Placas de aluguel e venda de casas são onipresentes em diversos bairros da Capital
É comum transitar por Porto Alegre e visualizar diversas placas de venda e aluguel de imóveis, tanto residenciais, quanto comerciais. Às dezenas por diversos bairros, elas se tornaram onipresentes em regiões, por exemplo, bastante afetadas pelas enchentes de maio de 2024, refletindo uma tendência de êxodo de moradores. De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Sindicato da Habitação do Rio Grande do Sul (Secovi/RS-Agademi), em março de 2025, a oferta de imóveis residenciais para locação na Capital reduziu 7,31% em março na comparação com fevereiro deste ano.
Já nos últimos cinco anos, a diminuição foi ainda maior, de 33,92%. O preço dos aluguéis residenciais aumentou quase 18% no acumulado de doze meses na Capital, mais que o dobro do chamado índice dos aluguéis, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que teve crescimento de 8,58%, além de três vezes mais do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com registro de 5,48% de aumento.
Mas em cinco anos, de março de 2020 ao mesmo mês de 2025, a variação do preço médio dos imóveis residenciais em Porto Alegre foi de 52,4%, menor do que o IGP-M no mesmo período, que aumentou 56,6%, e o IPCA, com aumento de 35,4%. No recorte somente de março de 2025, os bairros Santa Cecília (R$ 86,20), Jardim Europa (R$ 84,65), Auxiliadora (R$ 75,03) apresentaram os maiores preços médios por metro quadrado de locação.
Na comparação de março deste ano com o mesmo mês do ano passado, antes das inundações, Jardim do Salso (103,48%), Jardim Sabará (83,05%) e Rio Branco (70,33%) tiveram maior aumento percentual no preço do metro quadrado residencial. Alguns bairros afetados direta ou indiretamente pelas águas, como Vila Assunção (-14,58%), Tristeza (-13,62%) e Belém Novo (-7,66%), apresentaram queda.
Comparando os meses de abril de 2024, imediatamente antes das enchentes, com março de 2025, o Secovi/RS-Agademi registrou um aumento de 350% na quantidade de imóveis para locação no bairro Jardim Floresta, o líder neste levantamento, de dois para nove residências. Em seguida, aparecem Campo Novo (233,3%, de três para dez) e Passo das Pedras (de três para nove, ou 200% a mais).
As maiores reduções foram no Protásio Alves, de 28 para apenas dois no período, ou queda superior a 92%, e o Coronel Aparício Borges, com -84,6%, de 13 para dois imóveis disponíveis. Já o Centro Histórico liderou o ranking de bairros com o maior volume de ofertas em Porto Alegre, seguido por Petrópolis, Menino Deus, Floresta e Auxiliadora.
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário