Eduardo Bolsonaro diz que não vai renunciar ao mandato de deputado

 Licença de 120 dias do deputado federal termina neste domingo

Eduardo pediu licença do mandato e foi morar nos Estados Unidos sob a alegação de perseguição política | Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados / CP


*Com informações de Estadão Conteúdo e Agência Brasil

Com a sua licença prestes a acabar, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em live, neste domingo, que não vai renunciar ao cargo. Em março deste ano, o parlamentar, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pediu licença do mandato e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política.

“Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses”, afirmou. Na semana passada, em entrevista à Coluna do Estadão, Eduardo havia afirmando que, embora lamentasse, pretendia abrir mão do mandato.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a licença de 120 dias termina neste domingo, e o deputado pode ser cassado por faltas ao não retornar ao Brasil. Em março, Eduardo solicitou 122 dias de licença - dois por motivos de saúde e 120 por interesse pessoal.

Na transmissão, o deputado voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes e ironizou a decisão do governo do presidente Donald Trump que suspendeu o visto de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O deputado também defendeu a anistia para Jair Bolsonaro e afirmou que está “disposto a ir às últimas consequências”. “É para entender que não haverá recuo. Não é jogar não para ver se depois dá certo, achar um meio-termo. Não estou aqui para isso", completou.

Ele também comentou a decisão na qual Moraes afirmou que o parlamentar “intensificou as condutas ilícitas” e determinou que entrevistas e postagens recentes nas redes sejam incluídas na investigação.

“O cara que se diz ofendido [Moraes], pega e junta no processo que ele abriu. O cara que vai me julgar, ele vai ver o que eu faço na rede social. Então, você da Polícia Federal, que está me vendo, um forte abraço. A depender de quem for, está sem visto”, disse.

Eduardo é investigado no Supremo pela sua atuação junto ao governo norte-americano para promover medidas de retaliação contra o Brasil e ministros do STF e tentar barrar o andamento da ação penal na Corte sobre a trama golpista, que tem seu pai como um dos réus.

Na sexta-feira, no mesmo inquérito em que Eduardo é investigado, Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e foi obrigado a colocar tornozeleira eletrônica e proibido de sair de casa entre 19h e 6h.

As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes após a PGR alegar risco de fuga do ex-presidente, que é réu na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 e deve ser julgado pelo Supremo em setembro.

Correio do Povo

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