Evento em Porto Alegre
Com clima de campanha eleitoral, o PT realizou neste domingo (30), em Porto Alegre, seu congresso estadual para oficializar as pré-candidaturas ao governo do Rio Grande do Sul e ao Senado em 2026. O encontro confirmou Edegar Pretto, presidente da Conab, como pré-candidato ao Palácio Piratini, e o deputado federal Paulo Pimenta para uma das duas vagas ao Senado.
O evento também ratificou o nome da ex-deputada Manuela D’Ávila, que se filiará ao PSol em 9 de dezembro, para disputar a outra vaga ao Senado. Com isso, apenas o posto de vice-governador segue indefinido na chapa majoritária.
Estratégia eleitoral
Segundo dirigentes, o PT pretende intensificar a pré-campanha ainda em 2025, com agendas presenciais em todo o estado. A avaliação é de que não há tempo a perder, já que:
As eleições para governo e Senado devem ser altamente disputadas.
O histórico gaúcho mostra que corridas ao Senado com duas vagas costumam ter resultados imprevisíveis.
Caso vá ao segundo turno, o candidato petista deve enfrentar um adversário apoiado por partidos como MDB, PL e PP.
Participação e alianças
O encontro contou com representantes das legendas da federação PT/PCdoB/PV, além de convidados da federação PSol/Rede, do PSB, do PDT e do Avante. Manuela e lideranças do PSol tiveram destaque, reforçando a coalizão entre os partidos.
Por outro lado, a presença do PDT foi discreta: apenas o ex-prefeito de Palmeira das Missões, Eduardo Freire, compareceu. A ausência da pré-candidata Juliana Brizola, do presidente estadual Romildo Bolzan Júnior e de deputados trabalhistas evidenciou o distanciamento da sigla, que recentemente lançou Brizola ao governo estadual.
Discurso de Edegar Pretto
Em sua fala, Edegar Pretto destacou a mobilização da militância e acenou aos setores produtivos gaúchos. Ele também criticou adversários, como o vice-governador Gabriel Souza (MDB) e o deputado federal Luciano Zucco (PL).
Sobre o governo Eduardo Leite (PSD), afirmou que há negacionismo climático e falta de projetos estruturantes para enfrentar enchentes.
Criticou as privatizações de estatais, relacionando-as a deficiências em saúde e educação.
Denunciou o déficit previsto de R$ 3,8 bilhões para 2026 e o modelo de concessão de rodovias.
“Essa gente é boa de marketing, mas ruim de serviço”, disse.
📌 Com os nomes lançados, o PT e aliados iniciam a corrida eleitoral de 2026 no RS, apostando em uma chapa competitiva e em forte mobilização estadual.
Correio do Povo
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