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segunda-feira, 2 de maio de 2022

Jornalista esfaqueado em Brasília diz que "nasceu" de novo, perto de receber alta

 Gabriel destaca que "quer viver muito" após recuperação

Jornalista recebeu dez facadas 

O jornalista Gabriel Luiz, vítima de tentativa de latrocínio em Brasília, no dia 14 de abril, publicou neste domingo um texto na internet dizendo que “nasceu de novo”. Ele se disse grato pelas mensagens de carinho e orações recebidas de amigos, familiares e colegas de trabalho. “Só me cabe agradecer e me agarrar a essa nova chance que Deus me deu, com a expectativa de ter alta nos próximos dias.”

A tentativa de latrocínio aconteceu na véspera do feriado da Sexta-Feira Santa. O jornalista levou dez facadas, no pescoço, no tórax e na perna, e ficou em estado grave. Militares do Corpo de Bombeiros socorreram Gabriel e o levaram para o Hospital de Base, onde ele passou por uma série de cirurgias.

Na postagem deste domingo, ele afirmou que, por ser jornalista e ter o hábito de questionar os porquês, chegou a se perguntar sobre o motivo de isso ter acontecido com ele e por que houve tanta crueldade. Gabriel disse que o melhor a fazer agora é “não perder um milésimo a mais de tempo com o que já foi”.

“A pergunta que prefiro me fazer é: e agora? E agora, eu escolho viver muito. Com ainda mais amor, ainda mais energia e paz, cercado de pessoas que me querem bem. É uma vida que se abre, com um universo de possibilidades e de esperança pela frente. Quero devorar meus apetites. Tenho sede de oxigênio”, disse.

Na última sexta-feira, Gabriel se manifestou publicamente pela primeira vez sobre o caso, também por uma rede social. Ele agradeceu o carinho de quem torceu por sua recuperação, explicou que o retorno à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital onde se recupera era uma medida cautelar e disse que tem "voltado pouco a pouco pra rotina de antes".

O jornalista da TV Globo Brasília foi esfaqueado próximo ao prédio onde mora, no Sudoeste, na noite do dia 14 de abril. A vítima foi ouvida pela Polícia Civil em 25 de março, dia em que o inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público.

Duas pessoas participaram do crime, um deles menor de idade. O outro suposto agressor, de 19 anos, teria feito a confissão no dia seguinte ao caso, poucas horas antes de ser preso. Ao todo, a Polícia Civil ouviu 16 pessoas. Incluindo Gabriel, que prestou depoimento do hospital e reforçou a tese dos investigadores de tentativa de latrocínio – roubo seguido de morte.

No dia 19, o auto confesso foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda. Ele ficará por tempo indeterminado no Centro de Detenção Provisória II. O adolescente envolvido no caso está numa unidade de internação provisória. O período máximo dele no local, até que seja julgado, é de 45 dias.

R7 e Correio do Povo

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