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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Puxada pela energia elétrica, inflação do aluguel avança novamente em julho

 


O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador considerado a inflação do aluguel, ficou em 0,78% em julho, ante avanço de 0,6% em junho, informou nesta quinta-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com esse resultado, índice acumula alta de 15,98% no ano e de 33,83% em 12 meses. Em julho do ano passado, aumento havia sido de 2,23%, enquanto o acumulado em 12 meses era de 9,27%.

De acordo com o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, a aceleração do índice na passagem de junho para junho combinou a influência de diversos fatores, entre eles as exportações e o aumento de preços das rações.

“Efeitos sazonais, exportações e a alta acumulada nos preços das rações orientaram a aceleração do índice ao produtor, que nesta apuração, contou com a destacada influência de três itens: minério de ferro, adubos ou fertilizantes e leite in natura”, apontou.

O minério de ferro registrou alta de 2,70%, depois de ter tido deflação de -3,04% no mês anterior. A alta nos preços dos adubos ou fertilizantes, por sua vez, mais que dobrou em relação à variação no mês anterior, passando de 5,70% para 14,28%. Já a alta no preço médio do leite in natura desacelerou de 6,20% em junho para 5,74% em julho.

André Braz enfatizou, ainda, que “no âmbito do consumidor, os destaques foram os energéticos”, ou seja, foram os itens relacionados ao setor de energia – a tarifa elétrica avançou 5,87% e o GLP, 4,05.

Referência 

O IGP-M também é conhecido como “inflação do aluguel”, por servir de parâmetro para o reajuste de contratos de locação residencial. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas e dos insumos da construção civil.

Desde 2020, o índice tem subido bem acima da inflação oficial do país, medida pelo IPCA, que registrou, até junho, alta acumulada de 8,35% em 12 meses.

O Secovi-SP, sindicato da habitação, mantém a recomendação para que proprietários e inquilinos negociem o reajuste do aluguel. “Se o imóvel é ocupado por um bom inquilino, que sempre cumpriu em dia suas obrigações contratuais, o proprietário vai preferir negociar a ter seu imóvel vazio e arcar com custos como condomínio e IPTU. E, ainda, ter de buscar um novo inquilino”, afirma o presidente da entidade, Adriano Sartori.

Composição

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, subiu 071% em junho, ante 0,42% em maio. A taxa do grupo Bens Finais variou 1,08% em julho, enquanto no mês anterior, a variação havia sido de 1,32%.

Segundo a FGV, a principal contribuição a aceleração do IPA em julho partiu do subgrupo de alimentos processados, cuja taxa passou de 2,45% para 1,36%, no mesmo período.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,78% em junho para 1,15% em julho, sendo que a maior influência sobre esse resultado partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo variação passou de 1,71% em junho para 0,11% em julho.

“O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 1,27% em julho, contra 2,03% em junho”, destacou o IBGE.

O estágio das Matérias-Primas Brutas, por sua vez, variou 0,09% em julho, após cair 1,28% em junho. Contribuíram para esse avanço o minério de ferro, os suínos e mandioca/aipim, cujas variações passaram, respectivamente, de -3,04% para 2,70%, de -13,50% para 5,69%, e de -6,01% para 3,57%.

Na direção contrário, destacaram-se a cana-de-açúcar, que desacelerou de 7,73% para 1,36%, o café em grão, que passou de 8,15% para 0,04%, e soja em grão, cuja variação passou de -4,71% para -5,92%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, variou 0,83% em julho, ante 0,57% em junho. Segundo a FGV, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (-0,69% para 2,16%).

“Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de -7,28% em junho para 24,69% em julho”, destacou o IBGE.

Já o Índice de Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, subiu 1,24% em julho, ante 2,30% no mês anterior.

“Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: Materiais e Equipamentos (1,75% para 1,52%), Serviços (1,19% para 0,65%) e Mão de Obra (2,98% para 1,12%).

O Sul

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