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segunda-feira, 2 de maio de 2022

RS poderá ter em quatro dias chuva equivalente a quatro meses, diz MetSul

 Precipitação em excesso deverá atingir diversas regiões do Estado 


 

Nos próximos dias, o cenário é preocupante para o acumulado de chuvas no Rio Grande do Sul, especialmente as regiões Nordeste e Norte, que abrangem Planalto Médio, Alto Uruguai, Serra, Litoral Norte e Aparados da Serra. Partes de Santa Catarina e do Paraná também podem registrar grandes volumes de precipitações. De acordo com a MetSul Meteorologia, o clima segue instável nesta segunda, terça, quarta e, em menores áreas, na quinta-feira. Um ciclone deve se formar sobre a região entre terça e quarta, o que não é comum nesta época do ano, ainda conforme a MetSul, e representa o período de maior risco. Há probabilidade de marcas extremas, entre 300 e 500 milímetros, ou seja, o que costuma chover em quatro a cinco meses em apenas uma semana.

Assim sendo, os rios que estão nestas regiões exigem atenção pelo potencial de cheia. São eles o Pelotas, Uruguai, Mampituba, das Antas, Caí, Taquari, Paranhana, Gravataí e Jacuí, assim como seus afluentes.

Já o Guaíba também poderá enfrentar uma cheia, em razão da vazão excessiva destes rios. Por isso, segundo a MetSul, os moradores das ilhas devem atentar para a alta probabilidade de alagamentos e inundações. Há também possibilidade de desabamento de encostas e morros, afetando moradores destas áreas e podendo prejudicar o trânsito em rodovias. Destaque para a Rota do Sol, RS 122, BR 116 e BR 101, dentre outras. Além da chuva, pode ainda haver ventanias isoladas e ocorrência de granizo.

O cenário, de acordo com a MetSul, é diferente do que aconteceu nos últimos dias. Na ocasião, uma frente fria avançou sobre uma massa de ar quente. Agora, o que provocará os altos volumes de precipitações será a passagem de um centro de baixa pressão com chuva pelo Sul do Brasil. Este sistema deve se aprofundar na costa da região, especialmente entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, entre a terça e a quarta. Em lagoas e na área do oceano próxima ao continente, é possível haver a formação de trombas d’água.

Defesa Civil emitiu alerta para Santa Catarina

A Defesa Civil de Santa Catarina emitiu alerta para o cenário meteorológico dos próximos dias. “Os maiores volumes acumulados são esperados entre o Oeste e o Litoral Sul e também na Grande Florianópolis, com a formação de um vórtice ciclônico que potencializa a chuva causada pela circulação marítima e atua no estado até a quinta-feira, com risco moderado a alto para ocorrências relacionadas a chuva intensa (alagamentos e enxurradas) e a chuva volumosa (alagamentos e deslizamentos)”, explica o meteorologista chefe da Defesa Civil catarinense, Murilo Freta.

O alerta é reforçado pela MetSul. “O que realmente preocupa é a sucessão de dias com chuva volumosa e os acumulados finais que vão ficar entre 200 mm e 300 mm em muitas cidades com registros pontuais tão extremos como 400 mm a 500 entre o Nordeste do Rio Grande do Sul e o Sul de Santa Catarina. Nas saídas deste domingo de madrugada e de manhã, todos os modelos numéricos regionais e globais insistem em indicar um cenário de chuva extrema”, detalha Luiz Nachtigall, ao explicar que Florianópolis será a cidade mais castigada dentre as capitais do sul do país. 

“O cenário é de alto risco na capital catarinense com possibilidade alta de alagamentos e inundações com perigo para a população que vive em áreas de risco como zonas de encostas. Isso porque a condição é de elevado risco para deslizamentos de terra e desmoronamentos em morros e outros pontos”, avalia. O período de maior risco para chuva forte na cidade deve ser entre a tarde e a noite da segunda e o final da quarta-feira.

 

Ouça "Como as mudanças climáticas intensificam eventos extremos no Brasil" no Spreaker.

Correio do Povo

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