Crise no Beira-Rio: rebaixamento ameaça empurrar Inter ao colapso financeiro

 


O Internacional vive dias de turbulência que vão além do campo. À beira de um novo rebaixamento à Série B, o clube enfrenta um cenário que pode desencadear não apenas um golpe esportivo, mas também um colapso econômico, em meio a dívidas bilionárias e receitas no limite.

🔹 Risco de colapso financeiro

Nos bastidores, a preocupação é grande. Caso o descenso se confirme neste domingo (7), após o jogo contra o Bragantino, o Inter pode ser empurrado para uma situação de default — incapaz de honrar compromissos básicos — ou até mesmo para um pedido de recuperação judicial, caminho já adotado por outros clubes brasileiros.

Especialistas apontam que equipes rebaixadas à Série B sofrem rápida perda de receitas. As estimativas mais conservadoras indicam uma queda de 30% a 50% nos ganhos recorrentes. Para um clube endividado como o Inter, o impacto seria devastador.

🔹 Dívidas e déficit acumulados

O clube convive há mais de uma década com um passivo sufocante e deve encerrar o ano com dívidas próximas de R$ 1 bilhão, que geram cerca de R$ 80 milhões anuais em juros.

Nem mesmo uma temporada de receitas robustas — R$ 621 milhões em 2024, impulsionadas por uma venda recorde de jogadores que somou R$ 258,3 milhões — foi suficiente para equilibrar as contas. O balanço fechou com déficit de R$ 34,5 milhões.

🔹 Impacto imediato do rebaixamento

  • Direitos de transmissão: redução de até 90% dos valores. Em vez dos atuais R$ 195,5 milhões, o clube receberia apenas uma fração.

  • Patrocínios: retração esperada. O principal parceiro, o Banco Alfa, que desembolsa R$ 50 milhões anuais, já deixou de pagar a parcela de outubro e se aproxima do segundo mês de inadimplência.

  • Quadro social e bilheteria: tendência de queda acentuada.

  • Elenco: desvalorização dos atletas, com negociações menos lucrativas a partir da Série B.

🔹 O temor do “default”

No ambiente econômico, default significa a incapacidade de cumprir obrigações financeiras, como pagamento de empréstimos, fornecedores, impostos ou direitos. As dívidas se acumulam, os prazos se estendem, os juros disparam e instala-se um ciclo vicioso.

📌 Esse é o fantasma que hoje ronda o Beira-Rio, em meio à ameaça concreta de rebaixamento e ao risco de colapso financeiro.

Fonte: Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário