas, a produção de camas e outros mobiliários básicos para as famílias atingidas pela enchente. “Estamos focado nos rodos, pois estão sendo muito solicitados. E como nosso espaço ainda é muito pequeno, não temos capacidade para produzir as camas junto com os rodos”, explica.

Correio do Povo

Crianças são resgatadas em creche na zona Sul de Porto Alegre

 Local foi ilhado com retorno dos alagamentos na cidade

Resgate em creche na zona Sul de Porto Alegre 

Voluntários, bombeiros e policiais militares socorreram moradores ilhados na zona Sul de Porto Alegre. O ponto mais crítico dos salvamentos nesta quinta-feira é esquina da avenida Otto Niemeyer e a rua Arroio Grande, no bairro Camaquã. No local, crianças e idosos ficaram ilhadas pela água, que ultrapassa a linha da cintura.

Uma creche foi evacuada por causa da inundação. Um grupo de 20 crianças estava no local. Embarcações foram usadas para retirar oito crianças e sete funcionários.

Ainda na localidade, a advogada Gimena Samuel esperava o bote que resgataria os pais, ambos idosos, que estavam ilhados em um imóvel.

“Avisei um grande grupo de voluntários e eles trouxeram embarcações. Sem a mobilização voluntária, não seria possível fazer resgates com agilidade”, disse ela.

Um veículo anfíbio do Exército Brasileiro também estava no local. O blindado, que recebe o nome por se locomover na água, também foi usado no resgate de pets e moradores.

Correio do Povo