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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Corujas-buraqueiras conquistam coração dos veranistas em Capão da Canoa (RS)

 Casal de animais é atração entre a faixa de areia e a avenida Beira Mar


O aviso é rimado: “Pare, pense. A vida é bela. Dê uma chance a ela”. Em uma área com gramado ralo, entre a faixa de areia e a avenida Beira Mar, em Capão da Canoa, um casal de corujas-buraqueiras é a grande atração. Depois de muito namoro, as corujinhas fizeram o ninho no chão e aguardam, ou talvez até já tenham tido, os filhotes. E o lugar não poderia ser melhor – a poucos metros do mar.

“Tinha visto o casal, mas evito chegar perto para não assustá-las”, relata a veranista Clair Fittipaldi Costa, de 62 anos, que passava perto do local. As corujas-buraqueiras são chamadas assim por viverem em buracos no chão. É comum encontrá-las nas praias gaúchas durante o período de verão. “Também já vi essas corujas em outros anos. São maravilhosas”, elogia a aposentada.

Outra placa no entorno do ninho diz: “Por favor, mantenha o silêncio na orla”. Um cercado com arame protege o lar das corujas. E uma corda por fora sinaliza ainda mais que ali vive um casal feliz que só quer paz para criar os filhotes. “Está cercado faz tempo. As pessoas tiram fotos, observam o desenvolvimento e esperam pelos filhotes”, compartilha a turismóloga Maria Roni, 64, sentada a poucos metros do ninho ao lado do marido e representante comercial, Carlos Alberto Nunes, 70. Ao falarem sobre as aves, o sorriso transparece em seus rostos.

A aposentada Maristela Fischer, 58, havia chegado há pouco tempo em Capão da Canoa e não tinha percebido os moradores famosos. “Nos outros anos eu tinha visto e sempre é importante cuidar”, reflete. A época de reprodução acontece justamente no verão. Entre o vaivém das pessoas, às vezes, uma das corujas aparece para dar o ar da graça e se exibir um pouco, certamente orgulhosa com a casa praticamente de frente para o mar. No Litoral Norte, o amor está no ar. E também no chão.


Correio do Povo

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