Abel Braga se emociona e diz que salvar o Inter foi mais importante que o Mundial de 2006

 


Herói da tarde no Beira-Rio, o técnico Abel Braga deixou a entrevista coletiva tão emocionado quanto entrou em campo. Ovacionado pela torcida e exaltado pelos jogadores após a vitória por 3 a 1 sobre o Bragantino, que garantiu o Internacional na Série A, o treinador de 73 anos afirmou que a fuga do rebaixamento foi mais marcante do que a conquista do Mundial de Clubes de 2006, quando o Inter superou o Barcelona no Japão.

“Esse momento foi mais importante que o Mundial. Eu sei a dor que os colorados estavam sentindo, inclusive aqueles que estavam ao nosso lado. Isso me deu força para tentar tirar o time dessa situação”, declarou Abel.

🔹 Último ato à beira do campo

Abel, que assumiu o comando há apenas uma semana e dirigiu o time em duas partidas, foi o mais festejado no apito final. Emocionado, revelou que este foi seu último jogo como treinador:

“Vai ter conversa. Mas treinador? Acabou. Foi emocionante viver tudo isso de novo. Foi fantástico. Mas, para mim, deu. Tomei dois calmantes para ir para o jogo.”

Apesar da despedida, o técnico admitiu que pretende seguir no clube em outra função.

🔹 Retorno inesperado

Abel contou que não hesitou em aceitar o chamado colorado, mesmo diante de críticas e alertas da família:

“Até a minha esposa disse que era coisa de maluco voltar. Mas nunca briguei com ninguém. Saí daqui em 2021 com a sensação do dever cumprido, sabendo que nos tiraram um título no apito. Vim confiante. Achei que poderia ajudar.”

🔹 Lições da temporada

O treinador avaliou que a turbulência no Brasileirão deve servir de aprendizado:

“Isso não pode acontecer. Não pode chegar nessa situação, pois é um campeonato muito equilibrado. O futebol é perigoso. Não pode aceitar a derrota com naturalidade, pois acaba pagando lá na frente.”

Para Abel, o legado da campanha é coletivo:

“Não só do Abel. Mas o legado é que não podemos nem pensar, nem admitir voltar a viver isso.”

🔹 Homenagens e futuro incerto

Questionado sobre a possibilidade de uma estátua em sua homenagem no Beira-Rio, Abel despistou:

“Não posso responder sobre estátua. Já fui homenageado com o nome do campo de treino do Fluminense, e assim, em vida, é legal. Mas vamos ver o que vai se desenrolar.”

Ele também lembrou 2016, quando recusou convite para treinar o Inter na reta final e o clube acabou rebaixado:

“Aquele momento já esquecemos. Fica um sofrimento, pois caímos uma vez. Estou orgulhoso. Era uma coisa que eu poderia ter feito lá atrás, mas fiz agora.”

📌 A despedida de Abel Braga como treinador reforça sua ligação histórica com o Inter e marca um capítulo de superação que, segundo ele, supera até mesmo o Mundial de 2006.

Fonte: Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário