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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Calendário eleitoral intensifica articulações para eleições de outubro

 Março é considerado determinante para definições do panorama das disputas pelo Estado e país



Com a chegada de 2022 e a definição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a respeito do calendário oficial para as eleições deste ano, partidos e políticos intensificaram suas preparações. No Rio Grande do Sul, onde as movimentações, principalmente as que tratam da corrida pelo governo do Estado, já são visíveis desde o ano passado, lideranças partidárias projetam o mês de março como determinante para precisar o cenário que irá se apresentar no pleito deste ano. O primeiro turno será realizado em 2 de outubro e, o segundo, em 30 de outubro.

São dois os motivos principais do calendário eleitoral que tornam março um mês decisivo. O primeiro é que os 30 dias entre 3 de março e 1º de abril foram os estabelecidos como o período da chamada janela partidária. O segundo é a série de limitações impostas a partir da data que marca os seis meses que antecedem a eleição. Em 2022 o dia do corte é 2 de abril. Assim, esse será o prazo final de três encaminhamentos: para que os chefes dos Executivos (presidente da República, governadores e prefeitos) que desejem concorrer a outros cargos que não à reeleição renunciem aos mandatos atuais; para que todos os candidatos estejam com suas filiações deferidas pelas siglas pelas quais pretendem concorrer; e para que todos os partidos e federações partidárias obtenham registro dos estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

Da mesma forma que a janela partidária, as limitações impostas pela data-corte dos seis meses acontecem em todos os anos eleitorais, e os políticos se preparam para elas. A novidade, em 2022, fica por conta da possibilidade da formação de federações partidárias, que já estão movimentando as articulações no cenário nacional, com impacto direto no Rio Grande do Sul.

Janela Partidária começa no dia 3 de março

Durante a janela partidária, deputados federais, estaduais e distritais podem trocar de legenda para concorrerem ao pleito de outubro sem risco de perderem o mandato. A janela acontece em todos os anos eleitorais, sendo a alternativa prevista para os que estão insatisfeitos com suas siglas. Mas, neste ano, por uma série de motivos, a expectativa é de que as transferências tenham um incremento.

No RS, elas já vêm dando vitrine a algumas siglas. Há a perspectiva de que pelo menos um dos pré-candidatos ao governo, o ministro Onyx Lorenzoni, atualmente no Dem, troque de partido. Como forma de viabilizar a pré-candidatura ao Palácio Piratini e, ao mesmo tempo, garantir palanque ao presidente Jair Bolsonaro, ele aguarda a janela para, a exemplo de Bolsonaro, se filiar ao PL. Além de Onyx e outros integrantes do Dem, a sigla espera receber deputados do PSL (partido pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018) identificados com o bolsonarismo, e até detentores de mandato do PSB e do PDT. 

O processo de fusão entre o Dem e o PSL que resultará na saída de grupos de bolsonaristas como o de Onyx também tem desdobramentos inversos. O novo partido, originário da junção das duas legendas, o União Brasil, se organiza para atrair dissidentes de outras agremiações. No Rio Grande do Sul, um dos casos mais visíveis é o do secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Luiz Carlos Busato, que presidirá o diretório regional da nova sigla. Busato é uma das lideranças do PTB que optou pela saída após os episódios, no ano passado, envolvendo o então presidente nacional, Roberto Jefferson, atualmente preso e afastado do comando partidário.

Os ‘expurgos’ envolveram ainda outros expoentes petebistas, como o vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, que foi para o PSDB, mesmo partido do governador Eduardo Leite, e hoje também se apresenta como pré-candidato ao governo, e o deputado federal Maurício Dziedricki, que rumou para o Podemos. Tanto o União Brasil quanto o Podemos e o PL trabalham para atrair mais petebistas durante a janela partidária, mesmo que agora, com o afastamento de Jefferson, exista um movimento forte dentro do partido no RS para conter as migrações.

 

Janela Partidária começa no dia 3 de março

Durante a janela partidária, deputados federais, estaduais e distritais podem trocar de legenda para concorrerem ao pleito de outubro sem risco de perderem o mandato. A janela acontece em todos os anos eleitorais, sendo a alternativa prevista para os que estão insatisfeitos com suas siglas. Mas, neste ano, por uma série de motivos, a expectativa é de que as transferências tenham um incremento.

No RS, elas já vêm dando vitrine a algumas siglas. Há a perspectiva de que pelo menos um dos pré-candidatos ao governo, o ministro Onyx Lorenzoni, atualmente no Dem, troque de partido. Como forma de viabilizar a pré-candidatura ao Palácio Piratini e, ao mesmo tempo, garantir palanque ao presidente Jair Bolsonaro, ele aguarda a janela para, a exemplo de Bolsonaro, se filiar ao PL. Além de Onyx e outros integrantes do Dem, a sigla espera receber deputados do PSL (partido pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018) identificados com o bolsonarismo, e até detentores de mandato do PSB e do PDT. 

O processo de fusão entre o Dem e o PSL que resultará na saída de grupos de bolsonaristas como o de Onyx também tem desdobramentos inversos. O novo partido, originário da junção das duas legendas, o União Brasil, se organiza para atrair dissidentes de outras agremiações. No Rio Grande do Sul, um dos casos mais visíveis é o do secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Luiz Carlos Busato, que presidirá o diretório regional da nova sigla. Busato é uma das lideranças do PTB que optou pela saída após os episódios, no ano passado, envolvendo o então presidente nacional, Roberto Jefferson, atualmente preso e afastado do comando partidário.

Os ‘expurgos’ envolveram ainda outros expoentes petebistas, como o vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, que foi para o PSDB, mesmo partido do governador Eduardo Leite, e hoje também se apresenta como pré-candidato ao governo, e o deputado federal Maurício Dziedricki, que rumou para o Podemos. Tanto o União Brasil quanto o Podemos e o PL trabalham para atrair mais petebistas durante a janela partidária, mesmo que agora, com o afastamento de Jefferson, exista um movimento forte dentro do partido no RS para conter as migrações.

 

Correio do Povo

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