Bairro não possui, atualmente, sistema de proteção contra cheias
O recuo do nível do Rio Guaíba permitiu que o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) atuasse nesta quinta-feira, 3, na drenagem da área mais baixa do bairro Guarujá, na zona Sul de Porto Alegre. Em duas horas de operação, o novo sistema de bombeamento móvel - que tem capacidade de tirar 111 litros de água, a cada segundo, das ruas - normalizou o fluxo de veículos e pedestres na área próxima às ruas Jacipuia e Oiampi.
Ao todo, dois equipamentos foram adquiridos pelo Dmae com base em especificações definidas após a cheia histórica de 2024. Cada um deles possui 115 cavalos de potência. O investimento foi de R$ 765 mil.
"Estes equipamentos podem ser usados, por exemplo, nas áreas que não são atendidas por casas de bombas. A capacidade é de 111 litros por segundo, permitindo o escoamento da água represada por eventuais bloqueios nas tubulações”, explica a diretora de Conservação de Redes do Dmae, Isabel Costa.
O bairro Guarujá não possui, atualmente, sistema de proteção contra cheias. Por isso, em episódios de elevação do Guaíba, as vias mais próximas ao lago apresentam pontos de retenção de água — causados pela geografia da região, que tem uma cota de inundação baixa.
O sistema de drenagem urbana da região, que funciona por gravidade, passou por uma série de melhorias ao longo dos últimos meses. Os arroios do bairro também passaram por desassoreamento.
De acordo com a prefeitura, a solução definitiva para o problema passa pela concepção de um novo sistema de proteção contra cheias, contemplando os 50 quilômetros desprotegidos da orla do Guaíba, entre os bairros Cristal e Lami. O trabalho é conduzido, desde outubro de 2024, pela empresa Rhama, do pesquisador Carlos Tucci.
Os projetos devem ser apresentados pelos especialistas à prefeitura no primeiro semestre de 2026. O investimento é de R$ 5,8 milhões.
Correio do Povo
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