sexta-feira, 16 de maio de 2025

Dólar sobe e vai a R$ 5,67 com volta de temores fiscais domésticos

 Real apresentou nesta quinta-feira o pior desempenho entre as moedas mais líquidas



O dólar acentuou bastante o ritmo de alta ao longo da tarde desta quinta, 15, e se aproximou no nível de R$ 5,70 com um aumento da percepção de risco fiscal, após relatos de que o governo estuda a adoção de um pacote de medidas para alavancar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, já circulavam informações de que o Planalto pretendia reajustar o Bolsa Família a partir de 2026.

Apesar de negativas de autoridades em Brasília, incluindo uma fala dura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o desconforto com o quadro fiscal continuou a permear os negócios no mercado de câmbio doméstico, embora o dólar tenha desacelerado o ritmo de alta reta final da sessão. Já abalado pelo tombo do petróleo e o ambiente ruim para divisas latino-americanas, o real terminou por apresentar nesta quinta-feira o pior desempenho entre as moedas mais líquidas.

Com máxima a R$ 5,6974, o dólar à vista fechou em alta de 0,82%, cotado a R$ 5,6788. Depois do avanço dos últimos dois pregões, a moeda passou a apresentar ganho de 0,42% na semana e de 0,04% em maio. As perdas da moeda ano, que na segunda-feira superavam 9%, estão agora em 8,11%.

'A questão fiscal voltou a influenciar o câmbio. O governo conseguiu ressuscitar o assunto com essa história de reajuste do Bolsa Família. Quando Lula estava recuperando a popularidade, veio o escândalo do INSS e o governo parece querer reagir', afirma o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, em referência aos descontos indevidos em salários de aposentados.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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