sexta-feira, 24 de maio de 2024

Rede de solidariedade: colaboração e espírito comunitário fazem a diferença na recuperação das áreas afetadas pela enchente

 Projetos de fabricação de rodos de limpeza são exemplos de fórmulas simples que ajudam muito

Na marcenaria emergencial são fabricados cerca de 100 rodos de madeira por dia 

Uma solução prática está ajudando as comunidades na limpeza após a enchente que afetou o Rio Grande do Sul: rodos de madeira, utilizados para retirar o lodo dos locais alagados.

Muitos voluntários se engajaram na fabricação dos rodos de madeira para ajudar as comunidades necessitadas. Um exemplo é a campanha realizada pelo grupo de alunos e docentes da Faculdade de Arquitetura da UFRGS que foi um sucesso. Depois da arrecadação de R$ 235 mil via pix, a chave foi desativada, nesta quinta-feira, e os voluntários estão focados na produção de mais de 2 mil unidades para atender as demandas das comunidades. Outras ações também estão previstas para a utilização do valor arrecadado.

Outro exemplo é o caso do empresário Samuel Biron que viu a sua empresa, Sambi Makers, localizada no 4º Distrito, ser atingida pela enchente. Ele calcula um prejuízo de cerca de R$ 200 mil. No entanto, o arquiteto viu na crise uma oportunidade de união entre pessoas afetadas direta ou indiretamente pela maior catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul.

Com o intuito de produzir os rodos de madeira, Biron firmou parcerias e conseguiu montar uma marcenaria emergencial. A produção dos rodos começou no dia 21 de maio, com três pessoas, e já conta com 13 integrantes. Na equipe também fazem parte dezenas de voluntários dedicados à comunicação, captação de recursos financeiros, matéria-prima e projeto de mobiliário.

Em dois dias de produção foram entregues 85 rodos. "No início, até a gente afinar a linha de produção, não rendeu muito. Mas hoje, no terceiro dia, estamos alcançando a meta de 100 rodos por dia”, conta.

A intenção desses voluntários é começar, em duas semanas, a produção de camas e outros mobiliários básicos para as famílias atingidas pela enchente. “Estamos focado nos rodos, pois estão sendo muito solicitados. E como nosso espaço ainda é muito pequeno, não temos capacidade para produzir as camas junto com os rodos”, explica.

Correio do Povo

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