A Justiça da Venezuela anunciou nesta quinta-feira (25) a libertação de 60 presos políticos, entre eles a médica Marggie Orozco, de 65 anos, condenada a 30 anos de prisão por criticar o presidente Nicolás Maduro em uma mensagem de voz enviada pelo WhatsApp. A informação foi confirmada por organizações não governamentais.
📌 Contexto das prisões
Os libertados haviam sido detidos durante a crise política desencadeada pela reeleição de Maduro em julho de 2024, marcada por denúncias de fraude da oposição.
Cerca de 2.400 pessoas foram presas durante os protestos, classificados pelo governo como atos de “terrorismo”.
Mais de 2.000 já foram libertadas, segundo dados oficiais.
⚖️ Caso de Marggie Orozco
Presa em agosto de 2024, a médica foi condenada por “traição à pátria, incitação ao ódio e conspiração”.
Sua pena máxima tornou-se símbolo da repressão contra opositores.
🕊️ Liberdade condicional
Segundo o Comitê para a Liberdade dos Presos Políticos (Clippve), as solturas começaram na madrugada de quinta-feira.
“Comemoramos a libertação de mais de 60 venezuelanos que jamais deveriam ter sido detidos arbitrariamente. Embora não estejam completamente livres, continuaremos trabalhando pela plena liberdade deles e de todos os presos políticos”, afirmou Andreína Baduel, dirigente da entidade.
Os libertados permanecem em liberdade condicional, com obrigação de se apresentar regularmente à Justiça.
📍 Prisões e famílias afetadas
Muitos estavam na penitenciária de Tocorón, a 134 km de Caracas, conhecida por ter sido base do grupo criminoso Tren de Aragua.
Também houve solturas em outras unidades prisionais.
Andreína Baduel lembrou que “mais de mil famílias ainda têm parentes presos por motivos políticos”.
📊 Situação atual
De acordo com a ONG Foro Penal, ainda existem 902 presos políticos na Venezuela, número que evidencia a dimensão da repressão após as eleições de 2024.
Fonte: Correio do Povo

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