Rosa Weber envia à PGR pedido de investigação sobre Bolsonaro por suposto ataque às urnas

 Presidente foi acusado de crimes ao criticar sistema eleitoral durante reunião com embaixadores em julho deste ano



ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação sobre o presidente Jair Bolsonaro pelas acusações que ele fez contra o sistema eleitoral durante uma reunião com embaixadores em julho deste ano.

No encontro, o chefe do Executivo levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e atacou ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do STF. Além disso, defendeu a participação das Forças Armadas no processo de apuração das eleições.

O encaminhamento do pedido de investigação foi feito para conhecimento e providências que a PGR entender cabíveis a Bolsonaro. O órgão fica responsável por avaliar se há indícios de crime e propor — ou não — a abertura de um inquérito sobre o presidente da República.

O pedido de investigação sobre o chefe do Executivo foi feito por parlamentares de oposição ao governo federal. No documento, eles acusam Bolsonaro de ter praticado crime de responsabilidade, crime contra o Estado Democrático de Direito, crime eleitoral, improbidade administrativa e incitação das Forças Armadas contra o TSE.

Segundo os parlamentares, com um discurso "absurdamente ameaçador e causador de grave constrangimento ao Brasil perante o mundo", o presidente "atentou contra o livre exercício das atribuições legais do TSE, responsável pela condução do processo eleitoral, contra o exercício dos direitos políticos dos cidadãos brasileiros ao questionar sem nenhum fundamento o possível resultado das eleições pelo sistema eletrônico de votação".

"Não pode o representado usar do cargo de presidente da República para subverter e atacar a ordem democrática, buscando criar verdadeiro caos no País e desestabilizar as instituições públicas, não estando acima do ordenamento jurídico vigente", diz o pedido de investigação.

R7 e Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário