Governador disse que “não tem como tirar um chapéu e botar outro”
O governador Eduardo Leite cumpriu uma série de agendas nos EUA compartilhadas com mandatários de outros estados, nas quais discutiu não apenas o cenário local, mas também o cenário político do Brasil. Em um dos discursos, Leite criticou a polarização, que “gasta uma energia monumental para atacar uns aos outros, enquanto os problemas seguem livremente”. Na opinião do governador, é necessário “fazer um grande movimento de despolarização do Brasil para que, ao invés de brigarmos uns com os outros, foquemos toda essa energia em brigar com os problemas”. Apesar de abordar temas de abrangência nacional e ter se encontrado com nomes importantes da política brasileira, o líder gaúcho descarta que a agenda tenha intenções eleitorais, reforçando que está em Nova Iorque “cumprindo a agenda de governador”, mas reconhece ser inevitável que os compromissos possam impactar em uma possível candidatura em 2026, “não tem como tirar um chapéu e botar outro, simplesmente as coisas acabam se confundindo”.
Fiergs avalia guerra comercial entre Estados Unidos e China
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) analisa com atenção as negociações entre Estados Unidos e China, especialmente durante a missão realizada em Nova Iorque e Boston. Conforme o presidente da entidade, Claudio Bier, o acordo entre os dois países “dificilmente vai acontecer, porque os Estados Unidos se deram conta que, no início, compravam tudo muito barato da China, mas acabaram quase que aniquilando a indústria americana”.
A guerra comercial entre os dois países pode ser benéfica para o Brasil, que “pode ser um grande fornecedor de quase tudo para os Estados Unidos”. Ao mesmo tempo, segundo Bier, é possível que os produtos chineses apareçam em maior quantidade no Brasil em razão do fechamento do mercado americano, o que deve ser visto com atenção pela indústria nacional. A diretora de Relações Institucionais da Fiergs, Ana Werlang, salientou que Nova Iorque é uma cidade “muito dinâmica, de muitas negociações, muita articulação”, o que se torna ainda mais importante “no momento em que a economia está em ebulição” em razão das discussões tarifárias. A comitiva gaúcha, liderada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), ainda cumpre agendas em Boston antes de retornar ao RS.
Comitiva gaúcha vai visitar gigantes do setor de tecnologia
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário