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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Bolsonaro volta a falar em “eleições limpas” e diz que o povo precisa “andar armado”

 


Em conversa nesta terça-feira (3) com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer diversos ataques ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. Na segunda (2), Barroso teve apoio unânime de todos os ministros da Corte.

Também na segunda, o TSE abriu, por unanimidade, um inquérito administrativo sobre ataques à legitimidade das eleições.

O plenário do TSE também aprovou, com votação unânime, um pedido ao STF para que Bolsonaro seja investigado no inquérito que apura a disseminação de fake news.

Em resposta à decisão sobre os inquéritos, o presidente Bolsonaro voltou a ameaçar a realização de eleições no ano que vem, caso a sua vontade não prevaleça e o processo de votação não mude. E disse que não aceitará o que chamou de intimidações.

“Não será admitido eleições…Não serão admitidas eleições duvidosas ano que vem. O Brasil vai ter eleição ano que vem. Eleições limpas, democráticas. Quem votar, vai assumir 23”, disse Bolsonaro.

“Dizer mais, encerrando. O Brasil mudou. Jurei dar minha vida pela pátria. Não aceitarei intimidações. Vou continuar exercendo meu direito de cidadão, de liberdade de expressão, de criticar, de ouvir e atender acima de tudo a vontade popular”, continuou o presidente.

“Povo armado”

Bolsonaro também fez insinuações ao sugerir reação popular nas ruas e dizer que o “povo tem que estar armado”. “Todas as ditaduras precederam a campanha de desarmamento, comigo é diferente, o povo de bem tem que estar armado, a exemplo do povo americano, para que exatamente, protótipo de ditadores não queiram fazer valer a sua vontade”, disse o presidente.

Em meio a críticas ao presidente do TSE e ataques ao sistema eleitoral, o mandatário citou a seguinte passagem bíblica: “nada temeis, nem mesmo a morte, a não ser a morte espiritual, que é eterna”.

Em conversas anteriores com apoiadores no chamado “cercadinho”, Bolsonaro já havia feito apelos velados para que sua base de apoio orgânica se opusesse nas ruas às instituições diante de eventual recusa à implementação do voto impresso. “Meu exército são vocês”, disse em outra ocasião. “Jurei dar minha vida pela pátria, no caso de uma ameaça externa ou interna. E o Brasil está sendo agredido internamente”, disse a seus simpatizantes.

O presidente afirmou que não aceitaria intimidações, e que manteria seu direito de cidadão de liberdade de expressão. Segundo o presidente, o Brasil está mudando, com um elogio a sua própria gestão. “Hoje o Brasil mudou, tem presidente que respeita militares, família, é leal a seu povo” afirmou “não haverá retrocesso”.

O Sul

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