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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Seguradoras oferecem seguros de carro até 33% mais baratos para atrair clientes, mas é preciso ficar atento a alguns pontos para não se arrepender mais tarde

 


Quatro meses depois da entrada em vigor da autorização da Susep (Superintendência de Seguros Privados), as seguradoras passaram a oferecer apólices flexíveis para automóveis com opções no mercado com preços, em média, 33% mais baratos do que os seguros tradicionais. Entre os produtos disponíveis, há aqueles com possibilidade de contratação de seguro que cobre somente roubo e furto, ou apenas colisões. Outros oferecem as duas proteções, mas com peças de reposição novas compatíveis, não originais da montadora. Em média, um seguro tradicional custa R$ 2 mil por ano. Já o seguro econômico custa aproximadamente R$ 1.650.

O objetivo da Susep é popularizar o acesso aos seguros já que estimativas do setor dão conta de que somente 30% da frota circulando têm cobertura. Tradicionalmente, dizem especialistas, as apólices de seguro de carros tinham muitas restrições, e o preço era elevado.

A Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) estima que nos próximos três anos a possibilidade de contratação de regras mais flexíveis e, portanto mais baratos, pode incrementar em 20% a 25% a frota atualmente segurada.

“São dois públicos: um que era consumidor de seguro e perdeu poder de compra e busca produtos mais condizentes com sua realidade. Outro perfil é aquele que comprou o veículo, mas não colocou na conta o valor do seguro, e é uma oportunidade reavaliar que parcela de seguro cabe no bolso”, avalia Marcelo Sebastião, presidente da Comissão de Automóvel da FenSeg.

Mas é preciso atenção ao que está sendo contratado e ao que está ficando de fora da cobertura para evitar surpresas no momento de um sinistro.

“A intenção de flexibilizar e simplificar as regras é boa. A porcentagem de quem faz o seguro de carro é pequena pelo alto custo (da apólice). Agora, é possível pensar em aumentar a base de segurados. Mas o movimento vai exigir muito cuidado. Para personalizar de acordo com a necessidade, as apólices têm que estar muito claras sobre as coberturas e as exclusões. A pessoa precisa saber e entender o que está contratando”, destaca Carolina Vesentini, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Agora, com custos para manter o automóvel nas alturas, especialmente de IPVA e peças de reposição, as opções de seguro mais baratas têm despertado o interesse de consumidores. Em algumas seguradoras, o interesse por este tipo de produto registrou alta de 10%, especialmente por parte de pessoas que têm carros com mais de cinco anos de uso e condutores jovens:

“Neste período de pandemia com pressão inflacionária, os produtos com preços mais acessível são mais procurados. A maioria das pessoas que buscam nunca tinha feito seguro antes ou tinha deixado de fazer por questão financeira”, diz o diretor de Automóvel da Tokio Marine, Luiz Padial.

De acordo com as regras da Susep, está prevista a possibilidade de contratação de seguro vinculado ao motorista ou condutor indicado na apólice e não ao veículo. Por essa nova modalidade, o motorista tem cobertura do seguro em caso de acidente mesmo se o veículo não estiver segurado.

Cuidados ao contratar

– RegistroÉ necessário verificar se a empresa tem registro na Susep e se está em situação regular. Para isso, basta pesquisar as condições gerais e consultar a situação do processo seguindo o caminho no site: susep.gov.br  – Informações ao Público – Mercado Supervisionado – Entidades Supervisionadas.

– Digital: Cuidado ao contratar os seguros de forma digital, a atenção deve ser redobrada especialmente para verificar as exclusões. Em muitos casos o auxílio de um corretor de seguros pode ser importante para escolher a cobertura adequada.

– Dados completos: É fundamental preencher corretamente os dados ao contratar um seguro. Não se deve omitir informações ou mentir no formulário, sob pena de não receber a indenização. Certifique-se de que todos os dados fornecidos por você na contratação do seguro auto estão corretos. Verifique se informações como número de condutores, idade de todos eles, endereços e tudo mais estão de acordo com as informações passadas por você.

– Leia o contrato: É importante ler atentamente o contrato. Antes de assinar, é fundamental também avaliar a relação entre o prêmio — valor total pago pelo segurado — e a franquia — valor usado para cobrir parte do conserto quando o carro sofre perda parcial, assim como valor a ser recebido em caso de indenização. Observe também as cláusulas de exclusão, isto é, casos em que não haverá indenização.

– Cobertura parcial: Ao contratar o seguro será possível optar por não ter cobertura por roubo e furto, garantindo apenas a indenização em caso de danos ao veículo, como em acidentes, como colisões e incêndios. Ou o contrário, somente para roubo e furto e com ou sem assistência mecânica e carro reserva. As informações são do jornal Extra.

O Sul

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