Tributos são os responsáveis por 66% da alta no preço da gasolina

por Nicola Pamplona

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Desde junho de 2017, taxação respondem por R$ 0,47 do aumento de R$ 0,71 no preço do litro

A elevação de impostos federais e estaduais foi responsável por dois terços da alta da gasolina desde que a Petrobras começou a praticar ajustes diários nos preços, em julho de 2017.

Com elevados déficits nas contas do governo federal e de estados, especialistas consideram improvável que propostas de redução da carga tributária, como a feita pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, saiam do papel.

De acordo com relatórios mensais do MME (Ministério de Minas e Energia) sobre o mercado de combustíveis, a gasolina subiu R$ 0,71 nas bombas entre junho de 2017 e janeiro de 2018, último dado disponível.

Desse total, os impostos federais contribuíram com R$ 0,30 e os estaduais, com R$ 0,17 --totalizando R$ 0,47 por litro, ou 66,2% do aumento total. O preço de venda da Petrobras subiu R$ 0,15.

O restante foi provocado pela alta do etanol e das margens de revenda, que pagam os custos e o lucro dos postos de gasolina.

Na quarta-feira (7), após a polêmica criada com a Petrobras a respeito de mudanças na política de preços dos combustíveis da estatal, o ministro da Fazenda disse que o governo estuda alterar a tributação para reduzir os preços nas bombas. Ele não detalhou, no entanto, como seriam as mudanças.

A declaração foi dada pouco mais de oito meses depois que o governo federal, em um esforço para ampliar a arrecadação, elevou as alíquotas de PIS/Cofins sobre os combustíveis, dobrando o valor cobrado no caso da gasolina.

ICMS

A medida, que entrou em vigor no fim de julho de 2017, respondeu por 42,3% da alta do preço do combustível até janeiro, de acordo com os números do ministério, e desencadeou uma série de elevações no ICMS.

O ICMS é calculado pelos estados sobre um preço médio definido a partir de pesquisas nos postos. Chamado de Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), o valor é revisto a cada 15 dias.

Desde a primeira quinzena de julho de 2017, o PMPF médio no Brasil subiu 15%, chegando a R$ 4,22 por litro.

A maior alta, de 21,66%, foi registrada no Distrito Federal. Em São Paulo, o aumento foi de 19,92%.

Além disso, quatro estados aumentaram as alíquotas cobradas sobre o PMPF desde o início de 2017: Rio (de 32% para 34%), Maranhão (de 27% para 28%), Minas Gerais (de 29% para 31%) e Piauí (de 27% para 31%).

O combustível, ao lado da energia elétrica, ocupa papel importante na política tributária dos estados, ressalta o economista Raul Velloso, especializado em contas públicas. "São produtos de demanda inelástica, isto é, pode aumentar o preço que o consumo quase não cai. Pelo contrário, a base de arrecadação aumenta", explica.

Em 2017, petróleo, combustíveis e lubrificantes representaram quase 18% da arrecadação de ICMS no país, de acordo com dados do Confaz (conselho que reúne as secretarias estaduais de Fazenda).

Velloso vê pouco espaço também para mudanças na tributação federal, diante do elevado déficit nas contas públicas. A elevação das alíquotas de PIS/Cofins sobre os combustíveis em julho rendeu ao Tesouro uma arrecadação adicional de R$ 5,68 bilhões em 2017.

Fonte: Folha Online - 08/03/2018 e SOS Consumidor

Novo modelo de placas de veículos, padrão Mercosul, começa a valer em 1º de setembro

A partir de 2023 todos os carros deverão usar a chapa nova

A partir de 2023 todos os carros deverão usar a placa nova | Foto: Denatran / Divulgação / CP

A partir de 2023 todos os carros deverão usar a placa nova | Foto: Denatran / Divulgação / CP

* Com informações da Agência Brasil

A partir de 1º de setembro, as placas de veículos brasileiros começarão a ser substituídas pelo modelo que segue o padrão estabelecido pelo Mercosul. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Ministério das Cidades, publicou no Diário Oficial da União dessa quinta-feira a Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que regulamenta o uso da placa de identificação veicular padrão Mercosul contendo selos federais, e chips de identificação, fabricados pela Casa da Moeda do Brasil, que terá vida útil relacionada à durabilidade da chapa.

Com a regulamentação, as placas terão elementos que permitem maior segurança e identificação automática dos veículos, como QR Code e número de ID único, alterações no processo de fabricação das placas para coibir fraudes, além de cumprir o acordo internacional estabelecido na Resolução Mercosul/GMC 33/2014. O valor a ser cobrado pelas placas ainda não está definido.

Segundo resolução nº 729, a medida se aplica também aos reboques, semirreboques, motocicletas, triciclos, motonetas, ciclo elétricos, quadriciclos, ciclomotores, tratores e guindastes, que serão identificados por uma única placa, instalada na parte traseira. Revestidas com película retrorrefletiva, as novas placas terão fundo branco com margem superior azul e as imagens da bandeira brasileira e o símbolo do Mercosul, mantendo os atuais sete caracteres alfanuméricos. Na parte frontal, a película protetora deverá conter as palavras Mercorsur Brasil Mercosul estampadas.

Além disso, deverão possuir código de barras bidimensionais dinâmicos (Quick Response Code - QRCode) contendo números de série e acesso às informações do banco de dados de seu fabricante. Os fabricantes de placas serão credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e serão responsáveis pela produção, logística, gerenciamento informatizado, distribuição e estampagem das placas veiculares. O credenciamento dos fabricantes terá validade de quatro anos, podendo ser revogado a qualquer tempo, se não mantidos, no todo ou em parte, os requisitos exigidos para o credenciamento

Após a publicação da Resolução, apenas o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) poderá credenciar as empresas fabricantes de placas, diferentemente do modelo atual, de responsabilidade de cada órgão de fiscalização estadual - Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Com isso, o custo da chapa será padronizado nacionalmente. Estudos técnicos indicam que o valor do custo de fabricação da placa será menor do que os praticados atualmente no mercado. As empresas credenciadas precisarão desenvolver produtos em conformidade com as diretrizes presentes na Resolução, que serão apresentados a certificadoras credenciadas pelo Denatran.

Em caso de conformidade, é entregue ao fabricante o certificado para produção, com o envio de habilitação jurídica, regularidade fiscal e qualificação técnica ao Denatran. Com isso, as novas placas dispensarão o uso de lacres, em concordância com o Parágrafo 9 do Artigo 115 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A Resolução entrará em vigor após 180 dias da publicação, sendo obrigatório para os veículos novos que receberão o emplacamento, e para os que optarem por mudar o domicílio. A troca da chapa para veículos já emplacados será opcional até 2023. Após essa data, todos os veículos brasileiros deverão conter a nova placa. Reboques, semirreboques, triciclos, motonetas, ciclos elétricos, quadriciclos, ciclomotores e tratores serão identificados apenas pela placa traseira.

Os chips compartilharão os dados com outros órgãos, permitindo integração com as polícias Federal, Rodoviária Federal e estaduais, facilitando em ocorrências de roubos e furtos, assim como com a Receita Federal e receitas estaduais, em situações de evasão de divisas, permitindo uma fiscalização de veículos de cargas e passageiros mais ampla. Os chips também proporcionarão acesso a sistemas de portões e cancelas, permitindo liberação automatizada em pedágios e estacionamentos.


Correio do Povo


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Com elevação da tarifa do aço, dólar fecha com maior valor do mês

Moeda americana está sendo vendida a R$ 3,265

Dólar fecha o dia com aumento de 0,63% no Brasil | Foto: Bryan R. Smith / AFP / CP

Dólar fecha o dia com aumento de 0,63% no Brasil | Foto: Bryan R. Smith / AFP / CP

Em meio a incertezas criadas pela elevação da tarifa das importações norte-americanas de aço e de alumínio, a moeda norte-americana fechou no maior valor em um mês. O dólar comercial encerrou essa quinta-feira vendido a R$ 3,265, com alta de R$ 0,02 (0,63%). A cotação está no maior valor desde 9 de fevereiro (R$ 3,302).

Esse foi o segundo dia de alta da divisa. Na sessão de hoje, a cotação operou próxima da estabilidade durante a manhã, mas acelerou a alta durante a tarde. No fim da tarde, o presidente Donald Trump assinou a elevação em 25% das tarifas para o aço e em 10% para o alumínio. O Canadá e o México ficaram de fora da medida, mas países aliados dos Estados Unidos, como o Brasil, poderão negociar a isenção.

No mercado de ações, o dia foi de ajustes. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou a sessão com queda de 0,58%, aos 84.965 pontos. Esse foi o terceiro dia seguido de recuo no indicador.


Agência Brasil e Correio do Povo