Trump descarta cessar-fogo imediato na Ucrânia e pede “acordo de paz”

 Presidente dos EUA também confirmou que receberia o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, na Casa Branca

Trump e Putin deixaram o Alasca sem anunciar um plano para encerrar a guerra | Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou um cessar-fogo imediato entre Rússia e Ucrânia neste sábado (16) e pediu diretamente um "acordo de paz" após retornar da cúpula no Alasca com seu homólogo russo, Vladimir Putin.

"Todos concordaram que a melhor maneira de encerrar a terrível guerra entre Rússia e Ucrânia é chegar diretamente a um acordo de paz, que encerraria a guerra, e não a um simples acordo de cessar-fogo, que muitas vezes não é cumprido", disse Trump em uma mensagem em sua conta na rede Truth Social.

Ele também confirmou que receberia o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, na Casa Branca na tarde de segunda-feira, conforme anunciado anteriormente. "Se tudo correr bem, agendaremos uma reunião com o presidente Putin", acrescentou o magnata republicano, sugerindo uma cúpula tripartite entre os líderes russo e ucraniano, mediada por Washington.

"Potencialmente, milhões de vidas serão salvas", concluiu Trump.

A cúpula

Trump e Putin deixaram o Alasca sem anunciar um plano para encerrar a guerra ou alcançar um cessar-fogo na Ucrânia, após uma reunião de cúpula que descreveram como produtiva.

Trump disse que restam "muito poucas" questões a resolver antes de chegarem a uma solução para o conflito, deflagrado há mais de três anos pela invasão russa. "Não conseguimos, mas temos muitas chances de conseguir", ressaltou o líder americano, que partiu rumo a Washington após passar seis horas no Alasca.

Zelensky

Em entrevista ao canal Fox News após o encontro, Trump indicou que um acordo "depende realmente do presidente Zelensky", referindo-se ao presidente ucraniano. Putin, por sua vez, disse esperar que "o entendimento alcançado abra caminho para a paz na Ucrânia", mas não deu detalhes.

O líder russo tem a expectativa de que "Kiev e as capitais europeias vejam tudo isso de forma construtiva e não criem obstáculos nem tentem interromper o progresso emergente por meio de provocações ou intrigas nos bastidores".

Ambos haviam prometido uma coletiva de imprensa após quase três horas de conversa na base militar de Elmendorf-Richardson, mas apenas apertaram as mãos ao encerrarem seus pronunciamentos e saíram sem responder aos jornalistas.

AFP e Correio do Povo

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