País asiático pediu que Estados Unidos parem com chantagem econômica
A China está sujeita a pagar tarifas de até 245% para exportar seus produtos para os EUA caso tome novas medidas retaliatórias, segundo ficha informativa divulgada pela Casa Branca na terça-feira (15).
Atualmente, a tarifação dos EUA sobre importações chinesas é de 145%. No fim da semana passada, a China elevou tarifas retaliatórias a produtos dos EUA, de 84% para 125%, mas também sinalizou que não pretende mais acompanhar eventuais novos aumentos de tarifas por Washington, com a alegação de que não faria sentido do ponto de vista econômico.
A China fez um apelo nesta quarta-feira para que os Estados Unidos "parem de ameaçar e chantagear", depois que a Casa Branca transferiu a Pequim a responsabilidade de iniciar uma negociação para desacelerar a guerra comercial entre as duas grandes economias mundiais.
"A bola está no campo da China. A China que precisa de um acordo com os Estados Unidos e não o contrário", afirmou Trump em uma declaração lida por sua porta-voz, Karoline Leavitt.
O próprio Trump declarou nessa terça que seu governo pode pedir aos países que "escolham entre" a China e os EUA nas negociações comerciais. Segundo ele, a suspensão das tarifas recíprocas por 90 dias foi devido a uma fase de transição e à necessidade de manter a flexibilidade no processo de negociação.
A declaração foi dada em entrevista à Fox Notícias (filial do México da Fox News), Trump também afirmou que pode facilitar a permissão de imigrantes que trabalham em fazendas e hotéis, pois são uma força de trabalho importante para os EUA.
Apesar da disputa, a economia chinesa cresceu 5,4% no primeiro trimestre. O resultado, melhor do que o esperado, ainda não reflete os efeitos da guerra tarifária iniciada em abril.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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